tag:blogger.com,1999:blog-84092158877856279912024-03-13T18:39:52.675+00:00Baú-dos-LivrosLivros... Filmes... Palavras... Imagens...Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.comBlogger862125tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-76706338430193467372023-07-09T17:42:00.003+01:002023-07-09T17:42:54.805+01:00Sam Smith - Nos Alive 2023Nunca fui muito de ir a festivais. No entanto, agora que moro perto da capital, decidi à última da hora comprar o bilhete para o último dia do Nos Alive 2023. Não sou super fã de Red Hot, ou Artic Monkeys...na verdade até acho que o cartaz deste ano estava assim meio que para o fraquinho...mas tinha curiosidade em ver Sam Smith. <div><br /></div><div><div>Que tempo incrível para se viver! Se por um lado há todo um problema socioeconómico, que não vou tentar dissecar, ou analisar, vivemos num tempo e numa parte do mundo, onde podemos ser e ver muita coisa. O espetáculo de Sam Smith foi uma celebração disso mesmo - a celebração da liberdade e do amor próprio. </div><div><br /></div><div>Começou com os seus clássicos mais comerciais, como a música "Lay me Down" e seguiu para os temas mais mexidos com "Promises" e "Lach", colaborações já com alguns anos, terminando com a polémica "Unholy". O povo chorou, gritou, dançou e ficou chocado/fascinado com o fio dental de Sam.</div></div><div><br /></div><div>Mas não se enganem. Não foi uma atuação consensual; houve muita gente a sair chocada a meio da atuação, quando as coisas começaram a ficar +18. Prova que vivemos ainda num mundo apenas aparentemente "livre" e onde esta dita sensação de liberdade não é vista com muitos bons olhos pelas "pessoas de bem". </div><div><br /></div><div>Ainda bem que fui satisfazer a curiosidade.</div><div><br /></div><div>Fiquei apenas com pena de não ter ouvido o tema "Money". Afinal esta é a música de todos os Veterinários *sarcasmo*:</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/K0G9T5Bnjlc" width="320" youtube-src-id="K0G9T5Bnjlc"></iframe></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-84361255530640150572023-06-27T11:06:00.002+01:002023-06-27T11:06:54.953+01:00Espero estar de regresso!<p>Bem-vindos a 2023, segundo semestre. Sim, estou viva. Não, ainda não tenho filhos. Sim, um dia quero ter filhos, mas neste momento quero usufruir egoisticamente da minha liberdade e tempo para ler e fazer outras coisas. </p><p>Resolvi reativar, sem compromisso, o blog. </p><p>Os blogs estão fora de moda, mas a verdade é que com o tempo fui perdendo o foco naquele que era o meu objectivo aqui - criar um diário acerca dos livros que vou lendo. </p><p>Estes últimos anos tem sido uma miséria em termos de leituras. As redes sociais, os videojogos, a vida social muito mais mexida, graças ao meu super social e incrível marido (!) e ao retorno à normalidade pós-pandemia. </p><p>Ainda assim, neste últimos 3 anos tenho lido algumas coisas interessantes:</p><p>- Fiquei fascinada com a escrita de Isabel Allende e já li uma série de livros da escritora chilena; </p><p>- Multipliquei a minha biblioteca, quando casei - sim, casei pelos livros - e agora tenho 3 edições diferentes da Constituição Portuguesa, para além de todos os livros do Jorge Amado e outros escritores de ideologia política de esquerda. Quem entrar cá em casa, pode visitar o nosso quarto de hóspedes decorado com o tema "Saramago". Só não terá uma cama de percevejos, mas podemos tentar recriar essa descrição épica do livro "Memorial do Convento" (pelo preço certo, claro...aqui de esquerda, só mesmo os livros);</p><p>- Passei pelo menos meio ano da minha vida a ler a trilogia "O Século" do Ken Follet. Tenho a dizer que os livros são difíceis de transportar e bem dita a hora que me ofereceram um Kobo (o kindle faleceu...). A trilogia é incrível e deu-me uma perspetiva história dos acontecimentos do século XX, que não teria conseguido alcançar de outra forma. </p><p>Vou tentar falar sobre estes temas (e muitos mais) nos próximos posts. </p><p>Pretendo que esta seja a motivação de que preciso, para retomar as leituras com o entusiasmo prévio e que o Hogwarts Legacy e a Veterinária, não me deixem refém.</p><p>Até breve! </p><p><br /></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-34709910494670202382021-02-21T14:02:00.001+00:002021-02-21T14:02:12.278+00:00Passatempo - Instagram Intermitências d'Alu<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com a pandemia, uma das coisas que tenho sentido, é que os dias se tornam quase indistinguíveis. Saio de casa por volta das 9:30h, para ir para o trabalho e regresso por volta das 20:30h, 5 dias da semana. A vida na clínica é normalmente louca: animais para procedimentos de rotina, animais para primeira consulta, animais doentes, animais para cirurgia, telefones a tocar, recados e fichas para fazer/preencher, dúvidas para esclarecer e pelo meio, a oportunidade de meter qualquer coisa à boca. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para registar os momentos mais felizes desta sucessão de acontecimentos, comecei a utilizar mais o meu telemóvel como maquina fotográfica. Vou usando o <a href="https://www.instagram.com/intermitenciasdalu/" target="_blank">Instagram como um diário de bordo</a>. Ajuda-me a manter a motivação e a felicidade nas pequenas coisas do meu dia à dia. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por essa razão, o tempo que tenho passado aqui no Blog tornou-se muito menor. No entanto, e na sequência de um grande "destralhamento", decidi sortear na minha página de <a href="https://www.instagram.com/intermitenciasdalu/" target="_blank">Instagram (@intermitenciasdalu)</a>, dois livros da escritora Ana Arroz! (Brincadeira...) Os livros da escritora Anne Rice: </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-vdXEVoGuKgQ/YDJha-UzrKI/AAAAAAAAJfY/_CSV74ZZwc4BEj6SVDIpicup9z9WCvQVACLcBGAsYHQ/s2048/IMG_20210221_133303.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-vdXEVoGuKgQ/YDJha-UzrKI/AAAAAAAAJfY/_CSV74ZZwc4BEj6SVDIpicup9z9WCvQVACLcBGAsYHQ/w300-h400/IMG_20210221_133303.jpg" width="300" /></a></div><p></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">- Vittorio, O Vampiro </span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">- Sangue e Ouro</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">Este passatempo decorre até às 00h do dia 21 de Março. </span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">Este é precisamente o Dia da Árvore e ao participarem, para além de poderem ganhar 2 livros, estarão a dar-lhe uma segunda casa e a poupar papel! As árvores agradecem!</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">Para participarem tem de:</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">- Seguir a página <a href="https://www.instagram.com/intermitenciasdalu/" target="_blank">@Intermitenciasdalu</a>;</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">- Fazer like no post do passatempo e identificar 2 amigos nos comentários;</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">- Não precisam de partilhar no "Stories"!</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">Boa Sorte e Obrigada por participarem!</span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-77818731713246245942021-01-31T12:31:00.000+00:002021-01-31T12:31:03.583+00:00Bridgerton - Yaks!<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Não tenho andado com muita sorte nas coisas que ando a escolher para ver/ler no meu pouco tempo livre. Depois de terminar ontem o "Fangirl", de Rainbow Rowell, um dos piores livros que já li nos últimos anos (falaremos disso em breve), tive a infelicidade de começar a ver a série televisiva <i>Bridgerton</i>. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-agSXIa8Ivo8/YBaiZxsWGWI/AAAAAAAAJeM/CBxtw3Ds0VYGREH3GivW_p_jpR0IAAcyACLcBGAsYHQ/s768/16091748045fea0f14235fe_1609174804_3x2_md.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" src="https://1.bp.blogspot.com/-agSXIa8Ivo8/YBaiZxsWGWI/AAAAAAAAJeM/CBxtw3Ds0VYGREH3GivW_p_jpR0IAAcyACLcBGAsYHQ/s320/16091748045fea0f14235fe_1609174804_3x2_md.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><i>Bridgerton</i> é anunciada como o regresso dos criadores de Anatomia de Grey (devia ter sido o primeiro aviso) e é baseada no romance histórico "The Duke and I" da escritora Julia Quinn, que nunca li. O enredo da série desenrola-se no século XIX durante o reinado de Jorge III. Conta a história de Daphne, uma jovem e linda donzela, que entra pela primeira vez na sociedade aristocrática inglesa e tem como única missão na vida casar por amor e ter filhos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Vi apenas dois episódios e não sei por onde devo começar. Quando a primeira música da banda sonora é um instrumental em versão clássica da Ariana Grande, acho que devia ter desligado a televisão. Ainda assim, como toda a gente fala da série, resolvi assistir a pelo menos dois episódios. Acabei por assistir aos últimos 15 minutos da série, só para ter a certeza que era mesmo uma completa bull*** - confirma-se.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">A primeira coisa que salta à vista é o terem incluído numa série de época atores e atrizes de várias raças, criando uma sociedade alternativa em que, em pleno século XVIII, durante o reinado de Jorge III, um dos maiores apoiantes do esclavagismo (de sempre!), a rainha é negra. Percebi que, dado o contexto político atual, foi uma tentativa de criar uma série com um elenco inclusivo e dar uma maior enfase aos problemas de discriminação racial. Nada contra, mas para que funcionasse o argumento tinha de ser excelente e sem falhas, para que não parecesse que estávamos perante uma sátira. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Somos também imediatamente brindados com uma enxurrada de personagens cliché: a gorda, o solteirão jeitoso, a feminista lésbica, a Cinderela pobre e o pretendente asqueroso, entre outros. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Falta também referir uma misteriosa personagem que surge em voz-off, que se intitula de M</span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;">rs Whistledown, responsável pela publicação anónima de uma espécie de Revista Maria lá do sítio, ao estilo de Gossip Girl. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;">Retirando todos estes pontos, ficamos com um elenco e enredo fraquinhos, sem grande interesse e em que mais valia ter estado a ler um bom livro. Deixo aqui um vídeo que resume de forma clara a série e dispensa que percam tempo com ela:</span></span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/lm-niHkUCuQ" width="480"></iframe>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-25972262141575445812021-01-06T10:00:00.001+00:002021-01-06T10:00:08.175+00:00António Variações. Entre Braga e Nova Iorque - Manuela Gonzaga<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3gsTDRlAc7I/X_RB_LahtSI/AAAAAAAAJas/UT_ZPZx-OQswm7X376RtKIHK8aVzUybMACLcBGAsYHQ/s340/1540-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="340" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-3gsTDRlAc7I/X_RB_LahtSI/AAAAAAAAJas/UT_ZPZx-OQswm7X376RtKIHK8aVzUybMACLcBGAsYHQ/s320/1540-1.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />António Variações é uma das figuras mais misteriosas e mais marcantes da música portuguesa. A sua história está envolta numa espécie de misticismo e fascínio, que atravessa gerações e que não se ausenta. A sua voz característica e a sua imagem tão diferente de tudo o resto que existia, marcou o início da década de 80, do século XX. </span><span style="font-family: verdana;">A sua carreira musical foi curta (mais ao menos 4 anos) e apenas foi interrompida pelo mal inevitável que é a morte. Era visto e tido como alguém que nasceu fora da sua época; um visionário. