sábado, 19 de setembro de 2015

Agosto #Insta

 Dias de Estágio...

 Dias de Arrumação...
 
 Dias com um gosto picante...
 
 Dias com muito riso...
 
... e com muita sopinha!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Diário de uma Estagiária #Pela primeira vez....

Pela primeira vez na vida, fui mordida por um cão. Chamava-se Shakira. Felizmente foi uma mordidela de aviso, na mão direita e fiquei só com a mão inchada e dorida, com um pequenino furinho....para Pastor Alemão cruzado com Husky, de 48 kg até que não foi mau de todo. 

A parte pior é o medo com que ficamos depois do susto que apanhamos. Ainda demorei uma semana e pico a voltar a ter confiança nos animais e dou por mim a perguntar SEMPRE, se o cão é bonzinho, ou se é diabrete no veterinário. Em caso de dúvida meto sempre o açaime. 

 
Nesse mesmo dia, levei também para casa três arranhões de gato, no braço direito. Mas desses já tive alguns na vida. 

São estes pequenos episódios que nos vão tornando imunes e mais sábios. Prevenção acima de tudo!

domingo, 13 de setembro de 2015

Playlist #8 Agosto


Agosto foi um mês engraçado. Metade do mês foi sempre a trabalhar e a outra metade deu para acalmar um bocadinho. Deu para conhecer umas músicas novas, bem interessantes ;)

BORNS, "The Emotion" - Este artista não me é estranho. Mas ainda não me tinha dado ao trabalho de ouvir com atenção. Esta é uma das músicas mais recentes e é linda. Desde a letra, passando pelo instrumental, até à voz do vocalista. Costumo ir correr aos fins de tarde e com o pôr do Sol, ouvir isto é qualquer coisa de espectacular. 


Katie Melua, "Wonderful Life" - Agosto marca também o regresso de Katie Melua, com esta cover do original Wonderful Life do Black, um cantor dos anos 80. Quando a Katie Melua apareceu, confesso que detestava. Estava na minha fase "Pop Rock" Hilary Duff e afins...mas ainda bem que as pessoas crescem e os gostos se modificam, porque Melua é, para mim, das melhores cantoras dos dias de hoje. Tem melodias tão calmas...óptimas para relaxar. 



Jessie J, "Flashlight" - Esta não é propriamente de Agosto, mas gosto muito dela, pela mensagem positiva. A Jessie tem uma voz excelente, mas nunca costumo gostar das músicas dela...fico feliz por desta vez ter acertado! Já agora, recomendo o dueto que ela fez com o Rui Unas. Está muito bom!


Angus & Julia, "From the Stalls" - Descobri este duo de irmãos há três anos atrás. Fiquei imediatamente presa a estas vozes lindas, a estas letras maravilhosas e aos momentos de que já foram a minha banda sonora.  

sábado, 12 de setembro de 2015

Feira do Livro do Porto

Este mês resolvi recompensar-me: fui à Feira do Livro do Porto, nos Jardins do Palácio de Cristal. Estava a chover, mas felizmente cada banca tinha uma pequena protecção, que permitia ver os livros, sem apanhar uma molha. 

Há muito tempo que não ia a uma feira do livro, mas a verdade é que nasci para mergulhar nas bancas dos alfarrabistas...Comprei estas quatro belezas por apenas 5 euros! Acho incrível os bons escritores que podemos encontrar nestas banquinhas caóticas! Gosto imenso de Pearl S.Buck e não pude deixar escapar a oportunidade!


Os preços dos livros na Feira do Livro são bem mais acessíveis. Acho que o mercado livreiro português teria muito mais a ganhar, se apostasse em ter preços destes nas lojas. Há muita gente, como eu, que gosta de ler, mas que opta por utilizar uma biblioteca pública, ou mesmo por arranjar formas menos legitimas, para ler os livros mais recentes. Acordem! Não há dinheiro! Se não há dinheiro, como querem que os portugueses continuem a investir em cultura, com estes preços?! 

Livros a custarem mais de 15 euros, quando na Amazon estão a menos de 10 para mim são um escândalo! Nós não andamos a dormir!


terça-feira, 8 de setembro de 2015

"Expiação" (Original - "Atonement"), Ian McEwan

Este ano tenho dito várias vezes o "este foi dos melhores livros que li até agora". E ainda bem! Não há coisa mais triste do que ler um livro por obrigação. Mas este "Expiação" de Ian McEwan é simultaneamente revoltante, apaixonante e cativante. 

A história passa-se na Inglaterra pré-Segunda Guerra Mundial. A protagonista da primeira parte do livro é Briony Tallis, de 13 anos. Dramática e sonhadora, Briony aspira a ser escritora. Passa os dias da infância a imaginar o que lhe reserva o futuro e o dia em que irá ascender ao universo dos adultos, transpondo finalmente o limite misterioso que a separa desse mundo. 

Por entre caprichos e histórias de fadas, Briony torna-se testemunha de uma cena entre a sua irmã mais velha, Cecília Tallis, e o jovem Robbie Turner, filho de uma das empregadas e protegido do seu pai, que irá mais tarde dar asas a um acontecimento, que marcará  de forma trágica o destino destas três pessoas. 

Já tinha visto a versão cinematográfica, por isso conhecia o enredo. Isso poderá ter o limitado um pouco o impacto emocional, que a história poderia ter despertado em mim. Ainda assim, dei por mim a sentir um ódio visceral para com esta Briony, que escondida atrás de uma máscara de criança inocente, conseguiu arruinar a vida daquelas duas pessoas, assim como amaldiçoar-se para toda o sempre com um sentimento de culpa que nunca consegue expiar.  

