“A Ilustre Casa de Ramires” narra a história de Gonçalo Ramires, um fidalgo com um orgulho excessivo na sua linhagem familiar, influenciável e sem convicções. Ramires aspirava tornar-se um deputado por Vila Clara. Para o conseguir decide aceitar a proposta, feita por um amigo, de publicar um romance histórico baseado num poema elaborado por um dos seus tios no periódico “Annaes da Literatura”. Assim, o autor apresenta-nos uma história secundária passada no século XII, dentro do romance principal. No entanto, apesar do seu sucesso, o romance escrito por Gonçalo Ramires não passa de uma obra sem grande realismo histórico e pouco criativo, sendo quase um plágio do poema do seu tio. Um romance incoerente à semelhança da vida do fidalgo, que vive segundo os interesses e conveniências sociais.
Comecei a ler este livro há cerca de 4 meses. Geralmente o tempo que demoro a ler um livro reflecte o interesse que ele me suscita. Fico feliz por ter acabado.
A única obra que já havia lido de Eça de Queirós foi “Os Maias”. Na altura gostei muito de a ler e fiquei curiosa por ler mais obras deste autor. Contudo, a escolha de “A Ilustre Casa de Ramires” talvez não tenha sido a melhor escolha. O texto é muito maçudo e a história previsível e aborrecida. É um romance que não apresenta uma crítica social tão aguçada como em “Os Maias” e que está impregnada de patriotismo. Um exemplo desse patriotismo está patente no final do livro, quando a personagem Gouveia compara Gonçalo Ramires a Portugal. (2/7)
1 comentário:
olá,
A ilustre casa de Ramires por acaso ainda não li, mas li a cidade e as serras e também achei menos critico que os outros. Eça estava numa fase diferente quando escreveu estes, menos ácida. Aconselho a ler o crime do padre amaro ou o primo basilio que estão mais na linha dos Maias.
cumps
Enviar um comentário