quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Adeus 2010! Olá 2011!

Toda a blogoesfera está numa de escrever retrospectivas sobre ano que está quase a passar. Não querendo fugir à regra, sigo o mesmo caminho.
O ano de 2010 foi, sem sombra de dúvidas, um bom ano!
Finalmente consegui entrar no curso, que há três anos tentava entrar; consegui, juntamente com as minhas amigas, tornar o projecto do “Artes Mião” (http://artes-miao.blogspot.com/) em algo de concreto e com resultados positivos; eu e o meu namorado estamos bem; a minha família está bem; os meus amigos multiplicaram-se, e vão se fortificando algumas relações que julgava estarem perdidas; o blog tem cada vez mais leitores “activos”, que partilham comigo os seus gostos e opiniões….
….Sim, foi um ano BOM!


Feliz 2011 para todos!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"A Praia Roubada" - Joanne Harris

O primeiro livro que li desta escritora foi o “Cinco quartos de Laranja”. Fiquei fascinada com o talento de Joanne Harris para escrever narrativas tão deliciosas e misteriosas ao mesmo tempo. Depois de ler “Vinho Mágico” apeteceu me provar vinhos e deliciar-me com o seu sabor! Claro que tal não aconteceu, pois mal provei o vinho apeteceu me beber coca-cola. Com “A Praia Roubada” é outra história. Acho que dos três livros da autora que li (faltou referia o “Valete de Copas e Dama de Espadas”), “A Praia Roubada” foi aquele que despertou em mim um maior fascínio. Não consegui-a simplesmente parar de ler.

"Encerradas numa pequena ilha na costa do Atlântico, duas comunidades vivem de costas voltadas entre si. Enquanto La Houssinière se transformou numa cidade próspera devido ao turismo que a única praia de toda a ilha lhe proporciona, Les Salants permaneceu esquecida no tempo, habitada apenas por pescadores e marinheiros que, tal como a vida que levam, são rudes e amargos. Mado nasceu em Les Salants, mas cedo partiu com a mãe para Paris. Após a morte desta, a jovem decide voltar à ilha da sua infância e reencontrar o pai. Mas o regresso ao passado não é fácil."

A história de um povo, com as suas qualidades e defeitos, com os seus segredos e as suas intrigas e os sentimentos transmitidos ao longo da narrativa pela heroína, conseguiram prender-me de uma forma que poucos livros conseguem.
Definitivamente, depois de ler “A Praia Roubada”, Joanne Harris tornou-se numa das minhas escritoras favoritas. (5/7)

NOTA: As ilhas ao largo da costa ocidental francesa têm um charme irreplicável noutros lugares. Noirmoutier parece ser a ilha que inspirou a Praia Roubada, uma vez que era nesta ilha que Joanne Harris passava as férias de Verão durante a infância. Existe na ilha uma povoação que se chama Devin, o que não deixa de ser interessante.

Quando......

Quando um livro me faz chorar, só pode significar uma coisa. É um bom livro.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal passado

Este Natal passou a voar. Nem dei por ele a chegar e partiu tão cedo! Apesar de ser ateia, gosto desta época. Gosto de estar com toda a familia reunida, de brincar com os meus primos, de comer da comida da minha avó e, sem mentir, também gosto das prendas!
Este ano o Natal foi passado em família e recheado de presentes e boa comida. Espero viver muitos mais como este! Feliz e com aqueles que me são queridos!
Recebi muitos livros! Os meus pais e irmao também receberam, por isso podem imaginar que também os irei ler. Estou super curiora e ansiosa por começar a lê-los, mas para já continuo com "A Praia Roubada" de Joanne Harris.

Aqui ficam os livros que recebi:

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Stress

Saudações!

Não tenho tido tempo para nada. É estudar noite e dia e quando não estudo não consigo fazer nada, porque penso que devia estar a estudar. Felizmente as férias estão a chegar e com sorte terei passado a tudo e não terei exames (com sorte...).

Espero que esteja tudo bem com vocês e que as vossas aventuras literárias tenham sido melhores que as minhas!

Até breve!

Alu


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"Werther" - Goethe

Esta obra é considerada por muitos como uma obra-prima da literatura mundial. Escrita na primeira pessoa e com poucas personagens, a história, em parte autobiográfica, narra a paixão impossível que Werther sente por uma jovem rapariga comprometida, “Lotte”. Werther, personagem muito dramática e emotiva escreve ao seu amigo Wilhelm, sendo esta obra contada através destas cartas. Muito trágica, muito emotiva e muito previsível, assim foi a história de Werther. No entanto, apesar da história me ter desagradado, não pude deixar de sublinhar algumas passagens de que gostei. A que partilharei aqui pode ser aplicada ainda hoje, principalmente nos tempos que correm, quando nimguem parece satisfeita com aquilo que tem:



“ Como a nossa imaginação é impulsionada pela sua natureza para elevar-se e como é alimentada pelas imagens fantásticas da poesia cria-se uma escala de seres em que nós ocupamos o degrau mais baixo e tudo, menos nós próprios, parece esplêndido, sendo qualquer um dos outros mais perfeito (…) Quantas vezes sentimos que nos faltam muitas coisas, parecendo que aquilo que o outro possui é precisamente o que nos faz falta e, então, atribuímos-lhe também o que nós temos e até mesmo um certo bem-estar ideal. Esse ser feliz torna-se perfeito, sendo, afinal, a nossa própria criação.” (3/7)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Finalmente tive um tempinho para ler algo que não fosse "anatomy related"! Já vou a mais de meio do Werther :)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Farta!

