quinta-feira, 22 de julho de 2010

Férias 23 - 30 de Julho

O blog Baú dos Livros, estará inactido no período de 23 a 30 de Julho, por motivo de férias :D
Aproveitarei para pôr a leitura em dia.
Até breve!

" O Pecado de Darwin " - John Darnton

“Dois homens subiram ao vulcão. Um deles voltou e mudou a História para sempre.
Baseado em documentos históricos e galardoado com o Prémio Pulitzer, este intrigante romance de John Darnton, que combina de forma harmoniosa verdade e ficção, leva-nos até à Inglaterra Vitoriana para nos dar a conhecer os mistérios que rodeiam a vida e obra do cientista britânico Charles Darwin, ao mesmo tempo que nos faz perceber que ninguém conhece a verdade que rodeia a vida de qualquer pessoa.
Ao longo do romance o seu autor apresenta-nos três perspectivas diferentes sobre a vida de Darwin: a dele próprio enquanto jovem, a da sua filha Lizzie e a dos investigadores Hugh Kellem e Beth Dulcimer.”


Li este livro na época em que tive de estudar para o exame de Biologia/Geologia, e achei-o muito interessante, existindo, nesta obra, referências aos principais conceitos da Teoria Evolutiva de Darwin. No entanto, grande parte da história é ficção, tendo o autor transformado, de forma bastante engenhosa, a vida de Darwin numa trama complexa e misteriosa. A doença misteriosa de Darwin, como chegou á sua Teoria da Evolução e o porquê da sua publicação, apenas 20 anos depois, são questões que o autor desvenda, ainda que de forma totalmente ficcional. Recomendo o livro a quem se interesse por este tema. (4/7)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"O Mandarim" - Eça de Queirós

Esta obra, de Eça de Queirós, foi publicada pela primeira vez em folhetim, no Diário do Reino, em 1880. “O Mandarim” decorre num cenário exótico, o Oriente, que serve de pano de fundo à história de Teodoro. Este homem era um simples trabalhador do Ministério do Reino que, embora tivesse uma vida modesta, não passa grandes privações. No entanto, sonhava com o luxo do mundo dos ricos. Um dia, aliciado pelo Diabo, Teodoro faz uma campainha tilintar. Esta campainha irá concretizar o seu sonho de obter uma imensa fortuna. Contudo, nem tudo é um mar de rosas, pois é dito a Teodoro que se tocar a campainha um rico Mandarim do império chinês cairá morto.

Esta novela é de fácil leitura, retratando a natureza humana na sua pior faceta. O desejo por uma vida de luxo é, ainda hoje, aquele que leva a cometer verdadeiros crimes contra a vida humana.


Mas será que, se confrontados com a mesma oportunidade, não tocaríamos, também nós, a campainha? (4/7)


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This work of Eça de Queirós, was first published as a brochure, in  The Journal of the Kingdom in the year of 1880. "The Mandarin" occurs in an exotic setting, the Orient, which serves as a backdrop to the story of Theodore. This man was an ordinary worker of the Ministry of the Kingdom who, although living a modest life, wasn't facing a life with to mutch sacrifices. However, he dreamed of the luxury of the world in which the riches lived. One day, lured by the devil, Theodore makes to ring a bell. This bell has the power to realize his dream of getting him an immense fortune. However, not everything is a "bed of roses". It is said that if Teodoro choses to ring the bell a wealthy Mandarin that lives in the Chinese Empire will fall dead.
 
This novel is easy to read, portraying human nature at its worst. The desire for a life of luxury is, today, one of the reasons that leads people to committing real crimes against human life.

 
But what if we were faced with the same opportunity as Theodore? Would you make to ring that bell? (4/7)
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Colecção JN/DN