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O meu pai recorda frequentemente um dos seus últimos concertos, na Feira da Isabelinha, na aldeia de Viatodos, em Barcelos. Não gostou do retrato que fizeram dele no filme de 2019,<i> Variações</i>, de João Maia. Diz que o homem não era assim espampanante. Variações era um homem simples e modesto, mas com uma criatividade imensa, que forçosamente se mostrava na sua imagem. </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pqkEMkbd05Y/X_RCGxUqnyI/AAAAAAAAJaw/F605I3p7DCkJyge0diV_mRZinmo2Ej6ZwCLcBGAsYHQ/s760/688898.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="522" data-original-width="760" src="https://1.bp.blogspot.com/-pqkEMkbd05Y/X_RCGxUqnyI/AAAAAAAAJaw/F605I3p7DCkJyge0diV_mRZinmo2Ej6ZwCLcBGAsYHQ/s320/688898.png" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O livro biográfico da autoria de Manuela Gonzaga, não é suficiente para desvendar o mistério que foi (e é) António Variações. Mas na verdade, acho que a culpa não é da autora. É simplesmente impossível desvendar Variações, ou António Joaquim Ribeiro (o seu nome real). Neste livro, ficamos a conhecer sobretudo os contextos em que o músico esteve inserido. A autora fala-nos sobre o Minho, sobre o mundo da música e dos artistas daquela época, sobre a Lisboa dos anos 80 e brinda-nos com algumas curiosidades acerca de António. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-zOJLqXoDnLM/X_RCO-DUCPI/AAAAAAAAJa4/SKJF9cV-Dtgt5nkur5blYWMVP_B8xvXQgCLcBGAsYHQ/s860/mw-860.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="531" data-original-width="860" src="https://1.bp.blogspot.com/-zOJLqXoDnLM/X_RCO-DUCPI/AAAAAAAAJa4/SKJF9cV-Dtgt5nkur5blYWMVP_B8xvXQgCLcBGAsYHQ/s320/mw-860.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Num ano de Pandemia, onde as idas à minha terra natal, não se concretizaram com a frequência que desejava, ler sobre os costumes do meu rico Minho, serviram de conforto. E apesar de não me rever na obsessão pelos costumes religiosos, pelas romarias e pelo místico e inexplicável, não deixo de o relacionar com a figura de Variações. Descrito por vezes como um provinciano deslumbrado, não deixei de criar um paralelismo com a minha própria experiência e com a experiência de muitos dos minhotos, que trocaram a sua boa comida, aconchego caseiro e a cor verde deslumbrante, pelo ambiente da capital, em busca de um sonho, ou de melhores oportunidades. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É um livro que recomendo, mas que me desiludiu (à semelhança do filme) no objetivo concreto de desvendar António Variações. Talvez seja verdadeiramente impossível.</span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-10888333610452096422021-01-05T10:10:00.007+00:002021-01-05T10:11:50.554+00:002021!<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">2021, o ano mais esperado, por aparentemente representar o fim de um ano duro, será um ano com ainda mais desafios. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A chegada da vacina e o inicio da vacinação não é mais do que um momento simbólico de esperança. Mas não é de esperança que vive um português - ou deverei dizer, um europeu? - Não é de esperança que vive, quem perdeu o seu emprego, quem viu os seus projetos profissionais fracassarem, quem perdeu o direito às suas liberdades e o direito essencial ao contacto com a família e amigos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No entanto, apesar de todas as contrariedades, 2020 foi um ano bom para mim. Em Março, consegui fazer uma viagem pré-Brexit ao Reino Unido, onde visitei Londres, Oxford, Bristol e Cardiff; Conheci sítios lindos no nosso país, onde explorei as Aldeias de Portugal e a Serra de São Mamede; Mudei-me com o meu parceiro do crime, em plena pandemia, para um apartamento acolhedor, algures em Sintra, onde temos passado grande parte dos fins de semana de clausura a jogar, a ler e a fazer experiências culinárias; cumpri com o meu objetivo de fazer um curso intensivo de Medicina Dentária Veterinária.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antecipo um ano com inúmeros desafios, alguns deles autoimpostos. Passo à lista dos mesmos:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Estar mais vezes com a minha família e com os meus amigos nortenhos;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Manter-me motivada no trabalho, sem o trazer tantas vezes para casa, dentro da minha cabeça preocupada;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Ler 20 livros (podem adicionar-me no<a href="https://www.goodreads.com/user/show/5451825-luisa-alves"> Goodreads</a>);</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Conseguir a disciplina necessária, para manter o<a href="https://www.youtube.com/watch?v=zRMnMHLleGc"> Podcast</a> e o Blog do Baú dos Livros ativo; </span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Manter-me longe das redes sociais (so far, so good);</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Fazer um update no meu gadget diário chamado telemóvel, o que eventualmente pode complicar o ponto anterior;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Entrar do mundo dos microinvestimentos;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Apostar em mais formação na área de veterinária;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Fazer uma viagem que envolva meter-me num avião; </span></i></p><p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Atingir o meu objetivo monetário de poupanças;</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antecipo que os momentos que iremos passar em 2021 não vão ser fáceis. No entanto, mesmo com os múltiplos golpes que a minha geração tem amparado (crise de 2008, os anos seguintes da Troika, empregos precários, emigração dos jovens em massa, as vidas em suspenso...), somos capazes de uma coisa fundamental - adaptação. Os sonhos e os projetos não param. Se calhar planeamos menos e vivemos mais o momento, sem pensar tanto nas consequências, mas a vida é mesmo assim. Uma sucessão de acontecimentos imprevisíveis, aos quais nos temos de adaptar!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bom Ano 2021! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-41038180461154515822020-12-19T22:11:00.002+00:002020-12-19T22:12:18.609+00:00TAG - Certified Bookaholic (Escrito em 2015)<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este Post foi escrito em 2015. Estava algures perdido nos rascunhos, mas achei engraçado publicá-lo hoje. Passados 6 anos não deixa de ter alguns pontos em que continuo a concordar:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;">Fui desafiada pelo blog <a href="http://o-meu-reino-da-noite.blogspot.pt/2015/09/tag-certified-bookaholic.html">"O meu reino da noite"</a> a participar no TAG - Certified Bookaholic. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: verdana;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-M4CF1lKH-jU/Ve_lz7CrJ6I/AAAAAAAACVk/VLhJ_ZD6EK8/s1600/1-%2Bmais%2Bfinal%2Bque%2Bisto%2Bn%25C3%25A3o%2Bh%25C3%25A1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://2.bp.blogspot.com/-M4CF1lKH-jU/Ve_lz7CrJ6I/AAAAAAAACVk/VLhJ_ZD6EK8/s400/1-%2Bmais%2Bfinal%2Bque%2Bisto%2Bn%25C3%25A3o%2Bh%25C3%25A1.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;">Este TAG foi elaborado não só pelo blog referido, mas também pelo <a href="http://words-a-la-carte.blogspot.co.uk/">"Words à la Carte"</a> e pelo blog <a href="http://cenasdotio.blogspot.co.uk/">"As cenas do Tio"</a>. Sintam-se à vontade para partilharem! Aqui estão as perguntas e respostas:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
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</ol>
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<span style="font-family: verdana;"><i><b>1) O primeiro livro/colecção que te vem à cabeça - </b></i>As famosas aventuras de "Os Cinco" de Enid Blyton. Talvez por ter sido a primeira colecção que li e que me fez ganhar o gosto pelos livros. Recomendo que vejam o filme <a href="http://www.imdb.com/title/tt1397265/">"Enid"</a>, com Helena Bonham Carter no papel principal. Muito bom e surpreendente. Quem diria que Blyton era tão cabrazinha... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br />
<span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i><b>2) Um livro que dizes a todos para não ler -</b> </i>Todos os livros da escritora Margarida Rebelo Pinto. É que naqueles livros o assunto é mesmo só "Pinto". Em termos de conteúdo é "zero" e a própria personalidade da escritora revolta-me. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><i><b>3) O livro mais caro e o livro mais barato que tens (oferecidos não contam)</b> </i>- Se oferecidos não contam é difícil...há mais de dois anos que não compro nenhum livro acima de 5€...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>4)Conto de fadas favorito - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Adoro o "Peter Pan", versão Disney. No entanto, não gosto muito da versão original. Acho que na versão de J.M.Barrie, a personagem chega a ser um bocadinho macabra. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>5) Top 3 das tuas personagens favoritas (sejam principais ou não) - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Uh...difícil esta. Adoro a personagem Claire, da saga Outlander. Gosto dela por ser tão independente e ao mesmo tempo tão humana e frágil. Gostei muito do Vampiro Lestat, nos livros de Anne Rice; acho que é dos melhores vilões da literatura. Por último, escolho a Mia Thermopolis do Diário da Prinesa. Oh pá! Somos demasiado parecidas! </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>6) Top 3 das personagens que menos gostaste (sejam principais ou não) - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Detestei a personagem Nick Dunne em Gone Girl. O rapaz era tão parado, tão "bonzinho", que quase me apeteceu fazer-lhe o mesmo que Amy, a sua esposa, lhe fez; Werther...não tive pachorra para aquelas lamentações. Desculpem-me a falta de sensibilidade; Jacob Black, da saga crepúsculo. Não tenho paciência para personagens que tem pena delas mesmas. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i><b>7) Top 3 de lugares que existem só em livros que gostarias de visitar -</b> </i>resposta típica: Hogwarts, Narnia e Campo "Half-Blood". <i><br /></i></span><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>8) Uma personagem que trarias à vida real </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">- Tyrion Lanister. Ele merecia!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>9) Um livro que te fez feliz - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">a maior parte deles fazem-me feliz...é por isso que leio.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>10) Um livro que te fez chorar - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>Harry Potter e o Príncipe Misterioso</i>, quando o Dumbledore morre...lembro-me que chorei. Sei que há mais que já me fizeram chorar, mas de momento não me lembro...</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i><b>11) Um livro que te fez pensar -</b> </i>A maior parte dos clássicos que li, fez-me pensar...quanto mais não seja, fez-me pensar na natureza humana e que por mais que se mudem os cenários, as emoções estão sempre presentes. No entanto destaco um que, quando o li, me fez pensar bastante - "Se Isto é um Homem", de Primo Levi. É um livro que relata a vida do escritor no campo de concentração de Auschwitz. É um livro que gostava de reler num futuro próximo.</span> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>12) Um livro que te fez rir - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">O livro 11 do Diário da Princesa fez-me soltar algumas gargalhadas...</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>13) Pior adaptação cinematográfica de um livro - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Há tantas! Normalmente acho sempre o livro melhor que o filme...Acho que o <i>Eragon</i> estava uma desgraça e tinha muito potencial.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>14) Livro(s) que vais ter que reler </i>- </span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">O que referi em cima e, entre outros, <i>Lolita,</i> por exemplo.<i><br /></i></span><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>15) Um livro que te vez voltar uma página atrás devido ao choque - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">A Guerra dos Tronos! Sem dúvida!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>16) Um livro que aches que esteja incompleto -</i> </span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">A Bíblia. Não se percebe metade daquilo...just kiding...(até porque nunca consegui passar das dez primeiras páginas). Acho que os livros, quando nos parecem incompletos das duas uma...ou estão mesmo incompletos, porque o autor morreu, ou algo assim trágico...ou então o fim foi deixado em aberto com um objectivo. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>17) Um livro com um final inesperado - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">"Em Parte Incerta" (Gone Girl) de Gillian Flynn...</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>18) Um livro que terminou num cliffhanger - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Mais uma vez...Game of Thrones. Consegue sempre surpreender e deixar-nos a querer MAIS!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>19) Um livro com um final de arrancar cabelos - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">O último livro da Saga do Eragon. Esperei tanto tempo e o último livro não respondeu a metade dos mistérios!</span><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><br /></span><br />