Gostava mesmo de ter tempo para ler, mas estou a ver que este ano lectivo vai ser muuito complicado -.-''
Inda mal começou a já estou cheia de matéria para estudar!
O livro que supostamente ando a ler ainda nem a meio vai!
Que ei de fazer?? Não quero perder o hábito da leitura!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desejos natalícios

Apesar de andar sem muito tempo para ler, estou de olho em alguns livros que vou pedir na época natalícia e dos meus anos. Entretanto vou-me concentrando noutro género de literatura. ANATOMIA VETERINÁRIA :)
Aqui fica a lista de desejos:


- " Sangue Felino ", Charlaine Harris
- " Comer, Orar, Amar ", Elizabeth Gilbert
- " O Vampiro Lestat I ", Anne Rice
- " O Vampiro Lestat II ", Anne Rice
- " O Rapaz dos Olhos Azuis ", Joanne Harris



terça-feira, 21 de setembro de 2010

" A Virgem e o Cigano" - D.H.Lawrence

David Herbert Lawrence nasceu em Nottingham, no dia 11 de Setembro de 1885, e morreu em Vence, no ano de 1930. Escritor cuja obra pertence ao estilo modernista, escreveu vários contos, romances, poemas e também peças de teatro. Destacou-se entre os escritores da época graças aos temas muito controversos cujas suas obras abordavam, como por exemplo o tema da sexualidade.
“A Virgem e o Cigano” é um conto escrito em 1926, mas publicado após a morte do autor. Narra a história de duas irmãs, filhas de um vigário da igreja anglicana, que vivem sob o domínio opressivo de uma avó cega. Num belo domingo as irmãs, Lucille e Yvette, decidem ir passear com os seus amigos e admiradores. É durante esta viagem que Yvette, a irmã mais nova, conhece um cigano que se torna muito especial, pela forma como a faz sentir.
Este conto aborda o tema da descoberta da sexualidade e da sensualidade pela qual todas as pessoas passam, sendo para a época um tema controverso.
Apreciei bastante esta história, que, apesar de curta, consegue trazer ao leitor o desejo de ler mais obras de D.H.Lawrence. (4/7)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Desculpem

Saudações leitores!
Como devem ter reparado o blog tem andado muito parado. A razão?
Finalmente as aulas recomeçaram e eu consegui! Entrei em Medicina Veterinária! Depois de três anos a tentar!
Obrigada a todos!
Irei actualizar o blog em breve!
Cumps
Alu

domingo, 5 de setembro de 2010

"Cidade Proibida" - Eduardo Pitta

Sinopse

“Embora dê aulas em Lisboa, é em Londres, na Primavera de 2001, que Rupert conhece Martim. O encontro muda a vida dos dois. De regresso a Portugal, Rupert troca o seu modo de vida pelo de Martim. Por seu intermédio, acede a um meio que lhe é completamente estranho, o das famílias tradicionais com casa no Estoril e assento em poderosos conselhos de administração. Contrariado, vê-se obrigado a privar com um grupo de homens arrogantes com quem Martim estava habituado a programar temporadas de ópera em Nova Iorque e Salzburgo, carnavais em Veneza e compras em Milão. Rupert sabe que não faz parte desse mundo. Tudo visto, a única cedência de Martim foi ter concordado em deixar o gato em casa da mãe para ir viver consigo. No resto manteve-se inflexível. E certo alheamento da realidade fez com que levasse tempo a perceber que a história de ambos era atravessada por zonas de sombra... Cidade Proibida é o retrato de uma certa Lisboa, na actualidade.”


“Cidade Proibida”, de Eduardo Pitta, para mim não foi mais do que um romance medíocre, que tem unicamente de positivo dar a conhecer certos aspectos da “comunidade gay” que muita gente ignora. A escrita é clara, acessível sem felizmente atingir o patamar de vulgar que caracteriza certos escritores portugueses, como a Margarida Rebelo Pinto (*vómito*). No entanto, a história não me cativou, principalmente pela análise um pouco superficial das personagens. Falta profundidade às personagens da história. (3/7)

sábado, 4 de setembro de 2010

ooh no!

Esqueci-me do livro que estava a ler em casa do meu namorado e só vou estar com ele daqui a alguns dias, por isso preciso de outro livro.... não gosto muito de ler dois ao mesmo tempo :S

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma personagem, uma música...

Sabem do que estou a falar, quando digo que uma música me faz lembrar determinada personagem de um livro?
Bem, estes dias ouvi uma música que me fazia pensar nas aventuras da Sookie Stackhouse, a telepata da série de livros da escritora Charlaine Harris, "Sangue Fresco".
Quando ela termina com o Bill, o seu primeiro amor.


" A Vida era Assim em Middlemarch " - George Eliot

A Vida era Assim em Middlemarch” é considerada a melhor obra de George Eliot. Foi publicado depois de a escritora já ser bem conhecida, no ano de 1872. Não sendo apenas um romance vitoriano, é também o retrato perfeito de uma época, estranha aos nossos olhos, onde o estatuto social era tudo e na qual o amor nem sempre bastava.
Middlemarch” narra os principais acontecimentos na vida dos habitantes da região e o modo como estas vidas, apesar de independentes, se acabam por cruzar perante a adversidade que sobre elas recai.
Doroteia é a personagem central deste enredo. Ela é a pureza personificada, capaz de fazer ver o mal de Middlemarch e com o desejo de só o bem fazer. Com o decorrer do romance, esta personagem contrai matrimónio com o senhor Casaubon, um homem muito mais velho que cativa Doroteia com a sua aparente erudição. Este casamento acaba por se tornar numa desilusão para uma jovem como Doroteia, que, vendo que o seu marido nunca partilharia consigo o seu conhecimento, se sente desprezada e enclausurada. Encarada como uma personagem autobiográfica, depois deste casamento infeliz e após muitas contradições, Doroteia acaba por contrair um segundo matrimónio com o primo do seu primeiro marido, Ladislaw.
Além desta personagem, a história magnificamente escrita por George Eliot, está repleta de muitas outras tramas.
A vida de Lydgate, um médico acabado de chegar, que se apaixona por Rosemonde Vincy, e que por esta abandona a sua dedicação completa à ciência para lhe dispensar quase toda a sua atenção. O casamento acaba por se tornar numa maldição para Lydgate, que, ao ficar endividado e desprezado pela sua mulher, o vê como destruidor de todos os seus sonhos.
A intriga em torno de Bulstrode, um influente homem em Middlemarch, mas com um passado obscuro, a paixão do infantil Fred Vincy pela madura Mary Garth, a crítica à baixa posição que a mulher ocupava na sociedade


“- Não pretendo discutir política com uma senhora – replicou o senhor Brooke, num ar de amável indiferença, mas com uma impressão desagradável – O seu sexo não tem pensadores, sabe, varium et mutabile semper, e outras coisas parecidas.”


e muitas outras personagens e ideias fazem de “A Vida era Assim em Middlermarch” uma exposição da complexidade humana que é um prazer ler. (6/7)


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"Middlemarch: A Study of Provincial Life" is considered to be the best work by George Eliot. It was published after the writer been already well known, in 1872. Not just being a Victorian novel, its also the perfect portrait of an era, strange to our eyes, in which all that was important was the bylaws and in which love wasn't always enough.

"Middlemarch" narrates the main events in the life it's inhabitants and how these lives, although independent, eventually intersect with each other facing the adversity that falls on them.