No próximo dia 17 (Sábado), começa a oferta com o JN/DN a seguinte colecção de livros. O preço extra a pagar é de 0,00€, ou seja, um preço imbatível por livros de grande qualidade! Os livros virão com os jornais acima mensionados todos os sábados, domingos, terças e quintas. Aproveitem!
Aqui fica a lista de livros desta colecção:
17 de Julho - Alice no País das Mara­vi­lhas, Lewis Car­roll
18 de Julho - O Fan­tasma de Can­ter­ville e outros con­tos, Oscar Wilde
20 de Julho - Cidade Proi­bida, Edu­ardo Pitta
22 de Julho - Car­men, Pros­per Méri­mée
24 de Julho - O Ali­e­nista, Machado de Assis
25 de Julho - O Último dia de um Con­de­nado, Vic­tor Hugo
27 de Julho - Inxalá – Espero por ti na Abis­sí­nia, Car­los Qui­roga
29 de Julho - O Con­tra­baixo, Patrick Süs­kind
31 de Julho - O Espe­lho da Tia Mar­ga­rida, Wal­ter Scott
1 de Agosto - O Man­da­rim, Eça de Quei­rós
3 de Agosto - O Médico e o Mons­tro, Robert Louis Ste­ven­son
5 de Agosto - Mode­rato Con­ta­bile, Mar­gue­rite Duras
7 de Agosto - Poli­ku­chka, O Enfor­cado, Leão Tols­toi
8 de Agosto - A Dama Pé-​de-​Cabra, Ale­xan­dre Her­cu­lano
10 de Agosto - Davy Croc­kett, Enid Lamonte Mea­dow­croft
12 de Agosto - Car­milla, She­ri­dan Le Fanu
14 de Agosto - Cora­ção das Tre­vas, Joseph Con­rad
15 de Agosto - A Ruiva, Fia­lho de Almeida
17 de Agosto - A Cri­ada Zer­lina, Her­mann Broch
19 de Agosto - A His­tó­ria de um Sonho, Arthur Sch­nitz­ler
21 de Agosto - Noi­tes Bran­cas, Fio­dor Dos­toi­evsky
22 de Agosto - Voo Noc­turno, Antoine Saint-​Exupéry
24 de Agosto - A Vir­gem e o Cigano, D.H. Lawrence
26 de Agosto - Os Cri­mes da Rua Mor­gue, Edgar Allan Poe
28 de Agosto - Os Con­ju­ra­dos, Jorge Luís Bor­ges
29 de Agosto - Daisy Mil­ler, Henry James
31 de Agosto - Con­tos de Ter­ror e Arre­pios, Bram Stoker

segunda-feira, 12 de julho de 2010

" A Década Perdida " - F.Scott Fitzgerald

F. Scott Fitzgerald é um escritor que eu posso dizer que aprecio muito. Autor de romances e também de “short stories”, fazia parte da chamada “Geração Perdida”, nome usado para classificar um grupo de celebridades literárias americanas que viveram em Paris, e noutras partes da Europa, no período de tempo correspondente ao fim da Primeira Guerra Mundial, no começo da Grande Depressão. As suas obras estão repletas de personagens tipo, que caracterizaram a época dos anos 20, isto é, ricas, atraentes, materialistas e, na maior parte das vezes, com uma boa vida que acaba por lhes escapar, tornando-as personagens desesperadas, arruinadas e viciadas em bebidas alcoólicas.
Este livro, “ A Década Perdida “, que comprei na feira do livro no Porto, engloba um conjunto de seis mini histórias, sendo que o nome da última, corresponde ao título dado ao Livro. Contudo, estas histórias integram colectâneas de pequenas narrativas do autor, como a colectânea “The Short Stories of F. Scott Fitzgerald”.
A história de que mais gostei neste livro foi, sem dúvida, “O Diamante do Tamanho do Ritz”. É muito diferente do género a que estava habituada neste autor, porque contém um carácter irrealista e de fantasia, que, na maior parte das suas obras, não existe. Narra a história de um rapaz chamado John, que é convidado para visitar a casa do filho do homem mais rico do mundo. No entanto, ao longo da história o leitor apercebe-se que nem tudo corre bem no mundo maravilhoso em que a família do seu amigo secretamente vive. O rapaz descobre que ser o homem mais rico do mundo implica uma série de sacrifícios, e um deles é precisamente o seu, pois para esconder o segredo da sua riqueza o magnata, pai do seu amigo Peter, está disposto a tudo, até mesmo assassinar. É uma história que nos mostra o lado mau da riqueza e o quão efémera esta pode ser, à semelhança da juventude e das paixões.
Nesta história gostei particularmente desta passagem:

