Não tenho por hábito ver o filme antes de ler o livro, mas neste caso foi isso mesmo que aconteceu. Vi o filme e gostei, mas, após ter lido a obra de Elizabeth Gilbert, percebi que ficou muito aquém daquilo que o livro me conseguiu transmitir.
“Comer, Orar, Amar” não é mais um romance piegas e previsível. Nada na vida de Elizabeth poderia alguma vez ser previsível. Após um divórcio difícil e um romance falhado, Liz decide que algo em si tem de mudar. A culpa do desejo por uma vida que foge aos “cânones” da sociedade actual, a vergonha pelos seus falhanços e a sua incapacidade de gozar o presente, levam-na a começar uma viagem que mudará para sempre a sua vida.
A jornada “dos três is”, começa na Itália, passa pela Índia e termina na Indonésia. Em cada um destes locais a autora descobre mais sobre si mesma e sobre o seu Deus e os eu estado de equilíbrio. Mas desenganem-se ateus se pensam que se trata de uma obra que vos irá impingir a crença da autora, tornando-se por isso bastante maçadora. Pelo contrário, para aqueles que, como eu, não possuem qualquer tipo de crença religiosa é até bastante interessante assistir à revolução espiritual pela qual a autora passa.
Esta é uma obra com a qual é fácil as pessoas identificarem-se, pois levanta questões em que todos nós já reflectimos, como por exemplo o porquê de a maior parte das pessoas ser incapaz de gozar o momento, qual o local na sociedade actual de um indivíduo que não deseje criar uma família, até à problemática de Deus e daquilo que realmente ele representa. Além destas questões esta obra possui para alguns o segredo para encontrar aquilo por que tanto anseiam e que Liz conseguiu alcançar, o Equilíbrio.
Recomendo! (5/7)
Alu Alves
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