Dorothy is the central character in this plot. She is purity personified, able to see the evil of Middlemarch and the desire to do only good. In the course of the novel, this character marries with Mr. Casaubon, a man that being much older than Dorothy captivates her interest with its apparent erudition. This marriage ends up becoming a disappointment for a young lady like Dorothy, who, seeing that her husband never wanted to share his knowledge with her, and living a life of cloistered felt neglected. Seen as an autobiographical character, after this unhappy marriage and after many contradictions, that also occured in Elliot's life, Dorothy eventually contracts a second marriage with the cousin of her first husband, Ladislaw.
 
Besides this character, the story beautifully written by George Eliot, is filled with many other secundary plots.
The life of Lydgate, a doctor just arrived to Middlemarch, who falls in love for Rosemonde Vincy is one of the secundary plots. He leaves his complete dedication to science to dismiss her almost all of his attention. The marriage ultimately becomes a curse for Lydgate, who, when being ridden and despised by his wife sees her as the destroyer of all his dreams.
 
The intrigue around Bulstrode, an influential man in Middlemarch, but with a dark past; the passion of Fred Vincy for Mary Garth; the mature criticism of the low position that women occupied in the society
 

"- I do not intend to discuss politics with a woman - said Mr. Brooke, an amiable air of indifference, but with an unpleasant impression - Your sex has no thinkers, you know, mutabile varium et semper, and other similar things." 

and many other characters and ideas make "Middlemarch: A Study of Provincial Life" an exhibition of the human complexity that is a pleasure to read. (6/7)

 

De partida para uma nova...

Não, o blog não vai acabar. Poderia ser o que estavam a pensar depois de lerem o título do post.
Queria apenas dizer que depois de mmuuuito tempo a ler " A Vida era Assim em Middlemarch" de George Elliot, terminei a minha leitura!
Em breve irei postar a crítica e parto já para a leitura da "Colecção de Verão", que o Jornal de Notícias tem vindo a oferecer ao leitor nestes últimos meses do ano.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Novo Blog!

Finalmente, depois de uns problemitas com o nome, já criei, em conjunto com as minhas amigas, o blog de angariação de ração para os animais acolhidos pelas associações de ajuda aos animais!
Chama-se Artes Mião e aqui está o endereço para os que estiverem interessados em visitar: http://artes-miao.blogspot.com/


Peço-lhes quem sigam o nosso blog e nos ajudem divulgando o nosso projecto no vosso próprio blog!

Muito Obrigada!


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem lê mais? O Homem ou a Mulher?

Decidi criar aqui uma pequena discussão. Do ponto de vista dos leitores, isto é esquecendo os estudos que circulam na internet, e noutro tipo de fonte, acham que são as mulheres ou os homens que lêem mais? E porquê? Quais são os factores que contribuem, para que considerem o homem/ a mulher como sendo o que mais lê?


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dilema do Nome

Senti necessidade de postar um pedido de desculpas. Não tenho andado muito concentrada no blog. A verdade é que ando com uma ideia na cabeça, que me tem dado muito em que pensar.
Eu e um grupo de amigas vamos fazer uma lojinha online onde vamos vender trabalhinhos, feitos por nós, e cujo lucro reverte totalmente para a compra, e distribuição, de alimentos para algumas associações, que acolhem animais abandonados.
Já temos a ideia, mas o difícil está a ser encontrar um nome! Já inventamos de tudo! Nomes fofos, parvos, engraçados, sérios, simples, complicados...tudo! E não há forma de conseguir! Quando pensavamos ter arranjado um, dediquei-me á elaboração do logótipo, mas acabamos por descobrir que esse nome já existia!
Estou a ficar completamente obcecada! Não consigo ler! Preciso de um desbloqueio mental para seguir com a minha vida e abandonar este dilema!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Especial Christopher Paolini

Christopher Paolini é um escritor prodígio. Com apenas quinze anos, começou a escrever aquele que se tornaria num dos mais vendidos épicos da literatura juvenil. A saga “Ciclo de Herança” foi um sucesso a nível mundial. Os três livros publicados, narram a aventura de um rapaz humilde, Eragon, e do seu dragão, Saphira, na luta contra o terrível Galbatorix.



Paolini nasceu no dia 17 de Novembro de 1983, no sul da Califórnia. Viveu a maior parte da sua vida em Paradise Valley, Montana, com os seus pais e a sua irmã mais nova, Angela. A educação escolar de Christopher foi realizada pela sua mãe, Tatiana, professora de profissão, que decidiu dedicar-se a tempo inteiro aos seus dois filhos.
Já em criança escrevia pequenas histórias, mas foi na adolescência que e a ideia para o primeiro livro surgiu.
Foi aos dezoito anos que a primeira publicação surgiu. Todos os gastos na publicação e promoção do livro foram pagos pelos pais de Christopher. Em 2002, a editora Knopf Books For Young Readers, contactou a família e propôs a publicação do livro. A resposta foi positiva e, em Agosto de 2003, o livro foi novamente publicado.
Em 2006, Eragon chegou às salas de cinema.


Nos anos seguintes foram publicadas mais dois livros da saga. Primeiro Eldest, em Agosto de 2005 e depois Brisingr, em Setembro de 2008.
Christopher Paolini está actualmente a trabalhar no quarto, e último, livro da saga.


Apesar de muito jovem, Paolini, tornou-se num caso de extraordinário sucesso. Influenciando a infância/adolescência de muitas pessoas por todo o mundo!


Esta saga foi realmente fantástica! Apesar de ainda estar inacabada e de eu achar que o quarto livro nunca será publicado, há que admirar Christopher Paolini. A sua criatividade e o sentimento que consegue fazer transparecer nas suas personagens é excelente. Recomendo esta saga, mesma para quem já não é criança, ou mesmo, jovem!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Entrevista com o Vampiro" - Anne Rice

Apenas há pouco tempo descobri o encanto dos livros de Anne Rice. Primeiro com a “Quinta de Blackwood” e agora com este “Entrevista com o Vampiro”, esta escritora tem me espantado pela qualidade do enredo dos seus livros e da complexidade das personagens.
Em “Entrevista com o Vampiro”, um jovem jornalista entrevista Louis, um vampiro nascido no estado americano do Louisiana. Louis vive sob o comando de Lestat, o seu vampiro criador, insatisfeito com a sua natureza sobrenatural, sentindo culpa e solidão. Na tentativa de conhecer melhor aquilo que ele é, ajuda Cláudia, uma criança-vampiro, a matar o seu criador, Lestat. Ambos partem para a Europa em busca de respostas onde muitas surpresas os esperam.
Um livro repleto de emoções fortes, onde o amor, o ódio e a paixão estão expressas de forma sublime, colocando no ridículo a Saga do Crepúsculo de Stephenie Meyer. (5/7)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Especial Enid Blyton