<b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i>20) Uma citação importante - </i></span></b><span face=""Trebuchet MS",sans-serif">Adoro as citações de J.M. Berrie, autor de Peter Pan. Acho que passam todas uma mensagem positiva e é por isso que gosto delas:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><span face=""Trebuchet MS",sans-serif"><i style="font-weight: bold;">21)Uma música perfeita para ler - </i>A Banda Sonora do Harry Potter.</span><br />
<br /></span></div>
<ol style="text-align: justify;"></ol>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-39305190975669882152020-12-11T14:30:00.001+00:002020-12-11T14:31:43.250+00:00Imogen Heap - Last Night Of An Empire<iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/Gu62jPmGa04" width="480"></iframe><div><span face="Programme, Arial, sans-serif" style="background-color: white; font-size: 18px;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">A Imogen Heap é uma cantora britânica que me acompanha desde os meus 17 anos. Descobri-a através de um filme genial chamado <a href="https://www.imdb.com/title/tt0333766/">Garden State</a>, quando ainda fazia parte da banda Frou Frou. A sua voz pode não ter um alcance brutal. Parece-se quase com um suspiro. No entanto a sua genialidade reside na forma como a usa, aliada aos efeitos eletrónicos, para criar algumas melodias completamente à parte do que por agora se faz. </span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">Há poucos dias lançou este novo single, que não podia descrever melhor o que se sente pelo Mundo...a subtileza e jogo de palavras deixa sempre espaço para interpretação, mas a meu ver, é sobre a loucura dos tempos que fala. Deixo aqui a sugestão:</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">One down, two to go</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">They multiply on impact for the show</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">But we didn't switch off</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">So freedom took a long sad bow for us</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">Dropped and hung behind the curtain</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">Red as the operating rooms worsen</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">Sense of wrong, doom scroll on</span></span></div><div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: helvetica;">To less important ills</span></span></div><div class="Lyrics__Container-sc-1ynbvzw-2 jgQsqn" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; grid-column: lyric-start / lyric-end; margin: 0px; padding: 1.5rem 0px;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Why aren't we running for the hills? Oh</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Or hunting for the kill? Oh</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Dance like you're on fire</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Oh, go crazy on yourself</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Your last rites sung by the choir</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">You can't control this anyway</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Dance like you're on fire</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">And oh, you might as well</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">The last night of an empire</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">In the light of no truth</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">As sure as sea levels are rising</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">In the spin of breaking news</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">You droppеd your confidence in happiness (and your innocеnce)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">This data indignity</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">That hoodwinked you for a great awakening</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Meanwhile everything you ever cared about</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Got hot-swapped out for someone else's twisted dream</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">We should be running for the hills, oh</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Cause no one's got the will anymore</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">I haven't got the will (Click. Buy. Uh!)</span></div></div><div class="Lyrics__Container-sc-1ynbvzw-2 jgQsqn" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; grid-column: lyric-start / lyric-end; margin: 0px; padding: 1.5rem 0px;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Dance like you're on fire</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Oh, go crazy on yourself</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Your last rites sung by the choir</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">You can't control this anyway</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Dance like you're on fire</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">And oh, you might as well</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">The last night of an empire</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">So, it's come to this?</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">We're in the biz</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">A systemic hysteric's normalizing disbelief</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Temper, temper hate thy neighbor, that is... unless you agree</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">So, it's come to this?</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">We're in the biz</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">A systemic hysteric's normalizing disbelief</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Temper, temper hate thy neighbor, that is... unless you agree</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Slam! (Slam!) Pow! Bang! (Bang!)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Whack! KaBoom! (Boom!) KaPow! Bam! (Bam!)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Crack! What the...?</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Slam! (Slam!) Pow! Bang! (Bang!)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">(Just go and switch another episode on)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">(Just go and switch another episode on)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">Whack! KaBoom! (Boom!) KaPow! Bam! (Bam!)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">(Just go and switch another episode on)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">(Just go and switch another episode on)</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">What the...?</span></div></div></div>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-76820949585210062852020-12-10T12:03:00.001+00:002020-12-10T12:10:46.249+00:003 Podcasts (ou 5?) - Todos Diferentes, Todos interessantes<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Os Podcasts são o novo canal Youtube da atualidade. Nos últimos dois anos tornou-se um formato que tem vindo a ganhar terreno e com a quarentena tive a impressão de que sofreu um ligeiro "boom" no seu público.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">No meu caso, tudo começou com o <i><a href="https://thevetvault.com/">"The Vet Vault"</a></i>, de dois colegas veterinários australianos, que falam dos vários desafios que a minha classe profissional enfrenta e das histórias que tornam cada percurso profissional único. Com ele fiquei a conhecer atividades ligadas à veterinária, que nem sabia existirem e percebi a dimensão de alguns transtornos emocionais que existem no nosso dia-à-dia, como o síndrome de impostor, ou a fadiga por compaixão. Percebi que há várias coisas e comportamentos que podemos adotar e ouvir as experiências dos convidados, foi um "abrir de olhos". </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DrNBN3SzDhc/X9INMa8rK0I/AAAAAAAAJY4/ADfGA9XLhR0knfbxHeYO6NOqlwHBkDsSQCLcBGAsYHQ/s364/transferir.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: helvetica;"><img border="0" data-original-height="138" data-original-width="364" src="https://1.bp.blogspot.com/-DrNBN3SzDhc/X9INMa8rK0I/AAAAAAAAJY4/ADfGA9XLhR0knfbxHeYO6NOqlwHBkDsSQCLcBGAsYHQ/s320/transferir.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: helvetica;"><br /><span><span style="text-align: justify;">Depois, saí da área da veterinária e fiquei encantada com um extraordinário pequeno grande podcast, chamado </span><a href="https://expresso.pt/podcasts/a-beleza-das-pequenas-coisas" style="text-align: justify;"><i>"A Beleza das Pequenas Coisas"</i></a><span style="text-align: justify;">, do jornalista Bernardo Mendonça. Neste Podcast, o jornalista entrevista várias figuras públicas e ficamos a conhecer melhor a sua essência humana. </span></span></span><span style="font-family: helvetica; text-align: justify;">Durante inúmeras tarefas domésticas aborrecidas e viagens longas Porto-Lisboa/Lisboa-Porto, estes podcasts abriram a minha mente ao conhecimento e sabedoria dos outros. Consegui sair da minha bolha por uns momentos.</span><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-hMbrqxT5zqY/X9INTbrgeSI/AAAAAAAAJY8/SOfEXG0zCEspBfYElMLjzxEcwO1gPxYZwCLcBGAsYHQ/s750/DOtmM0tWkAAWAw_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: helvetica;"><img border="0" data-original-height="293" data-original-width="750" src="https://1.bp.blogspot.com/-hMbrqxT5zqY/X9INTbrgeSI/AAAAAAAAJY8/SOfEXG0zCEspBfYElMLjzxEcwO1gPxYZwCLcBGAsYHQ/s320/DOtmM0tWkAAWAw_.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: helvetica;"><span><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Hoje venho deixar mais três sugestões, que fazem parte do meu dia-a-dia e que me são uteis para aprender: </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><b>1) Vamos Todos Morrer</b> - este Podcast, que também passa nas manhãs da Antena 3, tem como narrador o comediante Hugo van der Ding e mistura história e curiosidades com humor. Em cada dia, é abordada uma breve biografia e factos interessantes (ou não) acerca de uma personalidade marcante, que faleceu nesse dia, há alguns anos. A forma como os textos estão comicamente escritos, tornam a abordagem à história leve e cativante e pelo meio ainda nos arranca umas belas gargalhadas. Cada episódio tem em média 6 a 8 minutos e costumo ouvir ao final do dia, no regresso a casa. É uma boa forma de descomprimir depois de um dia de trabalho. </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-wTV2szfCctM/X9INY8Iij_I/AAAAAAAAJZA/y8KMosplFUkb0rW9AmGGk0kuSvhBYGCtACLcBGAsYHQ/s275/7044_10751_5458.