quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desejos natalícios

Apesar de andar sem muito tempo para ler, estou de olho em alguns livros que vou pedir na época natalícia e dos meus anos. Entretanto vou-me concentrando noutro género de literatura. ANATOMIA VETERINÁRIA :)
Aqui fica a lista de desejos:


- " Sangue Felino ", Charlaine Harris
- " Comer, Orar, Amar ", Elizabeth Gilbert
- " O Vampiro Lestat I ", Anne Rice
- " O Vampiro Lestat II ", Anne Rice
- " O Rapaz dos Olhos Azuis ", Joanne Harris



terça-feira, 21 de setembro de 2010

" A Virgem e o Cigano" - D.H.Lawrence

David Herbert Lawrence nasceu em Nottingham, no dia 11 de Setembro de 1885, e morreu em Vence, no ano de 1930. Escritor cuja obra pertence ao estilo modernista, escreveu vários contos, romances, poemas e também peças de teatro. Destacou-se entre os escritores da época graças aos temas muito controversos cujas suas obras abordavam, como por exemplo o tema da sexualidade.
“A Virgem e o Cigano” é um conto escrito em 1926, mas publicado após a morte do autor. Narra a história de duas irmãs, filhas de um vigário da igreja anglicana, que vivem sob o domínio opressivo de uma avó cega. Num belo domingo as irmãs, Lucille e Yvette, decidem ir passear com os seus amigos e admiradores. É durante esta viagem que Yvette, a irmã mais nova, conhece um cigano que se torna muito especial, pela forma como a faz sentir.
Este conto aborda o tema da descoberta da sexualidade e da sensualidade pela qual todas as pessoas passam, sendo para a época um tema controverso.
Apreciei bastante esta história, que, apesar de curta, consegue trazer ao leitor o desejo de ler mais obras de D.H.Lawrence. (4/7)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Desculpem

Saudações leitores!
Como devem ter reparado o blog tem andado muito parado. A razão?
Finalmente as aulas recomeçaram e eu consegui! Entrei em Medicina Veterinária! Depois de três anos a tentar!
Obrigada a todos!
Irei actualizar o blog em breve!
Cumps
Alu

domingo, 5 de setembro de 2010

"Cidade Proibida" - Eduardo Pitta

Sinopse

“Embora dê aulas em Lisboa, é em Londres, na Primavera de 2001, que Rupert conhece Martim. O encontro muda a vida dos dois. De regresso a Portugal, Rupert troca o seu modo de vida pelo de Martim. Por seu intermédio, acede a um meio que lhe é completamente estranho, o das famílias tradicionais com casa no Estoril e assento em poderosos conselhos de administração. Contrariado, vê-se obrigado a privar com um grupo de homens arrogantes com quem Martim estava habituado a programar temporadas de ópera em Nova Iorque e Salzburgo, carnavais em Veneza e compras em Milão. Rupert sabe que não faz parte desse mundo. Tudo visto, a única cedência de Martim foi ter concordado em deixar o gato em casa da mãe para ir viver consigo. No resto manteve-se inflexível. E certo alheamento da realidade fez com que levasse tempo a perceber que a história de ambos era atravessada por zonas de sombra... Cidade Proibida é o retrato de uma certa Lisboa, na actualidade.”


“Cidade Proibida”, de Eduardo Pitta, para mim não foi mais do que um romance medíocre, que tem unicamente de positivo dar a conhecer certos aspectos da “comunidade gay” que muita gente ignora. A escrita é clara, acessível sem felizmente atingir o patamar de vulgar que caracteriza certos escritores portugueses, como a Margarida Rebelo Pinto (*vómito*). No entanto, a história não me cativou, principalmente pela análise um pouco superficial das personagens. Falta profundidade às personagens da história. (3/7)

sábado, 4 de setembro de 2010

ooh no!

Esqueci-me do livro que estava a ler em casa do meu namorado e só vou estar com ele daqui a alguns dias, por isso preciso de outro livro.... não gosto muito de ler dois ao mesmo tempo :S

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma personagem, uma música...

Sabem do que estou a falar, quando digo que uma música me faz lembrar determinada personagem de um livro?
Bem, estes dias ouvi uma música que me fazia pensar nas aventuras da Sookie Stackhouse, a telepata da série de livros da escritora Charlaine Harris, "Sangue Fresco".
Quando ela termina com o Bill, o seu primeiro amor.