Enid Blyton foi uma escritora, que, ao longo dos quarenta anos da sua carreira, publicou cerca de 800 livros infantis/juvenis. Estabeleceu-se na história da literatura, como uma das mais conhecidas e bem sucedidas escritoras de histórias para crianças/adolescentes, tendo em 1980 a venda dos seus livros atingido os 60 milhões de cópias. Entre as suas criações encontram-se as aventuras de “Os Famosos Cinco”, as aventuras de “Os Sete” e o conhecido “Noddy”.
A escritora nasceu em Londres no dia 11 de Agosto de 1897. Era a mais a velha de três crianças. O seu pai, Thomas Carey Blyton, era um homem de muitos talentos. Pintava aguarelas, escrevia poesia, aprendia novas línguas e fotografava. A sua mãe, Theresa Mary Hamilton, não partilhava os interesses do marido e não apoiava a paixão de Enid pelos livros e pela leitura. O casal acabou por se separar, quando Thomas Blyton se envolveu numa relação extraconjugal, e as crianças ficaram sob a tutela da mãe.
Inicialmente educada para se tornar numa compositora de música, Enid Blyton dedicava-se também à escrita de pequenas histórias e poemas, que mandava para jornais periódicos. Apesar de a sua família achar que a escrita de Enid não passaria de uma brincadeira, a escritora cedo começou a publicar as suas obras. A primeira chamava-se Child Whispers (1922), e era composta por um conjunto de poemas.

Não estando segura do seu sucesso no mundo da literatura, a escritora, trabalhava como educadora de infância na Ipswich High School e, mais tarde, abriu a sua própria escola. Com o crescer do reconhecimento do seu trabalho como escritora, a autora passou a dedicar-se a tempo inteiro à composição de histórias e poemas, nomeadamente na edição de um jornal para crianças intitulado de Sunny Stories. Contudo, só por volta de 1930 as suas histórias captaram a atenção de uma audiência mais alargada.


Em 1924, Enid Blyton casou com Hugh Pollock, editor do departamento de livros de George Newnes. O casal mudar-se-ia para a casa que ficaria para sempre associada ao nome da escritora, a “Green Hedges”, em Beaconsfield, uma pequena vila perto de Londres.
O primeiro livro de aventuras para crianças, que Blyton escreveu, intitulava-se de “A Ilha Secreta” e foi publicado em 1938. Este seria um marco importante na carreira da escritora, que levaria à publicação das séries “Os Famosos Cinco” e de “Os Sete”.
Nas décadas que se seguiram, Enid Blyton tornou-se na principal escritora do mundo da literatura infantil. Sendo capaz de escrever 10000 palavras por dia, as suas publicações aumentavam rapidamente.

Em 1942, o casamento da escritora com Hugh Pollock termina, e no ano seguinte Enid casa com Kenneth Darrell Waters, um cirurgião de meia-idade. Waters sentia um profundo interesse pelo trabalho de Blyton e partilhava muitos dos interesses da sua nova mulher, como o interesse pela jardinagem.

Abandonando o jornal Sunny Stories, em 1953 a escritora publica a primeira edição de Enid Blyton Magazine. O principal objectivo da venda desta revista era o de ajudar as crianças com paralisia espástica.

Em 1949, a autora lança o primeiro livro que tornaria célebre o brinquedo “Noddy”, Little Noddy Goes to Toyland. As vendas deste livro excederam as expectativas e seguiu-se a publicação de novas histórias do género. Actualmente a série passou para o nosso ecrã de televisão e faz as delícias dos mais novos.

Apesar do seu sucesso, nas décadas de 50 e 60, Enid Blyton, foi atacada pelos críticos. Acusavam a autora de publicar histórias com um vocabulário pobre e de ter criado personagens “snobs” e racistas. Eventualmente a obra da escritora acabou por ser admirada, por conseguir chegar ao coração de tantas crianças.

No início da década de 60 o ritmo da criação de novas histórias pela escritora diminuiu. Enid sentiu-se abandonada pela inspiração e a publicação das suas revistas terminou em 1959.
No ano de 1967, o seu marido faleceu. Durante os meses que se seguiram a doença de Alzheimer, que a afectava, agravou-se e três meses antes da sua morte, foi internada numa casa de cuidados. Morreu no dia 28 de Novembro de 1968. O seu corpo foi cremado no Golders Green Crematorium and Mausoleum, onde as suas cinzas repousam.


O meu primeiro contacto com a literatura aconteceu graças a Enid Blyton. Antes de “Os Famosos Cinco” eu simplesmente não lia e, talvez se não tivesse gostado tanto destas histórias, ainda hoje não conhecia o prazer de ler, porque quem lê um livro desta autora e gosta não pode parar nunca mais!
Apesar de já não ler “Os Famosos Cinco” há mesmo muitos anos, ainda me lembro da descrição daqueles deliciosos lanches que o grupo levava para as suas aventuras, e da excitação de ver os meus heróis salvos das garras dos vilões!
Sem dúvida que Enid Blyton marcou a minha infância e, mais importante ainda, foi a responsável pelo meu gosto pela leitura.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Enid_Blyton#Personal_life
http://kirjasto.sci.fi/eblyton.htm

terça-feira, 17 de agosto de 2010

De regresso...

Boa tarde! Após um fim-de-semana no nordeste transmontano, passado em boa companhia, estou de volta à minha cidade e ao meu blog!
Hoje estive a passear pela cidade do Porto e por isso não tive oportunidade para começar a escrever o "Especial Enid Blyton".
Estejam atentos, que em breve irei postar sobre essa extraordinária escritora de livros infantis!


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fim de Semana em Macedo

Entre os dias 13 e 16 de Agosto o blog vai estar inactivo. Vou visitar uma amiga da universidade que vive em Macedo de Cavaleiros.
Desejo um óptimo fim-de-semana a todos os que por aqui passem e, aos que ainda estão de férias, uma boa continuação!
Até Breve!

Especial J.K.Rowling

J.K. Rowling marcou a história da literatura infantil ao publicar a saga “Harry Potter”. Esta foi a sua primeira publicação, mas o potencial da história era tão grande, que as editoras ofereceram valores monetários considerados astronómicos, para adquirir os direitos do primeiro volume da saga. O sucesso, que se seguiu após a publicação de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, foi de tal ordem, que todos os gastos na aquisição dos direitos de autor se justificaram.