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: helvetica;"><img border="0" data-original-height="154" data-original-width="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-wTV2szfCctM/X9INY8Iij_I/AAAAAAAAJZA/y8KMosplFUkb0rW9AmGGk0kuSvhBYGCtACLcBGAsYHQ/s0/7044_10751_5458.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: helvetica;"><br /><span><br /></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><b>2) Eixo do Mal - </b>este não é um verdadeiro Podcast, uma vez que é um programa que faz parte da programação da Sic Notícias. No entanto, confesso que não sou consumidora de televisão e acabo por seguir o programa todas as sextas-feiras em formato áudio. Este grupo de comentadores, de proveniências várias (mas todas privilegiadas) mantém-me informada acerca das palhaçadas que constituem a palhaçolância que é Portugal. Ouvindo o Eixo do Mal torna-se praticamente desnecessário ver as noticias. Eles são as notícias comentadas e já várias vezes me fizeram também rir, com as suas teorias e zangas. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F0MSONWraHg/X9INf4MsQfI/AAAAAAAAJZI/ohjXph8HCY43CudmZ6ahiaUdH-ZCUcshgCLcBGAsYHQ/s1200/wm.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: helvetica;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" src="https://1.bp.blogspot.com/-F0MSONWraHg/X9INf4MsQfI/AAAAAAAAJZI/ohjXph8HCY43CudmZ6ahiaUdH-ZCUcshgCLcBGAsYHQ/s320/wm.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><b>3) O Resto é História -</b> apresentado por João Miguel Tavares e explicado pelo historiador Rui Ramos, "O Resto é História" fala precisamente, de história. <i>Surprise!</i> Há vários meses que andava à procura de um Podcast que falasse sobre a história da humanidade. Encontrei este formato, em português e explicado de forma clara e simples. Aqui são abordados vários episódios da história portuguesa e mundial, que sem dúvida nos dão uma visão daquilo em que nos tornamos e de como a natureza humana é, quase sempre, na sua essência, imutável. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MELxX8tDXu0/X9INl8eKn0I/AAAAAAAAJZQ/Klm0gpZjIPgJWa4TZY60GjRGqV6fawbUACLcBGAsYHQ/s600/770-podcast-e-o-resto-e-historia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: helvetica;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-MELxX8tDXu0/X9INl8eKn0I/AAAAAAAAJZQ/Klm0gpZjIPgJWa4TZY60GjRGqV6fawbUACLcBGAsYHQ/s320/770-podcast-e-o-resto-e-historia.png" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">O mundo dos Podcasts está em expansão. Há imensa coisa nas plataformas disponíveis. Estes são alguns exemplos do que me mantém sã em tempo de Pandemia. À semelhança dos livros, são janelas para o mundo exterior e agradeço a todos os criadores de conteúdos, por prestarem este serviço à humanidade!</span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-59499328564322474752020-11-23T21:49:00.004+00:002020-11-23T21:49:51.000+00:00A Arte e o Ser Humano<iframe frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/DM8Tm9ycGz4" width="480"></iframe><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Os livros, a música, o teatro, o cinema; a Arte - é o espelho da alma humana e do que ela encerra. Temos a Arte como um dado adquirido. A Arte e os artistas não são um dado adquirido e esta Pandemia veio realmente expor muitas das suas fragilidades. A sensibilidade da sociedade pode ser avaliada pela forma como valoriza e protege os seus artistas, o espelho do sentimentalismo e dos sonhos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Hoje publico esta música da Marina. Talvez ela em particular não esteja a passar por grandes tormentos, mas queria apenas partilhar o seu lindo poema sobre o que significa ser humano e como essa condição é independente da profissão, estrato social, fronteira, raça, ou etnia. Seria tudo tão mais fácil, se todos conseguíssemos ver o que temos em comum nesta crise em vez de estarmos a encerrar-nos cada vez mais nos nossos casulos de egoísmo. Completamente sufocados pela ansiedade e preocupação...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Estou grata pel'Arte e pelos artistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Obrigada.</span></div>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-11227034285903355822020-11-13T10:40:00.002+00:002020-11-13T10:40:29.563+00:00"Dentro do Segredo" - José Luís Peixoto<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-2b2hG73GawM/X65iicQH8dI/AAAAAAAAJW0/ShyIJRNores8YSW60WEYLbtORawcVA6_wCLcBGAsYHQ/s2048/IMG_20201113_103553.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-2b2hG73GawM/X65iicQH8dI/AAAAAAAAJW0/ShyIJRNores8YSW60WEYLbtORawcVA6_wCLcBGAsYHQ/s320/IMG_20201113_103553.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Há uns meses atrás, no Podcast de Bernardo Mendonça, <a href="https://expresso.pt/podcasts/a-beleza-das-pequenas-coisas">"A Beleza das Pequenas Coisas"</a>, ouvi a entrevista do escritor José Luís Peixoto. O seu nome não me era de todo desconhecido e não o será, para todos os que acompanham a esfera literária portuguesa <span style="font-size: x-small;">(além disso, a cadelinha dele costuma frequentar o meu local de trabalho *FunFact!*)</span>. Na altura fiquei fascinada e muito curiosa com as histórias que contou acerca desse mundo secreto que é a Coreia do Norte e de como, já por duas vezes, tinha estado nesse país. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este ano, na minha segunda ida à Feira do Livro de Lisboa, desta vez em contexto apocalítico, trouxe um exemplar de "Dentro do Segredo". Mergulhei imediatamente na sua leitura e fiquei realmente surpreendida pela positiva.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda não explorei a narrativa ficcional de José Luís Peixoto, mas "Dentro do Segredo", escrito na primeira pessoa, apresenta uma linguagem sem grandes floreados. A escrita é simples, mas cativante e desde a primeira página fiquei rendida. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há alguma coisa nele que me faz lembrar a forma como Murakami escreve, ou talvez fosse a solidão de um homem associada a estar num país ditatorial, como a Coreia do Norte. As personagens principais de Murakami tem também esse sentimento persistente de solidão. Em <i>Dentro do Segredo</i>, tive sempre a sensação de que José Luís Peixoto estava completamente só, num mundo completamente à parte. Porque a Coreia do Norte está realmente, completamente à parte. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O levantar da cortina, para um povo tão enigmático foi fascinante. Perceber alguns dos costumes, as suas dificuldades e misérias e a forma obsessiva como tudo é político e tudo são regras e protocolos torna-se a certa altura asfixiante. O Líder é Deus. Por mais que tente comparar esta com as outras ditaduras, como a que fez parte da nossa própria história, ou como as ditaduras sul americanas, não encontro pontes. A Coreia do Norte de José Luís Peixoto, assemelha-lhe mais a um universo distópico, incomparável.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estou habituada a ler histórias sobre personagens que descortinam as injustiças e crimes e que se insurgem contra ditadores. Estou habituada a estar num dos extremos do segredo. Estar simplesmente <i>Dentro do Segredo</i>, sem fazer juízos ou tomar partidos, é difícil e solitário, mas de certa forma este livro consegue isso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando terminei esta leitura, não pude deixar de me perguntar o que se esconde por detrás do aparente respeito e veneração do povo coreano pelo seu Líder. Onde estão as almas rebeldes? Haveria alguma réstia de espírito rebelde na guia turística, que acompanhava o grupo de turistas desta história? </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para meu próprio conforto, gosto de acreditar que sim. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-46197952398205476542020-11-07T13:58:00.003+00:002020-11-07T13:58:50.577+00:00Goodbye Facebook<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Num dos raros momentos em que ligo o PC, o impulso já não é o mesmo. Já não primo imediatamente o botão do Facebook, como se na verdade essa fosse a minha página inicial principal. Quando acordo de manhã, já não pego no telemóvel para ver o Facebook, o Instagram, o Gmail e novamente o mesmo <i>loop. </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Fazer <i>delete</i> no Facebook era algo que ambicionava há muitos meses (ou anos!?), mas sucessivamente ia inventando desculpas, que achava plausíveis: a página do Baú dos Livros; a página do negócio dos meus pais; o grupo dos veterinários; os meus amigos e familiares...mas a verdade é que eram apenas desculpas para justificar um vício. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">O Facebook esteve na minha vida desde 2010. Estive lá, quando toda a gente estava obcecada com o "FarmVille", depois vieram as selfies, as conversas com os amigos nos comentários das fotos de perfil, as sucessivas modas e reviravoltas, a obcessão pelos "gosto" e pelas partilhas...Foi divertido durante uns tempos. A nível social era uma ferramenta interessante; era possível, por exemplo, descobrir traições e cusquices meramente pela observação do padrão de ação das pessoas nas redes sociais (e ainda é...). No entanto, para mim o tempo do Facebook acabou. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">O WhatsUp veio permitir a interação com amigos e familiares à distância e com uma maior privacidade. Além disso, neste momento o ambiente no Facebook está tão tóxico e insustentável, que sempre que lá ia ficava a sentir-me zangada ou incomodada com a idiotice de muita gente. Entretanto, parece que passados 10 anos, o pessoal das gerações mais velhas descobriu a plataforma e comportou-se como se pudesse dizer e fazer aquilo que nunca pôde na vida real - publicar imagens completamente impróprias (será que sabem que aquilo está público?), ser mal educados e partilham pormenores que ninguém quer saber, ser intolerantes e donos de todo o saber. Esse tipo de comportamento minou completamente o Facebook e já não é característico só dessas gerações. Está disseminado um pouco por todo o lado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Em adição ao que eu acho sobre a plataforma, vi há umas semanas o documentário/drama chamado " O Dilema das Redes Sociais". Recomendo que vejam. Foi sem dúvida um empurrão para a decisão de diminuir a minha presença online:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/uaaC57tcci0" width="320" youtube-src-id="uaaC57tcci0"></iframe></div><br /><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Neste momento ainda não consegui deixar o ciclo vicioso de pegar no telemóvel de manhã e alternar entre os sites dos jornais, o Gmail e a plataforma de Podcasts, mas estou a tentar. Para já, consegui a pequena vitória de passar menos tempo no telemóvel. Ganhei tempo para fazer coisas que realmente são produtivas, como ler mais, aprender mais com os Podcasts que ouço, estar mais com as pessoas e deixar o que não é importante e os dramas dos outros de fora.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-44882893475510157872020-11-01T09:09:00.002+00:002020-11-01T09:11:53.444+00:00O Estado das Coisas - uma carta aberta ao Estado português.<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Exmos Srs e Sras,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desde Março deste ano que o mantra na comunicação social e do vosso discurso se repete - <i>a pandemia é grave e é perigosa; protejam-se! </i>Este mantra vende bem durante uns tempos e serve para esconder e justificar muitas ações, mas depois de 6 meses, sem resultados positivos, precisa de uma reformulação. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ninguém se consegue proteger de uma pandemia apenas com máscara, gelinho e bom senso, se o Estado/vocês não tomarem medidas à séria. Não falo de medidas como as atuais - fechar concelhos, limitar o número de pessoas na rua e em casa, limitar os horários dos estabelecimentos, etc etc. Essas medidas apenas vão adensar o problema social que se está a descontrolar - o desemprego vai aumentar (mais), os donos dos estabelecimentos vão-se endividar (mais) e toda a gente vai ficar mais pobre, mais sozinha e mais infeliz. Além disso, todos sabemos que os portugueses são peritos em contornar regras, pelo que os nossos agentes da autoridade vão ter de se esforçar mesmo muito, ou começar a assobiar para o lado, como aconteceu na observação das ondas na Nazaré.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A vida tem de continuar e o medo não pode ser a base de uma sociedade. É aqui que deveria entrar a vossa ação em conjunto com a dos media - todos os dias os portugueses deveriam ser informados de como o sistema nacional de saúde (SNS) está a ser reorganizado e reforçado e de como isso é a prioridade. Devíamos ser informados do que está a ser feito para diminuir a densidade populacional dos transportes públicos e quais as estratégias para combater o crescente desemprego. Nenhum português deveria precisar de se preocupar com a negligência face ao controlo das suas patologias crónicas, do comprometimento dos atos de medicina preventiva, ou do adiamento de procedimentos cirúrgicos, pelos quais esperaram meses. Nenhum português deveria ter de se preocupar com o que fazer, caso o infantário, ou a escola dos seus filhos encerre e deixe de haver quem fique com eles.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas os Exmos senhores não falam de soluções concretas. Falam do vírus e falam com medo. Seguem os passos do resto da União Europeia, que se recusa a ter a coragem necessária para fazer reformas sociais JÁ! Tudo é lento, burocrático e pandémico. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Infelizmente a história é cíclica. No final de tudo isto, quando perderem as próximas eleições legislativas, e os partidos populistas e extremistas ganharem uma maior representatividade no parlamento, espero que saibam que foi por culpa da vossa inércia e cobardia para seguir um caminho diferente dos restantes países do mundo Ocidental. </span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">Atenciosamente,</span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">Luisa Alves</span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-17280365100217143572020-09-01T10:29:00.005+01:002020-09-19T18:44:24.682+01:00"Becoming - A Minha História" - Michelle Obama<p><span style="font-family: helvetica;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3HD8WHdSpQw/X04TgFns0RI/AAAAAAAAJTY/6RQHJaKh10A9vDYwAkREmtR5uBjqSbIrgCLcBGAsYHQ/s2048/81h2gWPTYJL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1347" height="328" src="https://1.bp.blogspot.com/-3HD8WHdSpQw/X04TgFns0RI/AAAAAAAAJTY/6RQHJaKh10A9vDYwAkREmtR5uBjqSbIrgCLcBGAsYHQ/w216-h328/81h2gWPTYJL.jpg" width="216" /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Este ano tem sido dedicado à leitura de obras de não ficção. Não tem sido de propósito, apenas acontece que são esses os livros que me tem vindo parar às mãos. No entanto e, apesar da quarentena, não tenho lido muito. Como já referi anteriormente, não tive uma quarentena típica, com muito tempo livre (e ainda bem...). </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Apesar de ser apenas por acaso, a curiosidade para ler a autobiografia da Michelle Obama existia. O contexto político que caracteriza a actual América é no mínimo estranho e no máximo inacreditável. Tinha curiosidade em saber como é que se passava dos Obama para os Trump. O que correu mal?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Claro que a leitura de Becoming não me ajudou a compreender os acontecimentos que aqui conduziram. Para isso era preciso um conhecimento bem mais profundo do mundo americano, da sua história (curta, mas rica) e dos meandros do mundo da política. Isso está longe de me assistir. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Acabei por ler esta autobiografia não para compreender, mas para desfrutar. Optei por ler a versão inglesa original, que está bem escrita, é simples e cativante. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">É na primeira pessoa que ficamos a conhecer o contexto em que a 44ª primeira-dama americana cresce, os obstáculos que a sua geração enfrenta e as pessoas que a marcam. Só a meio do livro é que o nome Obama surge pela primeira vez, como o homem charmoso, que chega para ser o estagiário de Michelle, numa conceituada firma de advogados....marota! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Mas desenganem-se. Este não é de todo um livro sobre Barack Obama. É um livro sobre uma grande mulher, com uma identidade muito única, forte e simultaneamente frágil. Uma mulher que como todas nós, vive confrontada com escolhas difíceis e contraditórias, que muitas vezes ameaçam a sua verdadeira identidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Este livro deu-me uma perspectiva interessante não só acerca dos bastidores da casa branca e da política americana, mas também da sociedade americana e dos preconceitos que a minam. Talvez sejam esses mesmos preconceitos que nos conduziram até ao dia de hoje. Baseado no que li neste testemunho, acredito que os Obama tenham realmente tentado. As pessoas são simplesmente impacientes e os interesses dos mais ricos são difíceis de ultrapassar. </span></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-72550040362914512922020-08-21T10:31:00.006+01:002020-09-19T18:45:23.032+01:00O "Efeito Pandemia" na Veterinária<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Nunca na história da humanidade existiu um momento em que o mundo inteiro falou de um só assunto - da Pandemia COVID-19. Os seres humanos uniram-se contra a falta de descriminação da doença. Ela mata ricos e pobres; brancos e pretos; velhos e novos. Não escolhe quem infecta. O medo falou alto e toda a gente se fechou em casa. As ruas ficaram desertas. As clínicas veterinárias encheram. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Durante estes últimos tempos mantive-me em silêncio, não porque não tivesse o que dizer (toda a gente adora opinar), mas porque o "efeito pandemia" assolou de forma drástica o meu dia-à-dia e o de muitos colegas veterinários e profissionais da área.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-HroMqnyvvOY/Xz-UK8YAJKI/AAAAAAAAJSU/_ki9YC3NTso7zo3WpL9joMLPH0mCih7XACLcBGAsYHQ/s1024/si_mascaras-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="1024" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-HroMqnyvvOY/Xz-UK8YAJKI/AAAAAAAAJSU/_ki9YC3NTso7zo3WpL9joMLPH0mCih7XACLcBGAsYHQ/w320-h213/si_mascaras-2.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Os últimos quatro meses foram literalmente o sonho e o pesadelo de todos os veterinários - de repente os animais estavam todos a precisar de assistência médica. Alguns já estavam doentes há meses, em sofrimentos ignorado pelos seus "cuidadosos" donos; outros precisavam apenas de uma desculpa para sair de casa, como cortar unhas curtas, ou colocar a vacina da Raiva em dia, quando o prazo já tinha caducado há mais de 5 anos atrás. Tudo era urgente e nada podia esperar para depois da quarentena.</span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Foi preciso controlar as pessoas. A Ordem dos Médicos Veterinários de Portugal implementou algumas directrizes, começando, por exemplo, por desautorizar o atendimento de cuidados de saúde não urgentes. Todos passamos a trabalhar por marcação e os donos começaram a ficar à porta da clínica. A nossa indumentária mudou. Parecíamos uns astronautas e as nossas mãos secaram de tanto pó talco de luva e álcool. As equipas foram divididas e isoladas e as clínicas que não tinham pessoal suficiente tiveram de reduzir o seu horário, ou mesmo de fechar; os veterinários que trabalhavam em serviço domiciliário viram os seus serviços suspensos, ou criticados pelos colegas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">As dúvidas surgiram - o que era urgente e o que não era? Um corte de unhas podia ser considerado urgente, se na sua ausência as unhas revirassem e magoassem a pele do animal; uma vacina era essencial, se implicasse a protecção do animal e do seu dono, principalmente no caso das doenças transmissíveis aos humanos. O conceito de urgência era variável de clínica, para clínica. Surgiram acusações e guerras entre colegas veterinários. Nem dentro da nossa classe a solidariedade humana prevaleceu. Os tutores migraram para outras clínicas, mediante a disponibilidade das mesmas (ou não) para atenderem os seus caprichos. A Ordem remeteu para a direcção clínica de cada espaço a decisão de continuar a vacinar. Houve quem temesse a ocorrência de surtos de Parvovirose, Esgana, ou Leptospirose. Para muitos da nossa comunidade não fazia sentido suspender cuidados de profilaxia por tempo indeterminado. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Lentamente e com grande poder de adaptação, os veterinários por todo o mundo, foram-se moldando às novas regras. As consultas demoravam o dobro do tempo, porque não havia um tutor para ajudar a segurar do patudo em cima da mesa, ou para o acalmar. Os telefones não paravam de tocar, a uma velocidade que, com a diminuição das equipas, era impossível de dar resposta. Foram-se adaptando também ao grau de maluquice dos tutores, que dadas as circunstâncias sociais (penso eu), muitas vezes demonstravam falta de paciência, compreensão, bom senso, ou mesmo educação. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Era tão bom que a Pandemia realmente aproximasse os seres humanos e os tornasse solidários, mas cedo se percebeu que isso era uma ideia inocente e cor de rosa, que os media queriam que comêssemos. No geral, os seres humanos continuaram e pioraram os seus comportamentos habituais de egoísmo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Quando a quarentena terminou e as restrições começaram a ser aliviadas, recebemos a segunda vaga de loucura - a taxa de adopções/compra de animais disparou durante o confinamento e todos os bebés apareceram para iniciar as vacinações. Quem não ama bebés? Também nesta fase, todos os cuidados de saúde pendentes, como castrações, vacinações não prioritárias, desparasitações, etc etc, começaram a ser colocadas em dia. A loucura de trabalho continuou. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Estamos em Portugal, em Agosto de 2020, e as coisas começaram a acalmar. Depois de semanas a sair 30 a 45 minutos depois da minha hora, estou finalmente a conseguir processar a loucura destes tempos. Admiro-me como nunca tive medo da doença e começo a achar que foi simplesmente porque não havia tempo para ter medo. Os meus colegas e os animais precisavam de mim.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Esta não é uma publicação de lamento; pelo contrário. É a prova concreta de que, apesar de muitos momentos de dúvida, que acredito que muitos colegas veterinários sintam ao longo da sua carreira, a nossa profissão é das mais maravilhosas e gratificantes do mundo. Em momentos atípicos da história da humanidade, em que muita coisa pára, as nossas ferramentas intelectuais e práticas, permitem-nos continuar a oferecer uma ajuda valiosa às pessoas e à sociedade. Mesmo que estas não reconheçam o nosso valor, no final do dia o nosso foco deverá ser sempre o bem estar dos animais que assistimos e a nossa consciência deverá sentir-se tranquila. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-AKr1FERgLC4/Xz-Tn_bIYeI/AAAAAAAAJSM/JRmED2FnOTMiPZUTb5hhWFbjDmScDGOsACLcBGAsYHQ/s506/e64777598ddc91f07db0215782c5d978.