sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"Insurgent" - Veronica Roth

Graças ao Kindle, tenho lido uma série de livros, sem ter de os comprar (desculpem, mas estamos em crise e eu ainda dependo dos meus pais), ou de os ir buscar à biblioteca. A desvantagem inicial era a maior parte deles ser em inglês; esse problema foi facilmente ultrapassado, no que toca a livros de entretenimento, como "Insurgent" (Insurgente em português).

Este é o segundo livro da saga "Divergente", que em Março será adaptada ao grande ecrã. Ele começa exactamente onde termina o primeiro volume, com Tris, Tobias, Marcos e Caleb, entre outros, a fugir para a fracção da paz e da amizade - Amity. Com o que aconteceu na sede dos "Dauntless", o seu futuro apresenta-se incerto, e as dúvidas sobre o que aconteceu são imensas.

Quando li o primeiro livro desta série, pareceu-me que estava perante mais uma imitação de "Jogos da Fome"; tínhamos uma sociedade com uma organização completamente diferente da nossa - uma sociedade distópica; tínhamos uma heroína e tínhamos um romance complicado. Ainda assim, havia algo que o distinguia, que ainda não estava muito aparente. Uma ideia subentendida de individualidade de cada ser humano; Uma ideia, que no final deste "Insurgent", nos leva num caminho completamente distinto dos "Jogos da Fome", e torna esta saga assumidamente independente e digna de um lugar de destaque no universo da literatura para jovens adultos. 

Recomendo para quem tenha gostado de "Jogos da Fome", e para quem goste deste tipo de leitura fácil, sem muito para pensar; que goste de ser levado por aventuras, com grande potencial cinematográfico. 

Fico feliz, por finalmente ter sido ultrapassada a fase "Vampiro", que se seguiu ao lançamento e sucesso de "Crepúsculo" de Stephenie Meyer. Finalmente começamos a estar livres das cópias ainda mais foleiras que se seguiram, para dar lugar às distopias; muito mais interessantes e criativas.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

" A Um Deus Desconhecido" - John Steinbeck

Ultimamente, tenho dedicado algum tempo à leitura da colecção do "Diário de Notícias" dos nobéis da Literatura. O meu critério de escolha tem sido a aleatoriedade; a minha mão chega à prateleira onde os livros estão guardados, sem espreitar antes, e os meus dedos vagueiam pela lombarda dos diversos volumes, até aos cinco segundos - livro escolhido!

John Steinbeck, é um nome que impõem respeito. Por isso, foi a medo que comecei esta nova aventura literária. 

"A Um Deus Desconhecido", conta-nos a história de Joseph Wayne, um jovem agricultor, que decide deixar a sua terra Natal e deslocar-se para a Califórnia, em busca de novas oportunidades. É uma história não só sobre a ligação forte que pode existir entre o ser humano e a natureza, mas também sobre a crença em algo superior, e as várias formas que esta pode adoptar; acreditar na santidade de um local, no poder sobrenatural de um objecto, ou num Deus superior. Será que não será tudo o mesmo? Não seremos sujeitos, quer acreditemos numa ou noutra opção, às mesmas calamidades?

Desta vez fui surpreendida; estava à espera de uma obra complexa, quer em termos de escrita, quer em termos de ideias, mas de facto John Steinbeck tem uma forma bastante acessível e intemporal de escrever. Também não pude deixar de associar este livro ao "Terra Bendita", de Pearl S. Buck, principalmente pela temática; em ambos os livros, apesar de escritos em épocas diferentes, a terra e o que ela nos dá, é tido como tema fulcral. 

Penso que esta é uma história que não deve ser lida de animo leve e que tem muitas mais mensagens escondidas do que aquilo que aparente; talvez um dia volte a fazer uma nova leitura da mesma, para extrair mais dela. Acho que é isto que faz de um livro, um bom clássico. 


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

"A Vida de Pi" - Yann Martel

A primeira vez que ouvi falar deste livro, foi numa aula de Geometria Descritiva. A professora, que hoje é considerada uma amiga, mencionou-o numa das ocasionais conversas, que eram tidas por entre as rectas, abcissas e planos no espaço. 

"A Vida de Pi" era um título difícil de esquecer, assim como o livro e respectivo filme (coisa rara, o filme também ser bom!), não só pela narrativa, mas também pelo final que nos deixa a questionar sobre questões superiores. 

Este livro conta a história de Piscine Patel ("Pi"), um rapaz indiano, que cresceu num jardim zoológico, e é obrigado, juntamente com a sua família a emigrar para o Canadá face a dificuldades financeiras. Vendem os animais do seu jardim zoologico e todos, incluindo os animais, embarcam num navio para fazer a travessia. Tragicamente, o navio naufraga e Pi passa 227 dias num barco salva-vidas na companhia de um animal invulgar - um Tigre de Bengala. 

Ao longo da narrativa, ficamos a conhecer a vida de Pi, desde tenra idade, até ao momento em que embarca. São abordadas questões que me pareceram muito interessantes, como a existência de jardins zoológicos, e se serão assim tão maus para os animais, quando vistos do ponto de vista dos mesmos. 