Nascida perto de Bristol, em Inglaterra, no dia 31 de Julho de 1965, Joanne K. Rowling, cresceu na companhia de uma irmã mais nova. Ambas tinham um fascínio por histórias, sendo uma das suas brincadeiras a invenção de contos, nos quais os coelhos eram uma figura essencial, devido ao desejo das duas irmãs de terem um como animal de estimação.

O ambição dos seus pais, de origem londrina, de viverem no campo concretizou-se, quando se mudaram para a vila de Tutshill, localizada na fronteira entre o País de Gales e Inglaterra. Rowland aprendeu a gostar da vida no campo, contudo a nova escola primária desagradava-lhe por ser antiquada e com professores que a intimidavam.
Após terminar o ensino secundário, J.K.Rowling frequentou a Universidade de Exeter, onde estudou para se tornar apta a desempenhar funções de secretariado. Encontrando emprego na Amnistia Internacional, descobriu que a profissão de secretária lhe permitia satisfazer o seu vício da escrita nas alturas em que havia menos trabalho.

Aos vinte e seis anos, não estando satisfeita com o seu emprego, Rowling decidiu aceitar uma proposta para ensinar inglês num país estrangeiro. Foi em Portugal, que a escritora começou a escrever aquele que viria a tornar-se no maior sucesso da literatura juvenil e no seu bilhete para o mundo da fama. Também em Portugal, conheceu o homem que viria a tornar-se seu marido e pai da sua primeira filha. No entanto o casamento não foi bem sucedido e o casal divorciou-se.

J.K.Rowling decidiu voltar a Inglaterra, mudando-se para Edimburgo, onde tencionava instalar-se como mãe solteira. Encontrou um emprego como professora de francês e dedicou-se à escrita de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Enviou o manuscrito para duas editoras e, meses mais tarde, recebeu a notícia de que o seu livro seria publicado em Inglaterra. Foi apenas uma questão de meses até a os direitos de autor serem adquiridos por uma editora americana por um valor extraordinário. Rowling despediu-se do seu emprego como professora e passou a dedicar-se a tempo inteiro à escrita.

Seguiram-se as sequelas da saga e a adaptação cinematográfica. Actualmente a escritora reside na Escócia com os seus três filhos e o segundo marido, Neil Murray.



Lembro-me como se fosse ontem, quando recebi o meu primeiro livro da saga do “Harry Potter”. Foi no natal de 2002, se não estou em erro. O livro era o “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”. Olhei para a capa e pensei, “Mais um livro…”. Naquela altura não fazia ideia de que aquele livro iria abrir-me as portas para um dos mundos mais maravilhosos em que já tinha estado. Depois de o ler procurei o primeiro livro e devorei-o numa semana, o que para mim, naquela época, era muito pouco tempo. Desde esses dias, J.K.Rowling, estabeleceu-se como uma das minhas escritoras favoritas e o “Harry Potter” tornou-se numa personagem querida. Foi também com esta saga que chorei pela primeira vez a ler um livro. O momento foi quando Albus Dumbledore morreu. Estava tão embrenhada na história que sentia o que Harry sentia.
Recomendo J.K.Rowling a quem ainda não leu, porque de certeza que vai adorar, independentemente de ser jovem ou adulto.



Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/J._K._Rowling#A_fam.C3.ADlia_Rowling
http://www.notablebiographies.com/Ro-Sc/Rowling-J-K.html

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"O Grande Gatsby" - F. Scott Fitzgerald

Considerada a obra-prima de Fitzgerald, “O Grande Gatsby” narra a história de Jay Gatz, antigo combatente na Grande Guerra, proveniente de uma família de poucos recursos, que procura reaver a relação amorosa com a única mulher que alguma vez amou, Daisy, membro da elite da época.
Mudando o seu nome para Gatsby, e sendo agora dono de uma riqueza imensa, o protagonista da história tenta impressionar a amada com o seu sucesso na vida, mas uma série de acontecimentos imprevistos arruína o seu plano.
É uma história característica de Fitzgerald, com as personagens obcecadas pelo dinheiro e pelo álcool, onde Gatsby emerge como alguém superior ao seu tempo e aos costumes da época.
Gostei desta obra, apesar de ter apreciado mais outras obras do autor, como o “Deste lado do Paraíso”. Talvez por ser um livro menos extenso, pareceu-me um pouco superficial e escrito “à pressa”. O autor poderia ter analisado mais profundamente a vida de Gatsby, permitindo ao leitor uma maior proximidade com a personagem, visto que quem narra a história é o primo de Daisy, Carraway, e não o próprio Gatsby. (3,5/7)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Especial Meg Cabot

Meggin Patricia Cabot, mais conhecida pela abreviação Meg Cabot ou Patricia Cabot e pelo seu pseudónimo Jenny Carroll, nasceu no dia 1 de Fevereiro de 1967 em Bloomington, Indiana, nos Estados Unidos da América. Autora de mais de sessenta livros, entre eles a série de dez livros “O Diário da Princesa”, Meg Cabot estabeleceu-se em muito pouco tempo como uma das escritoras de romances juvenis mais bem sucedidas e influentes do seu tempo. Começando a publicar em 1998, em menos de dez anos já havia lançado cerca de quarenta e quatro obras de ficção.




Desde tenra idade que Meg se dedicava à leitura. Inicialmente apenas lia livros de ficção científica e de banda desenhada. Contudo a descoberta dos clássicos da literatura, nomeadamente a obra "Jane Eyre", da escritora Charlotte Brontë (1816–1855), viria influenciar para sempre Meg Cabot, introduzindo-a ao mundo do romance, estilo que prevalece nas suas narrativas.
Além da paixão pela leitura, Meg tem também uma grande paixão pelas princesas da Disney, sendo o seu conto de princesas favorito “A Bela e o Montro”. A saga do “Star Wars”, trouxe também uma nova princesa à vida de Meg Cabot, a Princesa Leia. Estas duas paixões estão bem patentes nos livros da autora, principalmente na série “O Diário da Princesa”, na qual Mia, a personagem principal, também demonstra uma obsessão pela princesa Leia e pela peça de Ballet de “ A Bela e o Monstro”.