" A Vida era Assim em Middlemarch " - George Eliot

A Vida era Assim em Middlemarch” é considerada a melhor obra de George Eliot. Foi publicado depois de a escritora já ser bem conhecida, no ano de 1872. Não sendo apenas um romance vitoriano, é também o retrato perfeito de uma época, estranha aos nossos olhos, onde o estatuto social era tudo e na qual o amor nem sempre bastava.
Middlemarch” narra os principais acontecimentos na vida dos habitantes da região e o modo como estas vidas, apesar de independentes, se acabam por cruzar perante a adversidade que sobre elas recai.
Doroteia é a personagem central deste enredo. Ela é a pureza personificada, capaz de fazer ver o mal de Middlemarch e com o desejo de só o bem fazer. Com o decorrer do romance, esta personagem contrai matrimónio com o senhor Casaubon, um homem muito mais velho que cativa Doroteia com a sua aparente erudição. Este casamento acaba por se tornar numa desilusão para uma jovem como Doroteia, que, vendo que o seu marido nunca partilharia consigo o seu conhecimento, se sente desprezada e enclausurada. Encarada como uma personagem autobiográfica, depois deste casamento infeliz e após muitas contradições, Doroteia acaba por contrair um segundo matrimónio com o primo do seu primeiro marido, Ladislaw.
Além desta personagem, a história magnificamente escrita por George Eliot, está repleta de muitas outras tramas.
A vida de Lydgate, um médico acabado de chegar, que se apaixona por Rosemonde Vincy, e que por esta abandona a sua dedicação completa à ciência para lhe dispensar quase toda a sua atenção. O casamento acaba por se tornar numa maldição para Lydgate, que, ao ficar endividado e desprezado pela sua mulher, o vê como destruidor de todos os seus sonhos.
A intriga em torno de Bulstrode, um influente homem em Middlemarch, mas com um passado obscuro, a paixão do infantil Fred Vincy pela madura Mary Garth, a crítica à baixa posição que a mulher ocupava na sociedade


“- Não pretendo discutir política com uma senhora – replicou o senhor Brooke, num ar de amável indiferença, mas com uma impressão desagradável – O seu sexo não tem pensadores, sabe, varium et mutabile semper, e outras coisas parecidas.”


e muitas outras personagens e ideias fazem de “A Vida era Assim em Middlermarch” uma exposição da complexidade humana que é um prazer ler. (6/7)


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"Middlemarch: A Study of Provincial Life" is considered to be the best work by George Eliot. It was published after the writer been already well known, in 1872. Not just being a Victorian novel, its also the perfect portrait of an era, strange to our eyes, in which all that was important was the bylaws and in which love wasn't always enough.

"Middlemarch" narrates the main events in the life it's inhabitants and how these lives, although independent, eventually intersect with each other facing the adversity that falls on them.

Dorothy is the central character in this plot. She is purity personified, able to see the evil of Middlemarch and the desire to do only good. In the course of the novel, this character marries with Mr. Casaubon, a man that being much older than Dorothy captivates her interest with its apparent erudition. This marriage ends up becoming a disappointment for a young lady like Dorothy, who, seeing that her husband never wanted to share his knowledge with her, and living a life of cloistered felt neglected. Seen as an autobiographical character, after this unhappy marriage and after many contradictions, that also occured in Elliot's life, Dorothy eventually contracts a second marriage with the cousin of her first husband, Ladislaw.
 
Besides this character, the story beautifully written by George Eliot, is filled with many other secundary plots.
The life of Lydgate, a doctor just arrived to Middlemarch, who falls in love for Rosemonde Vincy is one of the secundary plots. He leaves his complete dedication to science to dismiss her almost all of his attention. The marriage ultimately becomes a curse for Lydgate, who, when being ridden and despised by his wife sees her as the destroyer of all his dreams.
 
The intrigue around Bulstrode, an influential man in Middlemarch, but with a dark past; the passion of Fred Vincy for Mary Garth; the mature criticism of the low position that women occupied in the society
 

"- I do not intend to discuss politics with a woman - said Mr. Brooke, an amiable air of indifference, but with an unpleasant impression - Your sex has no thinkers, you know, mutabile varium et semper, and other similar things." 

and many other characters and ideas make "Middlemarch: A Study of Provincial Life" an exhibition of the human complexity that is a pleasure to read. (6/7)

 

De partida para uma nova...

Não, o blog não vai acabar. Poderia ser o que estavam a pensar depois de lerem o título do post.
Queria apenas dizer que depois de mmuuuito tempo a ler " A Vida era Assim em Middlemarch" de George Elliot, terminei a minha leitura!
Em breve irei postar a crítica e parto já para a leitura da "Colecção de Verão", que o Jornal de Notícias tem vindo a oferecer ao leitor nestes últimos meses do ano.