Detesto usar o último nome da Sophia...não sei porquê, soa-me sempre melhor, quando termina em Breyner...Anyway... aproveitei o Especial sobre esta autora, para recordar alguns dos contos infantis, que fizeram parte da minha infância.
"O Cavaleiro da Dinamarca" narra a história de um nobre cavaleiro, que numa noite de Natal, reunido com toda a sua família e amigos, anuncia que irá partir em peregrinação até
Jerusalém, na Terra Santa. Para diminuir a tristeza dos seus entes queridos, promete estar de volta dali a dois anos, a tempo da noite de Natal, com novas histórias para contar.
É incrível a rapidez com que leio estes contos, quando comparo com o tempo que demorava em criança. Tinha a ideia de que eram muito maiores! É triste ao mesmo tempo, porque percebo, que a sensação de encanto nunca será idêntica à da primeira leitura. É o preço de crescer. Ainda assim, há sempre algo de novo a retirar; uma interpretação diferente, mais madura, ou até mesmo impressões mais fortes.
Neste pequeno conto, Sophia de Mello Breyner, leva-nos numa viagem riquíssima em fantásticas descrições (tendo em conta que é um conto infantil), que tornam as suas histórias sempre tão especiais, por cidades como Jerusalém, Ravena, Florença e Veneza. Brinda-nos ainda com alguns factos curiosos e histórias, dentro da história, como a do pintor Giotto.
Termina com uma interpretação, na minha opinião, belíssima, acerca de como surgiu o costume de enfeitar a árvore de Natal - Tendo-se perdido durante o regresso a casa, o Cavaleiro desesperou, até que viu uma grande "fogueira". Essa "fogueira" não era mais do que uma grande árvores em frente à sua casa, decorada com luzes. Esta história foi levada de boca em boca, correndo os países do Norte da Europa e por isso é que, hoje, na noite de Natal, se iluminam os pinheiros, para sabermos que estamos no nosso doce lar!
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