O gosto pela escrita começou na escola secundária. Meg começou a escrever as suas próprias histórias, porque segundo a entrevista online que deu à Onion Street, não havia mais nada para fazer, visto que a televisão por cabo ainda não era o fenómeno que actualmente é. Apesar deste gosto, que foi surgindo, Meg Cabot não fazia ideia de que mais tarde se tornaria numa escritora a tempo inteiro. Encarava a escrita como um hobbie. O seu verdadeiro sonho era ser veterinária ou actriz. No entanto, nos exames de álgebra e matemática não obteve as classificações necessárias para seguir esse sonho, tendo decidido frequentar a Universidade de Indiana, onde o seu pai era professor.

Em 1991, após obter o seu diploma em artes, Meg muda-se para Nova York em busca de uma carreira como ilustradora. Porém, o emprego que obteve estava longe de ser aquele com que a escritora sonhava. O seu trabalho como assistente num dormitório de caloiros de uma universidade, permitia-lhe ter mais tempo para a escrita, o que contribuiu para o seu desenvolvimento como escritora.

O sucesso haveria de surgir sete anos mais tarde e muitas rejeições depois. A sua primeira obra publicada intitulava-se de “Onde as Rosas crescem Selvagens” ( no original, “Where Roses Grow Wild”) e foi escrito sob o nome de Patricia Cabot. Vários romances depois, Meg tentou um estilo diferente, direccionado para um público mais jovem. “O Diário da Princesa” foi rejeitado dezassete vezes pela editora HarperCollins, sendo finalmente publicado no ano de 2000. Segundo a escritora, a inspiração para este sucesso literário, surgiu quando após a morte do seu pai, a sua mãe começou a namorar com um dos seus antigos professores de arte. Cabot ficou tão horrorizada com esta relação, que começou a escrever um diário, que acabou por se transformar no diário de uma adolescente que frequentava o nono ano de escolaridade. Amelia Mignonette Grimaldi Thermopolis Renaldo, conhecida entre os amigos por Mia, cuja mãe namorava o seu professor de álgebra. Para além de todos os dramas que surgem na vida de uma adolescente, Mia é confrontada com a descoberta da verdadeira identidade do seu pai. Phillipe Renaldo é o príncipe de um pequeno país europeu Genovia, o que faz de Mia, sua filha, a princesa e futura rainha desse país.

O êxito foi estrondoso Cabot é hoje uma das escritoras mais influentes na literatura juvenil. Os direitos de autor de “O Diário da Princesa” foram adquiridos pela Disney e Meg viu a sua princesa integrar o grupo de princesas, que na sua infância tanto admirou.

Ao longo dos últimos anos, Meg tem vindo a publicar várias outras obras para o público jovem. A série de livros “A Mediadora”, “O Tamanho 42 não é para gordas” e “A Rapariga Americana” são alguns exemplos de outros sucessos para além de “O Diário da Princesa”.


Tive o meu primeiro contacto com a obra de Meg Cabot no Verão do ano de 2002. “O Diário da Princesa” exerceu desde essa altura uma grande influência na minha vida. Para além de me identificar com a personagem principal, Mia, o enredo encantou-me. Não seria maravilhoso viver a vida desta princesa adolescente? Eu acreditava que sim, e os livros de Meg, eram a forma de me refugiar nessa realidade maravilhosa, partilhando cada drama de Mia, como se fosse meu.
Li o último livro da série o ano passado. Como a publicação dos livros de Cabot em Portugal demora anos, a espera pelos seus livros tornou-se um hábito. Ainda hoje, passados oito anos, quando vou a alguma livraria, visito sempre a secção de literatura juvenil, para verificar se já saiu mais algum dos seus livros.

Mesmo já não tendo doze anos, como em 2002 tinha, Meg Cabot ainda me faz sentir ansiosa por mais.




Fontes:
http://www.notablebiographies.com/news/A-Ca/Cabot-Meg.html
http://www.megcabot.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meg_Cabot

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Especial: Autores que marcaram a minha infância

Ontem, estava eu a arrumar a estante de livros da família, quando tive uma ideia: Fazer um especial dos autores que marcaram a minha infância. Pareceu-me ser uma ideia interessante, porque os poucos leitores, que porventura visitam o meu blog, poderão partilhar comigo opiniões sobre esses escritores e poderei também aprender sobre as suas obras enquanto faço a pesquisa, relembrando o prazer que ler essas histórias me dava.
Assim sendo, elaborei uma pequena lista dos autores que mais me influenciaram e conclui que eram os seguintes, por ordem de importância:


- Meg Cabot
- J.K.Rowling
- Enid Blyton
- Christopher Paolini


Em breve irei começar com as “publicações especiais” sobre estes autores.











sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

" O Moinho à Beira do Rio " - George Eliot

Obra de George Eliot, pseudónimo de Mary Anne Evans, foi publicado pela primeira vez no ano de 1860. Narra a história de Maggie Tulliver, a protagonista, e do seu irmão mais velho Tom, desde a sua infância até ao fatídico acontecimento que põem fim à vida de ambos. A relação entre os dois irmãos desde o inicio é conturbada, pois o feitio de Maggie, idealista e sonhador, é muito diferente do feitio, frio e racional, de Tom e quando Maggie inicia uma relação romântica com Philip Wakem, filho do inimigo da família Tulliver, o afastamento entre os irmãos aumenta. No decorrer da narrativa, Maggie apaixona-se pelo namorado da sua prima Lucy, Stephen Guest. Apercebendo-se que o seu amor é correspondido, a protagonista enfrenta uma grande luta interior para resistir aos seus desejos, e preservar a felicidade da sua amada prima e de Philip Wakem, por quem sente um carinho especial.
Esta obra é tida como autobiográfica, visto que Mary Anne Evans esteve 20 anos envolvida com um homem casado, George Lewes, o que poderá estar relacionado com a luta interior de Maggie e a sua relação conturbada com Tom, à semelhança da relação de Evans com o seu irmão Isaac.
De todos os romances do século XIX que já li, este foi sem sombra de dúvidas um dos melhores. A par da Jane Eyre e do Monte dos Vendavais, entre muitos outros, é uma obra-prima que surpreende pela simplicidade da escrita e pelo final inesperado, que me trouxe as lágrimas aos olhos. (6,5/7)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

De regresso

Estas férias foram mesmo aquilo de que estava a precisar. O contacto com novas culturas e novos locais é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, e a oportunidade de realizar um cruzeiro tem um efeito relaxante, principalmente quando regresso a casa e penso em tudo o que vi, cheirei e senti.
Quanto á leitura, não tive muito tempo para ler, andei sempre de um sítio para o outro e quando finalmente parava, só me apetecia dormir! No entanto, esta semana, aproveitei para visitar a feira do livro da Póvoa de Varzim e fiquei espantada pela quantidade de bons livros que encontrei na secção de usados. Clássicos da literatura espétaculares a apenas 2 euros! Adquiri logo dois desses clássicos e um livro que há muito ambicionava ter, "Entrevista com o vampiro":




quinta-feira, 22 de julho de 2010

Férias 23 - 30 de Julho

O blog Baú dos Livros, estará inactido no período de 23 a 30 de Julho, por motivo de férias :D
Aproveitarei para pôr a leitura em dia.
Até breve!