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="506" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-AKr1FERgLC4/Xz-Tn_bIYeI/AAAAAAAAJSM/JRmED2FnOTMiPZUTb5hhWFbjDmScDGOsACLcBGAsYHQ/w400-h400/e64777598ddc91f07db0215782c5d978.jpg" width="400" /></a></div><span style="font-family: trebuchet;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-48471279746999157002020-04-24T20:20:00.000+01:002020-04-24T20:40:14.782+01:00Cancro em animais de companhia - Existe! <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Cancro é uma palavra com uma conotação negativa, pelas razões óbvias. Muitos de nós já tivemos um familiar, um amigo, ou um conhecido que teve de enfrentar a doença, com tratamentos drásticos e dolorosos, com desfechos por vezes vezes trágicos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em medicina veterinária a palavra cancro, ou doença neoplásica (termo científico), também faz parte do nosso dia-à-dia. Muitas vezes, à semelhança do que acontece com os humanos, quando é encontrado num estadio precoce, conseguimos actuar e trazer ao animal um estado de remissão que se pode prolongar por anos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O que infelizmente está contra nós, é o facto da medicina preventiva ainda não ser uma realidade para todos os animais de companhia e para todos as suas famílias. A maior parte dos nossos animais geriátricos vai ao veterinário com a mesma frequência com que ia, quando era cachorro: uma vez por ano para apanhar a vacina anual. Ás vezes simplesmente não há dinheiro para mais e daí ser importante ponderar sempre a adição de um companheiro de quatro patas à nossa família. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-LmE4X2ezbYY/XqM5d3nZVVI/AAAAAAAAJLE/0xcHLYh3C6klmZCWNSr91G9yR4HIkSRpACLcBGAsYHQ/s1600/happy-dog-on-couch-with-old-man-9C7LGPT_2048x.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-LmE4X2ezbYY/XqM5d3nZVVI/AAAAAAAAJLE/0xcHLYh3C6klmZCWNSr91G9yR4HIkSRpACLcBGAsYHQ/s400/happy-dog-on-couch-with-old-man-9C7LGPT_2048x.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O que ainda acontece actualmente em Portugal, e em muitos outros países, é que quando a doença é encontrada, já é tarde. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No entanto, quando uma doença neoplásica é encontrada num estadio precoce, e chega a hora de falar das opções terapêuticas com os tutores, o que acontece é que à mera referência à palavra "quimioterapia", existe uma retracção imediata. Os tutores ficam claramente assustados e muitos ainda optam por não avançar com essa opção terapêutica, por medo do sofrimento a que podem submeter o seu companheiro canino, ou felino. Imaginam que o animal se vai sentir terrivelmente mal, vai ficar sem pêlo, nauseado e sem forças. Algumas pessoas revivem experiências pessoais traumatizantes, como ver um ente querido a passar por toda a adversidade da doença neoplásica. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No entanto, na maior parte dos casos, a quimioterapia não tem esses efeitos secundários nos nossos animais e pode realmente ser a diferença entre salvar, ou não o nosso querido amigo. A parte mais difícil é realmente ter toda a família a bordo, com uma decisão informada e consciente e, acima de tudo, com expectativas realistas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Esta é uma realidade que a <a href="https://www.youtube.com/channel/UC_dC6ku6Ye8YOqusLLmNM1A/about">Dr.Sue Ettinger</a> tenta explicar aos donos, desmistificando a doença e tentando trazer algum optimismo a uma palavra tão cheia de negatividade - Cancro. A Dr.Sue, também conhecida como The Cancer Vet, tem um canal de Youtube, que descobri há poucas semanas, que realmente é muito útil e informativo para todos os tutores que tem animais e querem simplesmente aprender mais, ou que estão a passar por situação de diagnóstico de uma patologia neoplásica. O canal tem informação actualizada e baseada em bibliografia de confiança, o que é outro ponto a favor </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Deixo aqui um video de uma sessão de quimioterapia em cães, para que seja desmistificada a ideia de que é algo extremamente traumático e doloroso, ou inclusive o mito de que é algo que não existe em medicina veterinária:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/e9v_bJdF7bY" width="480"></iframe>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-77881841180613732882020-04-11T20:25:00.000+01:002020-04-24T09:00:06.755+01:00Cadernos de Lanzarote vol. I e vol. II - José Saramago<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Uau! Um post sobre livros, num blog de livros, onde ultimamente se tem falado de tudo</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> menos de livros... Finalmente, dizem vocês. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sim - finalmente! - é também a palavra que escolho para iniciar este post. Venho arrastando (isto soa muito português do Brasil...) a leitura dos<i> Cadernos de Lanzarote</i> há meses. Mais precisamente, desde Março de 2019. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Antes de expressar a minha opinião sobre os livros, é importante dizer que Saramago é um dos meus escritores preferidos. Em 2018 visitei <i>A Casa</i>, em Lanzarote, e<a href="https://bau-dos-livros.blogspot.com/2018/10/a-casa-jose-saramago.html"> foi um momento de emoção. </a>Nessa visita comprei dois livros do autor - <i>A Jangada de Pedra</i> e o primeiro volume do <i>Cadernos de Lanzarote</i>. Tinham como bónus o carimbo oficial d' <i>A Casa</i> de Saramago, por terem sido comprados lá. Achei que seriam uma recordação duradoura. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Embora <i>A Jangada de Pedra</i> ainda esteja por ler, em Março de 2019, decidi começar a explorar os Cadernos. Estes não são mais do que uma espécie de diário, ou se preferirem algo menos narcisista (palavras de Saramago, não minhas), um conjunto de crónicas do dia-à-dia do escritor, compiladas em 5 volumes que compreendem os anos de 1993-1998.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-HotVQFWG488/XpIZJQ8beeI/AAAAAAAAJIE/O69RIJ-pu2A3aN-t_4GzfcXtCGl8V7DawCLcBGAsYHQ/s1600/II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="300" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-HotVQFWG488/XpIZJQ8beeI/AAAAAAAAJIE/O69RIJ-pu2A3aN-t_4GzfcXtCGl8V7DawCLcBGAsYHQ/s320/II.jpg" width="217" /></a><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nestes cadernos podemos encontrar de tudo um pouco. Desde breves descrições da vida familiar de Saramago, até críticas literárias, ou algumas passagens de cartas enviadas ao autor. Há também uma série de comentários, ou reparos, mais ao menos sarcásticos em relação a personagens com as quais Saramago não alinhava o seu <i>chackra. </i>Esses comentários conseguiram arrancar-me um, ou outro sorriso, mas possivelmente só funciona, se vocês forem de esquerda, ou não gostarem de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADbal_Cavaco_Silva">"múmias"</a>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Apesar da evolução lenta da leitura, foram dois livros de que gostei. Não pude deixar de reparar que apesar de uma origem humilde, o escritor cultivou gostos bastante eclécticos, como é o caso da ópera, referência frequente nestes cadernos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">As passagens de que mais gostei, para além das críticas mordazes ao modo que Portugal estava a ser comandado, referem-se às coisas simples da vida. A chegada de Pepe, o cão de Saramago e Pilar, as visitas e passeios que faziam com os amigos, etc. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para quem gosta de Saramago, os Cadernos são uma estreita, ainda que fascinante janela, para a sua mente. Recomendo para qualquer fã, ou mesmo para aqueles que simplesmente querem compreender melhor o homem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-13601403313348459872020-04-07T00:00:00.000+01:002020-04-07T00:00:03.855+01:00Passatempo "Dia Mundial da Terra - 22 de Abril (National Geographic)"<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Bom dia a todos! Espero que se encontrem bem e animados (dentro do possível).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No dia 22 de Abril comemora-se o <b><span style="color: #6aa84f; font-size: large;">Dia Mundial da Terra.</span></b> Esta data foi criada pelo senador americano Gaylord Nelson, em 1970. Tinha como finalidade consciencializar a população para os problemas associados à poluição, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger o nosso <span style="color: #6aa84f;">querido planeta Terra</span>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Num momento em que a nossa preocupação se prende com questões de saúde pública, que exigem uma resposta imediata e urgente, não podemos esquecer-nos dos problemas que podemos ainda evitar. Ainda vamos a tempo de mudar e de evitar situações como a que hoje vivemos. A pandemia veio colocar a descoberto a fragilidade do SNS do mundo ocidental. De que estamos à espera, para exigir que quem está no poder se preocupe antecipadamente com o futuro do Planeta Terra? Se agirmos preventivamente, não será preciso remediar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">Para não deixar esta data passar em branco, decidi <b><span style="color: #6aa84f;">sortear a edição deste mês da National Geographic (edição portuguesa)</span></b>. </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Esta é uma edição pouco comum. A revista vem dividida em duas partes inversas, como se fossem duas revistas diferentes; de um lado temos o olhar optimista para o futuro da Terra em 2070; do outro lado temos a visão pessimista. São duas perspectivas que acabam por se complementar e que são muito interessantes de ler, numa altura em que o nosso futura se afigura tão incerto. Podemos ter esperança? Sim, se fizermos por isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-x3inr4Ysf8g/XosMkCDzIJI/AAAAAAAAJHg/zYe2dQY-7QII8SgQWu3Q8NY_Gyk4Inh0gCLcBGAsYHQ/s1600/capaAbril.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="920" height="265" src="https://1.bp.blogspot.com/-x3inr4Ysf8g/XosMkCDzIJI/AAAAAAAAJHg/zYe2dQY-7QII8SgQWu3Q8NY_Gyk4Inh0gCLcBGAsYHQ/s400/capaAbril.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O passatempo começa hoje, dia 7 de Abril e termina no dia 22 de Abril, ás 00h. Para se habilitarem a ganhar, basta:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">1) Seguir o Blog, usando a conta Google;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">2)Fazer Gosto/Like da página de Facebook do Baú dos Livros.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para sortear o vencedor, será utilizada a aplicação Rafflecopter. Os termos e condições podem ser consultadas também na aplicação (em baixo):</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: #38761d; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><b>BOA SORTE!</b></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<a class="rcptr" data-raflid="b53cf40714" data-template="" data-theme="classic" href="http://www.rafflecopter.com/rafl/display/b53cf40714/" id="rcwidget_uk0151g5" rel="nofollow">a Rafflecopter giveaway</a>
<script src="https://widget-prime.rafflecopter.com/launch.js"></script>Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-50034370972025342222020-04-06T10:17:00.000+01:002020-04-06T10:17:33.464+01:00Oxalá Acordem! <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Saudações, caros leitores. Espero
que a vossa quarentena esteja a correr bem, que se encontrem saudáveis e que a
ansiedade não vos esteja a deixar paralisados de medo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Medo. Essa sensação que anda a
transformar a nossa vida. Caminhamos entre casa e trabalho (ou supermercado,
para quem não pode trabalhar), sempre cabisbaixos, silenciosos e sem sorrisos. Sente-se
o peso da preocupação em qualquer sítio que se vá. Os supermercados tentam
manter-nos calmos. Ouvem-se músicas animadas, mas para onde quer que se olhe,
vêem-se pessoas de máscara e/ou luvas. Algo não bate certo. Somos recordados do
tempo estranho em que vivemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As minhas últimas semanas tem
sido passadas entre a clínica e o meu quarto. Felizmente a casa onde estou tem
jardim, e a minha cadelinha tem de ser passeada pelo menos duas vezes por dia.
