A primeira vez que li algo de Stephen King foi numa tarde na FNAC so Porto. Estava aborrecida e procurava passar o tempo. Apesar de já não me recordar do nome do livro, fiquei curiosa por explorar este autor.
Escolhi “Carrie”, porque o nome me parecia familiar e também porque não era uma obra muito extensa. Queria começar por algo leve. Coincidência ou não, esta foi a primeira obra publicada de Stephen King.
Carrie White é uma adolescente vítima de bullying. Cresceu num pequeno chalé na cidade de Chamberlain, no estado do Maine, nos EUA. A sua mãe, Margaret White, uma cristã fanática, educa Carrie de uma forma abusiva, condenando-a e maltratando-a, servindo-se dos alicerces morais da bíblia. Mas Margaret sabe que a sua filha tem potencialidade para ser extremamente perigosa. Carrie é dotada de um gene especial, denominado pelos especialistas de TC, que lhe permite usufruir de poderes telecinéticos. Depois de anos de sofrimento, Carrie sofre a última partida da sua vida, que desencadeia uma série de acontecimentos que mudarão para sempre aquela pacata cidade do Maine.
Fiquei fascinada pelo modo de contar histórias deste autor, desde aquela tarde no Porto. No entanto, “Carrie” apresenta-nos um Stephen King no seu estado mais cru. Nunca um livro me tinha feito sentir nojo, horror e, simultaneamente, pena. Penso que isto se deve às descrições bastante pormenorizadas do horror que Carrie sofreu na sua vida. Por outro lado, algumas dessas descrições eram desnecessárias o que me leva a supor, que King possui uma mente muito preversa.
Quando li a obra de Joanne Harris, “O Rapaz dos Olhos Azuis” pensei que nunca tinha lido uma história com uma mãe tão psicótica, mas acreditem que, comparada com Margaret White, blueyeedboy tinha sorte.
Recomendo para quem tenha um estômago forte e para quem goste de histórias de terror. É uma história interessante, embora pudesse estar mais desenvolvida. (4,5/7)
Nota: O filme foi adaptado ao cinema pelo realizador Brian de Palma. Conta com a participação de Jonh Travolta e Sissy Spacek. Aqui fica o trailer, para os mais curiosos:
3 comentários:
Ao começar a ler a tua opinião lembrei-me logo que tinha visto o filme. Muito engraçado apesar dos efeitos ultrapassados. Fiquei com curiosidade para ler livro ;)
Beijinhos*
Eu ainda não vi o filme, mas deve ser mesmo engraçado, considerando que já tem mais de 20 anos XD
Bj
Esse livro é muito bom, embora um pouco rudimentar, talvez por ser o primeiro romance do King,ou, como ele mesmo diz, por se tratar de uma história mais voltada para o lado feminino, onde, ele não sabia se estava fazendo tudo certo e algumas coisas foram meio exageradas. Mas é uma obra que causa impacto, dá uma sensação de pena e de vontade de poder ajudar a infausta protagonista. O filme também é bem legal e fiel ao livro.
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