" O Pecado de Darwin " - John Darnton

“Dois homens subiram ao vulcão. Um deles voltou e mudou a História para sempre.
Baseado em documentos históricos e galardoado com o Prémio Pulitzer, este intrigante romance de John Darnton, que combina de forma harmoniosa verdade e ficção, leva-nos até à Inglaterra Vitoriana para nos dar a conhecer os mistérios que rodeiam a vida e obra do cientista britânico Charles Darwin, ao mesmo tempo que nos faz perceber que ninguém conhece a verdade que rodeia a vida de qualquer pessoa.
Ao longo do romance o seu autor apresenta-nos três perspectivas diferentes sobre a vida de Darwin: a dele próprio enquanto jovem, a da sua filha Lizzie e a dos investigadores Hugh Kellem e Beth Dulcimer.”


Li este livro na época em que tive de estudar para o exame de Biologia/Geologia, e achei-o muito interessante, existindo, nesta obra, referências aos principais conceitos da Teoria Evolutiva de Darwin. No entanto, grande parte da história é ficção, tendo o autor transformado, de forma bastante engenhosa, a vida de Darwin numa trama complexa e misteriosa. A doença misteriosa de Darwin, como chegou á sua Teoria da Evolução e o porquê da sua publicação, apenas 20 anos depois, são questões que o autor desvenda, ainda que de forma totalmente ficcional. Recomendo o livro a quem se interesse por este tema. (4/7)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"O Mandarim" - Eça de Queirós

Esta obra, de Eça de Queirós, foi publicada pela primeira vez em folhetim, no Diário do Reino, em 1880. “O Mandarim” decorre num cenário exótico, o Oriente, que serve de pano de fundo à história de Teodoro. Este homem era um simples trabalhador do Ministério do Reino que, embora tivesse uma vida modesta, não passa grandes privações. No entanto, sonhava com o luxo do mundo dos ricos. Um dia, aliciado pelo Diabo, Teodoro faz uma campainha tilintar. Esta campainha irá concretizar o seu sonho de obter uma imensa fortuna. Contudo, nem tudo é um mar de rosas, pois é dito a Teodoro que se tocar a campainha um rico Mandarim do império chinês cairá morto.

Esta novela é de fácil leitura, retratando a natureza humana na sua pior faceta. O desejo por uma vida de luxo é, ainda hoje, aquele que leva a cometer verdadeiros crimes contra a vida humana.


Mas será que, se confrontados com a mesma oportunidade, não tocaríamos, também nós, a campainha? (4/7)


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This work of Eça de Queirós, was first published as a brochure, in  The Journal of the Kingdom in the year of 1880. "The Mandarin" occurs in an exotic setting, the Orient, which serves as a backdrop to the story of Theodore. This man was an ordinary worker of the Ministry of the Kingdom who, although living a modest life, wasn't facing a life with to mutch sacrifices. However, he dreamed of the luxury of the world in which the riches lived. One day, lured by the devil, Theodore makes to ring a bell. This bell has the power to realize his dream of getting him an immense fortune. However, not everything is a "bed of roses". It is said that if Teodoro choses to ring the bell a wealthy Mandarin that lives in the Chinese Empire will fall dead.
 
This novel is easy to read, portraying human nature at its worst. The desire for a life of luxury is, today, one of the reasons that leads people to committing real crimes against human life.

 
But what if we were faced with the same opportunity as Theodore? Would you make to ring that bell? (4/7)
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Colecção JN/DN

No próximo dia 17 (Sábado), começa a oferta com o JN/DN a seguinte colecção de livros. O preço extra a pagar é de 0,00€, ou seja, um preço imbatível por livros de grande qualidade! Os livros virão com os jornais acima mensionados todos os sábados, domingos, terças e quintas. Aproveitem!
Aqui fica a lista de livros desta colecção:
17 de Julho - Alice no País das Mara­vi­lhas, Lewis Car­roll
18 de Julho - O Fan­tasma de Can­ter­ville e outros con­tos, Oscar Wilde
20 de Julho - Cidade Proi­bida, Edu­ardo Pitta
22 de Julho - Car­men, Pros­per Méri­mée
24 de Julho - O Ali­e­nista, Machado de Assis
25 de Julho - O Último dia de um Con­de­nado, Vic­tor Hugo
27 de Julho - Inxalá – Espero por ti na Abis­sí­nia, Car­los Qui­roga
29 de Julho - O Con­tra­baixo, Patrick Süs­kind
31 de Julho - O Espe­lho da Tia Mar­ga­rida, Wal­ter Scott
1 de Agosto - O Man­da­rim, Eça de Quei­rós
3 de Agosto - O Médico e o Mons­tro, Robert Louis Ste­ven­son
5 de Agosto - Mode­rato Con­ta­bile, Mar­gue­rite Duras
7 de Agosto - Poli­ku­chka, O Enfor­cado, Leão Tols­toi
8 de Agosto - A Dama Pé-​de-​Cabra, Ale­xan­dre Her­cu­lano
10 de Agosto - Davy Croc­kett, Enid Lamonte Mea­dow­croft
12 de Agosto - Car­milla, She­ri­dan Le Fanu
14 de Agosto - Cora­ção das Tre­vas, Joseph Con­rad
15 de Agosto - A Ruiva, Fia­lho de Almeida
17 de Agosto - A Cri­ada Zer­lina, Her­mann Broch
19 de Agosto - A His­tó­ria de um Sonho, Arthur Sch­nitz­ler
21 de Agosto - Noi­tes Bran­cas, Fio­dor Dos­toi­evsky
22 de Agosto - Voo Noc­turno, Antoine Saint-​Exupéry
24 de Agosto - A Vir­gem e o Cigano, D.H. Lawrence
26 de Agosto - Os Cri­mes da Rua Mor­gue, Edgar Allan Poe
28 de Agosto - Os Con­ju­ra­dos, Jorge Luís Bor­ges
29 de Agosto - Daisy Mil­ler, Henry James
31 de Agosto - Con­tos de Ter­ror e Arre­pios, Bram Stoker