Mesmo conhecendo onde a história me levaria, foi um livro que me deu imenso prazer ler. A escrita é bastante simples, ainda que rica em reflexões e descrições que nos vão fazendo apaixonar por algo, que poderia facilmente ter sido apenas mais uma história com um final interessante. 

As restantes partes do livro, dão-nos a conhecer a perspectiva de acontecimentos do ponto de vista de Robbie e Cecília. Dei por mim a identificar-me com Robbie Turner, um rapaz que apesar de ter um interesse pela literatura, não conseguia sentir-se satisfeito com a mera contemplação e reflexão abstracta; como eu, Robbie precisava de uma razão mais concreta; precisava de satisfazer a sua faceta científica e por isso desejava tornar-se médico. E sabia que seria um médico melhor, precisamente por ter estudado literatura. Não porque isso o tornaria alguém mais "culto", mas antes porque teria uma maior e melhor bagagem para demonstrar maior sensibilidade, para com os que sofressem. Claro que isso não aconteceu. Por causa de Briony.


Mesmo tendo lido o livro todo, há uma parte de mim que continua muito zangada com esta personagem. Briony. O livro serve-lhe de expiação, de penitência, mas tendo em conta as consequências dos seus actos e palavras fantasiosas, não merece perdão. Porque a própria procura por um alívio da sua culpabilidade, demonstra apenas aquilo que sempre existiu nesta "criança" - egoísmo e cobardia.

Dizem os críticos que "Expiação" é uma história de amor e perdão. Na minha opinião, é uma história de um amor destruído, de guerra, de culpa, mas nunca de perdão. Se calhar encaro este livro assim, porque sou péssima a perdoar e tenho um terror de morte ao sentimento de culpa. Ainda assim, talvez as almas mais permissivas consigam desculpar Briony Tallis e lhe permitam a expiação final. 



Um excelente livro, que merece a atenção de qualquer um!

domingo, 6 de setembro de 2015

Leituras e Opiniões

Já devem ter reparado que ultimamente não tenho andado a dar muito destaque aos livros, aqui no dito "Baú dos Livros". Mas, a verdade é que acho que dos últimos três anos, este é o ano em que tenho lido mais! 

Tenho umas quatro, ou umas cinco opiniões para elaborar, mas a inspiração tarda a chegar. Entretanto já me vou esquecendo de alguns deles. Outros intimidam-me. É o caso de 1984, de George Orwell. Porque estava à espera de melhor. E como é que alguém pode estar "à espera de melhor", quando se trata de um clássico há muito estabelecido? Será que leio os livros de forma muito superficial? Ás vezes é isso que acontece. Outras vezes, acho que o livro me toca de forma tão profunda, mas não consigo passar o que senti/achei para as teclas do computador. 

No final, há opiniões que releio, que acabam por soar a mais um resumo e comentário forçado. 

E é isso. Não tenho escrito opiniões, porque ando com falta de confiança naquilo que penso. É como a história dos refugiados. O que pensar daquele drama?  Não é tão mais fácil não pensar? Há assuntos que sempre existiram, mas que em alguma fase do tempo e da história, ganham destaque. Daqui a um mês o assunto vai ser outro e o mal estar daquelas pessoas vai continuar a existir. Mas já não vai conseguir gerar compaixão. Porque o assunto já terá sido espremido até à exaustão pelos nossos amigos jornalistas.



No fundo queremos todos viver em 1984. Queremos que pensem por nós. Pensar fora da caixa exige correr riscos, poder ser criticado. Se eu dissesse, por exemplo, que não estaria disposta a acolher refugiados, seria apontada como má pessoa, quando de certeza que são poucos os que de verdade acolheriam essas pessoas, em sua casa.

A solução para o problema dos refugiados é muito simples - parem de subsidiar as guerras. E parem de nos fazer sentir culpados pelo que se está a passar. Porque não somos nós, cidadãos europeus, que temos a culpa. As nossas acções passam por eleger quem está no poder, mas o que essas pessoas fazem quando o poder lhes cai nas mãos não é controlado pela população.  

Eu gosto de acreditar, na minha inocência de jovem, que quem foge à guerra são seres humanos como nós. Que os refugiados procuram uma vida melhor e não apenas uma vida de subsídios, pensões e papo para o ar. Gosto de acreditar que não são um bando de indigentes. Que, quando chegarem cá, vão integrar-se aprender connosco e ensinar-nos algo. Mas isto sou eu. Muitas vezes não tenho noção da realidade. 

As dúvidas começam, quando me pergunto porque que querem todos ir para a Alemanha, ou para o Reino Unido? Porque não lhes serve um país de Leste com paz e sossego, ou mesmo Portugal? E é isso que me faz torcer o nariz e achar que tudo isto cheira a esturro. Se eu fugisse com a minha família, por causa da guerra, só me interessaria chegar a um local onde houvesse paz e estabilidade. 


 E depois há a parte dos próprios problemas do nosso país. Gera-se uma onda de solidariedade em torno dos refugiados, mas e o pessoal que passa mal aqui no nosso próprio país? Onde está a solidariedade para com o próximo? Esses não são novidade. Esses são empurrados para um cantinho escuro da sociedade. Vamos lá subsidiar os refugiados, que são o que está a dar e vamos ficar tão bem vistos pela Alemanha!

Hipocrisia. Viva 1984!