No meio desta confusão (por incrível que pareça), consegui finalmente arrendar
um apartamento. Mudo-me em Maio. No entanto, não deixo de me sentir solidária
com quem tem de partilhar casa com desconhecidos. Talvez seja uma oportunidade
para criar amizades improváveis (e forçadas)? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A vida na clínica sofreu mudanças
drásticas, como seria de esperar. O nosso trabalho foi reduzido apenas para o essencial
e urgente e os tutores dos animais não entram na clínica. A recolha da história
clínica é feita na rua, esteja sol, chuva, calor, ou frio. Nós equipados com máscara,
luvas, óculos e bata, respeitando sempre a distância de segurança. No início estávamos
receosos com a reacção das pessoas - “Será que vão achar que estamos a exagerar?”
- Hoje, passadas duas semanas, há tutores que deixam a caixa transportadora com
o seu gato à porta e fogem para dentro do carro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para quem é introvertido e não
aprecia as interacções em consulta, isto é um sonho tornado realidade. Para mim
fica tudo mais difícil. Nunca fui particularmente extrovertida (apesar de ser
uma tagarela, com quem me sinto à vontade), mas a presença dos tutores é
maioritariamente útil. É através das suas histórias e comentários, que conseguimos
perceber alguns mistérios associados ao problema do animal. É através da
comunicação, que conseguimos perceber o tipo de tutor que temos à frente e
quais as suas expectativas. Mais do que ajudar o animal, acabamos por também
ajudar as pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outra coisa que temos tentado
fazer é manter as pessoas em casa. Neste momento de ansiedade e impaciência, é
incrível a quantidade de pessoas que liga para agendar cortes de unhas, banhos
e tosquias. Obviamente, recusamos o serviço. Não é urgente. Estamos no meio da
fase de mitigação e é importante que fiquem em casa e em segurança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apesar destas dificuldades, é
importante manter a calma e contornar os obstáculos. Mais do que nunca, os
médicos veterinários são necessários. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ao escrever este pequeno comentário
acerca dos nossos dias, não posso deixar de me sentir um pouco como uma
personagem de um filme de ficção. Aquilo que aqui fica registado, no meio de
tanta informação acerca da pandemia, é só mais um testemunho de um ponto de
viragem histórico na sociedade ocidental. Isto é história. Depois disto, há
muita coisa que não voltará a ser igual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Oxalá que também venham coisas
boas desta pandemia. Oxalá os nossos governantes deixem de ignorar os problemas
que realmente interessam: a melhoria dos SNS, o investimento sério na educação
e o não ignorar das questões ambientais que põem em risco o futuro do Mundo e dos
seus habitantes. Os problemas não se podem ignorar, ou atirar para debaixo do
tapete. O que acontece, quando se faz isso, é isto que agora estamos a viver. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-15593724304116159072020-02-15T19:42:00.001+00:002020-02-15T19:42:20.815+00:00Casa em Portugal?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ser locatário/inquilino em Portugal não está fácil. Nos últimos 2 anos o panorama tem vindo a ficar negro, para quem não tem casa, nem tem possibilidades (ou vontade) de vir a ter. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Um pouco por todo o país, os preços das rendas duplicaram e, em alguns casos, triplicaram. A comunicação social parece apenas acordar para este problema no início do ano lectivo. Presumo que seja, </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">quando finalmente algum iluminado da direcção de informação se</span> vê aflito para conseguir arrendar um quarto para o filho, ou para a prima do filho. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A verdade é que o problema da habitação está a tomar proporções ridículas e que se prolongam por todo o ano. É um problema que afecta não só professores e estudantes, mas todas as áreas profissionais (ou quase todas), que não tenham apoio do estado. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há 6 meses atrás, quando me mudei para os arredores de Oeiras, aluguei um quarto, com água e eletricidade incluídas, por 320€/mês. A casa onde o meu quarto está inserido, tem mais 3 quartos ocupados. Pessoas que eu não conheço, que se cruzam comigo à hora de jantar e, ocasionalmente ao fim de semana. Somos educados uns com os outros, mas é tudo muito impessoal e distante. É uma casa R/c, velha, com humidade, com um único WC e já tivemos a visita de um rato. Porquê que estou aqui? Passo a explicar: antes deste quarto visitei mais três. Nenhum deles me oferecia contrato. Todos eles tinham regras mesquinhas: apenas aceitam trabalhadores de fora do distrito; não podem receber visitas sem autorização; animais de estimação estão interditos; a caixa de correio é exclusiva do senhorio; etc. Todos eles exigiam rendas a rondar os 300 euros/mês. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Como eu, centenas de pessoas vivem assim e centenas de pessoas pagam mais de metade do seu ordenado para poderem ter um sitio onde se possam sentir em casa. Enquanto deambulo pelos grupos de Facebook de procura de casa, vejo cenas de xenofobia, racismo e descriminação diária. Vejo mães solteiras à procura de quartos, porque não conseguem pagar imóveis completos. Pergunto-me como será crescer assim...num quarto, numa casa cheia de estranhos. </span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-NZHzGACawSc/XkhJjVEB-5I/AAAAAAAAJCE/dONdemW26E07qr2vdK2NllKVlb6z78Y0ACLcBGAsYHQ/s1600/conta-poupan%25C3%25A7a-habita%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="837" data-original-width="1600" height="167" src="https://1.bp.blogspot.com/-NZHzGACawSc/XkhJjVEB-5I/AAAAAAAAJCE/dONdemW26E07qr2vdK2NllKVlb6z78Y0ACLcBGAsYHQ/s320/conta-poupan%25C3%25A7a-habita%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Actualmente, um T1-T2 nos arredores de Lisboa, com condições aceitáveis, ronda os 700€ mês. Como é que alguém solteiro (ou divorciado) pode suportar algo assim? Falamos de liberdade frequentemente, e eu pergunto: qual liberdade? Vivo com a sensação de que o estado português quer condicionar as minhas escolhas de vida, não me oferecendo opção e forçando-me a seguir a via mais óbvia - um crédito habitação!</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E isto leva-me a afirmar o óbvio: </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">não
interessa aos políticos falar dos preços do mercado de arrendamento, ou da carga fiscal alta a que os arrendatários estão sujeitos (28% da renda + IMI);
interessa sim, que o povo se veja obrigado a ver na compra de um imóvel a
solução para a impossibilidade de arrendarem um espaço decente por um valor
justo. O crédito habitação vai mantendo a banca feliz - Banca feliz = Políticos felizes. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O problema da habitação em Portugal não é simples. Embora eu continue a achar que deveria existir algum bom senso nas rendas praticadas, como em todos os negócios, sei que isso é uma mera utopia. A culpa não é realmente do senhorio, nem do agente imobiliário e definitivamente, a culpa não é de quem não quer, ou de quem não pode comprar casa. A culpa é do Estado. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">PS - Se souberem de algum T0, T1, ou T2 (Oeiras, Cascais, Odivelas, Sintra, Amadora), como um preço razoável e que passe contrato, por favor digam! XD</span></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
</div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-61761253939707982722019-11-29T00:40:00.000+00:002019-11-29T00:41:40.831+00:00Música é Poesia<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há um sitio onde eu vou, onde ninguém me conhece. Não é um sitio solitário, mas antes um lugar necessário. Um lugar inventado por mim, onde eu me descubro e reconstruo. As noites são calmas e perco todo o sentido de tempo. Absorvo tudo o que consigo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Descubro que toda a gente tem as suas razões e a sua forma de ser. Estamos simplesmente a absorver e a libertar o que do nosso dia-à-dia recolhemos. Se eu experimentar respirar bem devagar, expirando e inspirando, continuo a sentir-me um pouco assustada. Percebo que estou lentamente a morrer.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ao mesmo tempo, este exercício é esclarecedor, porque descobrimos que começamos onde acabamos. Por isso, perco o receio. Fico pronta a levantar voo e a descobrir o mistério que é a vida.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-9UuxXZb3-Bk/XeBpOXRYQrI/AAAAAAAAI_4/8Bnr45n_xuA1ek7B6uJekqpZqc_JNwpPgCLcBGAsYHQ/s1600/escocia.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="853" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-9UuxXZb3-Bk/XeBpOXRYQrI/AAAAAAAAI_4/8Bnr45n_xuA1ek7B6uJekqpZqc_JNwpPgCLcBGAsYHQ/s320/escocia.webp" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Este texto foi adaptado da letra da música <a href="https://www.youtube.com/watch?v=1LXsm9y-z3I">Catch & Release do cantor Matt Simons</a>, uma das minhas músicas preferidas. Na verdade é uma tradução quase completa da canção, mas um exercício de reflexão engraçado, que me deu gosto fazer. A música é poesia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-74699406883278284142019-11-28T10:10:00.000+00:002019-11-28T10:10:08.739+00:00Comunicado pouco importante<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ultimamente tenho usado o espaço do Baú dos Livros para escrever uma espécie de diário público, onde falo de tudo menos de livros. Este é talvez o ano, em quase dez anos, em que li menos, mas aprendi mais. Estou grata por isso. Seria terrível se aos quase trinta anos só conseguisse falar sobre livros, ou só sobre veterinária. Felizmente, estou rodeada de pessoas que enriquecem o meu dia-à-dia, com vários temas e discussões produtivas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Escrevo estas linhas no seguimento de várias ideias que me tem assaltado nos últimos três meses...uma delas é o que continuar a fazer com este espaço... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ser blogger está oficialmente fora de moda. Agora o que está a dar é ser Youtuber, ou Instagramer, e estes espaços de leitura e discussão estão cada vez mais em desuso. Felizmente a minha inconstância e egoísmo digital (ou feitio anti-social) sempre impediu que o Baú se tornasse muito badalado; nunca gostei de comentar outros blogs para ter comentários de volta e rapidamente descobri que fazer passatempos sob a alçada de editoras, envolvia escrever criticas sempre positivas, ou não havia livro patrocinado em troca...nunca tive muito jeito para idolatrar, ou mesmo interagir com quem visita este cantinho. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Estes defeitos trouxeram uma coisa boa: posso continuar a escrever sobre o que bem me apetecer e sem sentir obrigação para o fazer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-91082053996751259982019-11-26T10:38:00.000+00:002019-11-26T11:32:52.948+00:00Os temas sensíveis da Veterinária<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Faz em Dezembro deste ano 3 anos que exerço a profissão de médica veterinária, mais especificamente em clínica de pequenos animais (sobretudo cães e gatos). Neste últimos três anos aprendi imensas coisas técnicas, que infelizmente não nos ensinam na universidade, como, por exemplo, a fazer cirurgia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No entanto, há coisas que não são assim tão técnicas, e que também não nos ensinam na universidade, que dizem respeito à comunicação com os donos/pessoas, que também vamos aprendendo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Apesar de saber mais sobre como comunicar com pessoas, ainda tenho muito a aprender e sinto que a comunicação é uma enorme lacuna na nossa formação. O tema não é directamente abordado na universidade, não é abordado no secundário, e muito menos é abordado enquanto somos mais jovens. Mas devia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Falando especificamente da área da veterinária, em que cada vez mais os animais são vistos como membros da família, torna-se ainda mais difícil dar as más noticias, convencer as pessoas de que tratamento xyz é necessário e porquê, dar orçamentos e misturar dinheiro com amor...ninguém nos prepara para isso, vamos aprendendo por tentativa e erro. É esse stress emocional que desgasta quem faz veterinária. Não são as horas que passamos de pé e muito menos os dias em que estamos em "prisão domiciliária", porque nos calhou ter o telefone de urgência nesse dia. O que desgasta são as emoções e as lacunas na nossa capacidade de comunicar bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Noutros países da Europa, como o Reino Unido, onde os veterinários recebem o triplo e são efectivamente vistos com melhores olhos (e não como aqueles gajos que trabalham exclusivamente por dinheiro...), já começam a existir organizações de apoio psicológico, que disponibilizam cursos de comunicação, de gestão de tempo e de valorização pessoal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nestas últimas semanas resolvi procurar algum tipo de formação que me pudesse ajudar nesse sentido. Não encontrei mais do que uma pequena palestra que aconteceu há uns meses atrás em Lisboa e soube de um grupo de colegas responsáveis por um hospital veterinário, que contrataram uma psicóloga para apoiar os médicos, enfermeiros e auxiliares veterinários a lidarem com os seus problemas de comunicação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Este ultimo facto deixou-me esperançosa e as coisas talvez comecem a mudar aqui em Portugal, mas tudo acontece a um ritmo tão lento...entretanto vamos perdendo colegas para o flagelo do burnout, da depressão e em última instância, para o suicídio e nunca estes temas são mencionados nas nossas universidades...</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A título de exemplo do que poderia ser alterado no ensino, conto o único episódio em que o tema da eutanásia poderia ter sido abordado na universidade de forma pratica e não foi: foi numa aula de medicina interna, em que podíamos acompanhar os médicos e assistir ás consultas do Hospital Veterinário da UTAD. Foi nos pedido que saíssemos do consultório, para a médica poder falar desse tema com a dona em privado. É perfeitamente compreensível, que fosse pedida privacidade, mas no final seguimos simplesmente para a consulta seguinte. O tema da eutanásia e da comunicação não foi minimamente explorado. Nunca tivemos simulações de conversas com proprietários, nunca nos ensinaram a dar as más notícias. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Como é que aprendi? Nos estágios extra curriculares, que eu própria procurei. Mais do que acompanhar casos complexos, procurei sempre acompanhar as consultas. Vi imensas. Do meu cantinho, fui aprendendo quais as dúvidas mais comuns dos donos, como lidar socialmente com eles e com os seus animais, percebi as subtis diferenças entre o dono de gato e o dono de cão e observei muito. Tive sorte em encontrar e observar diferentes estilos de médicos. Fui muito bem recebida no ICBAS, onde deixavam os estagiários fazer os exames físicos de todas as consultas, e na Escócia onde encontrei muitos animais idosos, numa realidade completamente à frente da nossa. Depois, quando comecei, foi mais fácil sentir-me confortável na sala de consulta. Mas nem todos os meus colegas tiveram essa sorte. Nem todos tiveram a disponibilidade de estar 12 meses e ver os outros trabalharem e nem todos foram bem recebidos nos locais onde estagiaram. A maior parte saiu da universidade depois de 3 meses de estágio e foram literalmente atirados aos lobos. Tiveram de saber tudo e logo. Muitos foram colocados a fazer noites sozinhos, a receber 5€/hora, em turnos de 18 horas, ou mais e muitos foram embora, ou desistiram de veterinária passado um ano. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-OnjqmJqxR0I/Xd0HwkNflOI/AAAAAAAAI_U/P7kDmvngrxEmijjb8k0C_Y8uQHkzmfg0gCLcBGAsYHQ/s1600/suicidio-de-medicas-veterinarias-volta-a-chamar-atencoes-para-burnout-na-profissao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="626" data-original-width="1200" height="207" src="https://1.bp.blogspot.com/-OnjqmJqxR0I/Xd0HwkNflOI/AAAAAAAAI_U/P7kDmvngrxEmijjb8k0C_Y8uQHkzmfg0gCLcBGAsYHQ/s400/suicidio-de-medicas-veterinarias-volta-a-chamar-atencoes-para-burnout-na-profissao.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E a Ordem dos Médicos Veterinários, composta por muitos destes patrões, preocupou-se com a criação de vinhetas com morada e contacto, com boletins sanitários rastreáveis para evitar a usurpação de funções, com a imagem dos veterinários na comunicação social, tudo coisas válidas, mas muito menos urgentes que a necessidade de olhar pelos interesses imediatos dos seus membros. Estamos num tempo de mudanças rápidas no mundo da veterinária, mas não estamos a conseguir acompanhar as mesmas. Tudo parece demorar uma eternidade a acontecer, neste nosso cantinho à beira mar plantado, onde o bem estar psicológico da nossa classe está seriamente em risco. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-85431822780497638342019-10-18T08:44:00.001+01:002019-10-18T08:44:47.780+01:00Veterinária e Podcasts<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Passou um mês desde que vim trabalhar para Oeiras e esta é a minha primeira semana de urgência. Pensei mesmo que nunca mais ia ter de estar à chamada. É das coisas que menos gosto na veterinária.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apesar disso, tem tudo corrido bem. Se há coisa que aprendi nos últimos anos é que devemos ser prudentes, quando formamos uma opinião. Principalmente no início, é tudo positivo e cor de rosa (um pouco como as relações). Mas a verdade é que estou novamente entusiasmada com a veterinária. Tenho recordado e aplicado muitos conceitos e sinto que finalmente estou novamente "no jogo". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tenho aproveitado as horas de almoço para ouvir Podcasts sobre a área e isso ajuda na motivação. Percebo que as minhas dificuldades não são apenas minhas, mas são transcendentes a uma grande parte dos veterinários espalhados pelo globo. Os Podcasts são também excelentes, para conhecermos o trabalho de colegas de todo o mundo e aprender com as suas experiências. Também podem ser úteis, para quem esteja a ponderar escolher veterinária como área profissional. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deixo aqui o nome de dois desses programas:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">The Vet Vault </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Blunt Dissection</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para ouvirem, bastan instalar a aplicação Google Podcasts e subscrever.</span></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8409215887785627991.post-50959787878760254332019-09-07T12:51:00.000+01:002019-09-07T12:51:20.741+01:006 Passos para ser uma Influencer no Instagram!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ainda não contei aqui o episódio em que decidi ser uma <i>influencer</i> no Instagram. Após 9 meses, tem sido uma caminhada que me conduziu a este momento na minha vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo começou, quando ainda vivia em Guimarães e a minha vida era um tédio. Estava tão entediada que a ideia surgiu como que vinda do céu. Senti-me iluminada: vou ser uma estrela no Instagram! Heis o plano que elaborei e que resultou:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>1º Passo: QUE TIPO DE INFLUENCER SER </b> - Como no mundo das Barbies, existem milhentas opões: A modelo, a viajante, a profissional, a cozinheira, a artista, a leitora, a fotografa, a condutora de drone, etc etc. No meu caso ,decidi que ia ser do tipo fotografa e exploradora. Precisava de fotos lindas da natureza e das minhas imensas viagens. Se conseguissem atingir o sucesso dos 500 likes em 5 minutos. Os hotéis, iriam patrocinar as minhas viagens. Quem sabe até se a National Geographic não me contrataria...já esteve mais longe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>2º Passo: APAGAR TODAS AS FOTOS PESSOAIS E SELFIES -</b> Isto é importante! Excepto se vocês forem uma gaja boa. Nesse caso, mostrem as mamas e as nádegas, mas com filtros! Não querem ser só parolas, tem que ser sexys, mas só qb. Vendam bem esse corpinho. Valorizem-no com edição de contraste e shadow. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>3º Passo: ELIMINAR TODOS OS FOLLOWS DE CARIDADE -</b> Sim, se vocês querem ser influencers, não podem seguir mais pessoas do que aquelas que vos seguem. É matemática básica. Por isso, toca a eliminar as sogras, o tio em quinto grau e a senhora com quem se cruzam todos os dias no autocarro e que tira selfies com o seu café delta no WC. Não mintam a vocês mesmos. Vocês só os seguem porque tem pena. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>4º Passo: SEGUIR E DE SEGUIDA DEIXAR DE SEGUIR A LISTA DE AMIGOS DOS VOSSOS AMIGOS E/OU NAMORADOS</b> - Cuidado...este passo pode levar a discussão e até fins de relacionamento. Calmamente expliquem-lhes que não é nada pessoal. Vocês não são namoradas, ou amigas psicóticas. Vocês nãos querem saber da vida das ex-namoradas, ou do patrão do vosso namorado, vocês tem um objectivo: ganharem seguidores! Vocês não querem saber do vossos amigos, ou namorados. Vocês querem: ser influencers!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>5º Passo: SELECCIONAR O QUE PUBLICAR -</b> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não interessa quantidade de posts. Interessa a qualidade. Acham que alguém quer ver uma foto do pôr do sol na Póvoa de Varzim?! Não! As pessoas querem o pôr do sol em Cabo Verde! Seleccionar é a chave!</span></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>6º Passo: ESCREVER UM POST NO BLOG PARA QUE AS PESSOAS SIGAM O VOSSO INSTAGRAM COM A PROMESSA DE QUE SEGUEM DE VOLTA, OU NÃO -</b> Uma palavra amigos - auto-promoção! Aqui está o meu nome no Instagram - <u><b><span style="font-size: large;">@intermitenciasdalu </span></b></u></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Sigam-me! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(PS - há partes neste texto que são ironia e não devem ser levadas muito a sério. A ironia escrita é difícil de entender. Mil perdões.)</span></div>
Aluhttp://www.blogger.com/profile/01788218894307190729noreply@blogger.com2