segunda-feira, 12 de julho de 2010

" A Década Perdida " - F.Scott Fitzgerald

F. Scott Fitzgerald é um escritor que eu posso dizer que aprecio muito. Autor de romances e também de “short stories”, fazia parte da chamada “Geração Perdida”, nome usado para classificar um grupo de celebridades literárias americanas que viveram em Paris, e noutras partes da Europa, no período de tempo correspondente ao fim da Primeira Guerra Mundial, no começo da Grande Depressão. As suas obras estão repletas de personagens tipo, que caracterizaram a época dos anos 20, isto é, ricas, atraentes, materialistas e, na maior parte das vezes, com uma boa vida que acaba por lhes escapar, tornando-as personagens desesperadas, arruinadas e viciadas em bebidas alcoólicas.
Este livro, “ A Década Perdida “, que comprei na feira do livro no Porto, engloba um conjunto de seis mini histórias, sendo que o nome da última, corresponde ao título dado ao Livro. Contudo, estas histórias integram colectâneas de pequenas narrativas do autor, como a colectânea “The Short Stories of F. Scott Fitzgerald”.
A história de que mais gostei neste livro foi, sem dúvida, “O Diamante do Tamanho do Ritz”. É muito diferente do género a que estava habituada neste autor, porque contém um carácter irrealista e de fantasia, que, na maior parte das suas obras, não existe. Narra a história de um rapaz chamado John, que é convidado para visitar a casa do filho do homem mais rico do mundo. No entanto, ao longo da história o leitor apercebe-se que nem tudo corre bem no mundo maravilhoso em que a família do seu amigo secretamente vive. O rapaz descobre que ser o homem mais rico do mundo implica uma série de sacrifícios, e um deles é precisamente o seu, pois para esconder o segredo da sua riqueza o magnata, pai do seu amigo Peter, está disposto a tudo, até mesmo assassinar. É uma história que nos mostra o lado mau da riqueza e o quão efémera esta pode ser, à semelhança da juventude e das paixões.
Nesta história gostei particularmente desta passagem:

“- E foi um sonho – disse John calmamente. – a juventude de todos nós é um sonho, uma forma de loucura química.
- Então que bom é estar louco!
- Foi o que ouvi dizer – disse John sombrio. – Já não sei nada. De qualquer modo, amemo-nos por uns tempos, talvez um ano, tu e eu. É uma forma de divina embriaguez que quase todos podemos experimentar. Só há diamantes em todo o mundo, diamantes e talvez o pobre dom da desilusão. Bom, este tenho-o eu e vou fazer dele o “nada” habitual.”
(5/7)

domingo, 11 de julho de 2010

" Na outra Margem, entre as Árvores" - Ernest Hemingway

“ Na outra Margem, entre as Árvores “, foi a primeira obra que li do famoso nobel da literatura Ernest Hemingway. A história gira em torno de um coronel americano que passa os últimos dias da sua vida em Veneza. O coronel vai se recordando de vários episódios da segunda Grande Guerra, onde esteve presente, divagando sobre tudo o que viveu e que poderia ter vivido de forma diferente.
Na minha opinião, achei a história desinteressante e em algumas partes até irritante, principalmente nos diálogos entre o coronel e a sua amada, que tinham a palavra “amo-te” escrita demasiadas vezes, ao ponto de levar o leitor à loucura! Por outro lado, achei que a escrita era bastante acessível e simples. Foi um livro que não me prendou e que me desiludiu. Contudo, sinto-me satisfeita por ter lido esta obra, visto que Ernest Hemingway foi um dos escritores que marcaran o século passado.
(2/7)

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Life"

Como a vida não é feita apenas de livros, decidi deixar no blog a sugestão para verem a série da BBC “Life”. Para quem gosta de documentários sobre o reino animal, esta é uma série excelente! Composta por 10 episódios, todos narrados pela famosa Oprah Winfrey, sobre a luta pela sobrevivência, tendo por base a teoria da evolução de Darwin, esta série é muito boa para quem está no 11º ano e tem Biologia, pois ajuda a compreender o processo evolutivo das espécies. Além disto, a qualidade das imagens é espectacular. Fiquei totalmente maravilhada! Recomendo!


segunda-feira, 5 de julho de 2010

A gripe

Desculpem não escrever à já alguns dias. Estou com gripe e não tenho tido opurtunidade de adiantar as leituras. Espero melhorar em breve!
Obrigada por seguirem o meu blog :)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

" A Peste " - Albert Camus

Esta obra, apesar de não ser muito extensa, é bastante complexa. Foi publicada em 1947, e conta a história de uma cidade, de nome Orão, na Argélia, flagelada por uma epidemia de peste que leva ao isolamento da sua população. “A Peste” é uma obra, que, embora de forma subtil, está profundamente relacionada com a época em que foi escrita e com a vida do escritor. Um desses paralelismos é detectado pela análise da vida de Camus que, em Janeiro de 1942, se dirige de Orão para Paris, mas com a chegada dos aliados à África do Norte, em Novembro de 1942, fica separado durante mais de dois anos da sua mulher, da sua família e da sua terra natal. Esta experiência encontra semelhanças com o que sucede com a personagem “Rieux”. Outro exemplo de similaridade existente entre esta obra e o seu autor, existe na personagem “Grand” que busca a perfeição na sua escrita. O próprio “estado de espírito” da cidade em tempo de peste, pode ser comparado com o de uma cidade ocupada por invasores, como ocorreu com a ocupação de Paris pelos nazis. O que é também incrível nesta obra é a capacidade que Albert Camus teve, para manter uma relação com a realidade, mas sem que esta se torna-se no argumento de “A Peste”.
Pessoalmente, a história não me cativou muito. Tem muitas divagações sobre vários aspectos da vida, da morte e da religião. Gostei particularmente destas duas passagens do livro:

“Sem sair da sombra, o médico disse que já respondera e que, se acreditasse num Deus todo-poderoso, deixaria de curar os homens, deixando a Ele esse cuidado. Mas que ninguém no mundo, não, nem o padre Paneloux, que julgava acreditar, acreditava num Deus desse género, visto que ninguém se abandonava totalmente e que nisso, ao menos, ele, Rieux, julgava estar no caminho da verdade, lutando contra a Criação tal como ela era.”

“(…)o hábito do desespero é pior que o próprio desespero (…)”

(4/7)