“- E foi um sonho – disse John calmamente. – a juventude de todos nós é um sonho, uma forma de loucura química.
- Então que bom é estar louco!
- Foi o que ouvi dizer – disse John sombrio. – Já não sei nada. De qualquer modo, amemo-nos por uns tempos, talvez um ano, tu e eu. É uma forma de divina embriaguez que quase todos podemos experimentar. Só há diamantes em todo o mundo, diamantes e talvez o pobre dom da desilusão. Bom, este tenho-o eu e vou fazer dele o “nada” habitual.”
(5/7)

domingo, 11 de julho de 2010

" Na outra Margem, entre as Árvores" - Ernest Hemingway

“ Na outra Margem, entre as Árvores “, foi a primeira obra que li do famoso nobel da literatura Ernest Hemingway. A história gira em torno de um coronel americano que passa os últimos dias da sua vida em Veneza. O coronel vai se recordando de vários episódios da segunda Grande Guerra, onde esteve presente, divagando sobre tudo o que viveu e que poderia ter vivido de forma diferente.
Na minha opinião, achei a história desinteressante e em algumas partes até irritante, principalmente nos diálogos entre o coronel e a sua amada, que tinham a palavra “amo-te” escrita demasiadas vezes, ao ponto de levar o leitor à loucura! Por outro lado, achei que a escrita era bastante acessível e simples. Foi um livro que não me prendou e que me desiludiu. Contudo, sinto-me satisfeita por ter lido esta obra, visto que Ernest Hemingway foi um dos escritores que marcaran o século passado.
(2/7)

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Life"

Como a vida não é feita apenas de livros, decidi deixar no blog a sugestão para verem a série da BBC “Life”. Para quem gosta de documentários sobre o reino animal, esta é uma série excelente! Composta por 10 episódios, todos narrados pela famosa Oprah Winfrey, sobre a luta pela sobrevivência, tendo por base a teoria da evolução de Darwin, esta série é muito boa para quem está no 11º ano e tem Biologia, pois ajuda a compreender o processo evolutivo das espécies. Além disto, a qualidade das imagens é espectacular. Fiquei totalmente maravilhada! Recomendo!


segunda-feira, 5 de julho de 2010

A gripe

Desculpem não escrever à já alguns dias. Estou com gripe e não tenho tido opurtunidade de adiantar as leituras. Espero melhorar em breve!
Obrigada por seguirem o meu blog :)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

" A Peste " - Albert Camus

Esta obra, apesar de não ser muito extensa, é bastante complexa. Foi publicada em 1947, e conta a história de uma cidade, de nome Orão, na Argélia, flagelada por uma epidemia de peste que leva ao isolamento da sua população. “A Peste” é uma obra, que, embora de forma subtil, está profundamente relacionada com a época em que foi escrita e com a vida do escritor. Um desses paralelismos é detectado pela análise da vida de Camus que, em Janeiro de 1942, se dirige de Orão para Paris, mas com a chegada dos aliados à África do Norte, em Novembro de 1942, fica separado durante mais de dois anos da sua mulher, da sua família e da sua terra natal. Esta experiência encontra semelhanças com o que sucede com a personagem “Rieux”. Outro exemplo de similaridade existente entre esta obra e o seu autor, existe na personagem “Grand” que busca a perfeição na sua escrita. O próprio “estado de espírito” da cidade em tempo de peste, pode ser comparado com o de uma cidade ocupada por invasores, como ocorreu com a ocupação de Paris pelos nazis. O que é também incrível nesta obra é a capacidade que Albert Camus teve, para manter uma relação com a realidade, mas sem que esta se torna-se no argumento de “A Peste”.
Pessoalmente, a história não me cativou muito. Tem muitas divagações sobre vários aspectos da vida, da morte e da religião. Gostei particularmente destas duas passagens do livro:

“Sem sair da sombra, o médico disse que já respondera e que, se acreditasse num Deus todo-poderoso, deixaria de curar os homens, deixando a Ele esse cuidado. Mas que ninguém no mundo, não, nem o padre Paneloux, que julgava acreditar, acreditava num Deus desse género, visto que ninguém se abandonava totalmente e que nisso, ao menos, ele, Rieux, julgava estar no caminho da verdade, lutando contra a Criação tal como ela era.”

“(…)o hábito do desespero é pior que o próprio desespero (…)”

(4/7)