A forma como o livro está escrito nesta primeira parte, dá-nos uma ideia de uma vida alegre, colorida e relativamente despreocupada, em que Pi vai tendo os seu primeiro contacto com as religiões, e a forma peculiar como ele as encara. Para ele não é possível ser membro de apenas uma religião, quando todas elas apresentam coisas tão boas e são, no fundo, iguais naquilo que defendem. 

A segunda parte da história é uma antítese completa. Já li criticas de quem não tenha gostado deste contraste, mas para mim faz sentido e até necessário, considerando o triste evento na vida de Pi, que numa só noite perde toda a sua família e inicia os 227 dias à deriva no mar.

O final é nos oferecido sob dois prismas: para aquele que está disposto a acreditar no melhor, e o que prefere acreditar na versão mais realista, mas também mais cruel - uma analogia com aquilo que se passa, quando chega a altura de acreditar em alguma coisa, que nos parece irrealista, ou não, como a religião. 





domingo, 26 de janeiro de 2014

A realidade alternativa da Praxe

Ainda sobre a praxe...há muita coisa que eu tenho a dizer, baseado na minha experiência. Pode não ser a mesma da maior parte das pessoas, mas aqui vai:

No primeiro ano em que entrei na universidade, mais especificamente, na Faculdade de Belas Artes do Porto, não fui praxada. Não era antipraxe, simplesmente não havia praxe. Não senti pena; usar o traje não era o meu objectivo e achava até um pouco ridiculo, aquele ar de superioridade que as pessoas trajadas tentam transparecer. A vida universitária era aquilo que deveria ser: acordar cedo, ir para as aulas, sair das aulas, trabalhar nos mil projectos que havia para fazer, relaxar e repetir o processo na manhã seguinte. Não foi complicado integrar-me, mas também não digo que tenha sido fácil; era a primeira vez que morava sozinha, estava num curso, que não tinha sido a primeira opção e estava a detestá-lo. Não conseguia ver um objectivo, que me fizesse sentir feliz, ou entusiasmada. 

Mudei de vida. Voltei um ano ao secundário. Tive aulas de Biologia e Geologia e Física e Química. Trabalhava de tarde e tinha explicações, tudo com o objectivo de entrar em Medicina Veterinária. Fiz os exames e entrei, novamente, na segunda opção: Engenharia Zootécnica. Achando que se calhar não me tinha adaptado bem no Porto, por não haver praxe, escolhi experimentar. A minha rotina passou a ser: Acordar cedo e ir para a praxe; ir às aulas; no intervalo ir para a praxe; no fim das aulas praxe; ir para casa para trocar de roupa; jantar e praxe até à meia-noite. Isto durante os dois meses e meio iniciais do semestre. Era cansativo e era chato; muitas vezes ficávamos horas sem fazer nada em específico, e eu precisava de fazer mil coisas, como estudar, arranjar uma casa para morar, dormir, conseguir estar atenta nas aulas, namorar e ter vida própria.

Nunca me vou esquecer de determinados momentos marcantes: 

Aquela vez em que me fizeram encher "à engenheiro" e eu me enganei a contar o número de Neper, porque não fazia a mínima ideia o que raio era o número de Neper, visto que tinha vindo de Artes. E uma "Excelência" gritou: " Não teve Matemática, caloira?! Nem sabe contar direito!" Nessa altura, depois de horas a ser praxada, sem ainda ter arranjado casa, senti-me  integrada, tão integrada, que me levantei e fui a chorar de raiva pela antiga linha do comboio fora. Passado um minuto, vem uma das raparigas que me estava a praxar atrás de mim e diz: 

"- Espera Luisa! Acalma-te! Não devias ter virado as costas às Excelências. Anda, vamos voltar e tu pedes-lhes desculpa." - disse ela. 

Eu limpei as lágrimas de frustração e voltei, mas não pedi desculpa e até hoje não me arrependo. Arrependo-me de ter perdido o controle e arrependo-me de ter compactuado com aquele tipo de "brincadeira". Aquilo que aquelas pessoas estavam a fazer não era uma brincadeira de integração. Era humilhar, e com prazer. 

Seguiram-se outra série de episódios. Incluindo uma tentativa de vingança, por parte dessas "Excelências", que saiu furtada, visto que eu simplesmente disse "não", ainda tendo de ouvir ameaças de exclusão e tudo o mais. 

Porquê que eu não desisti? Porque num curso de 25 pessoas, quando uma escolhe não ser praxada, é colocada de parte. Muitas vezes nem é de propósito. Acontece, que andamos tão ocupados a ser praxados, que a outra pessoa que não está a ser praxada é automaticamente excluída e ignorada. Lá se vai a integração num grupo, que a praxe tanto defende.

Felizmente, quando arranjei onde morar, tive a oportunidade de realmente conhecer e dar-me a conhecer aquelas que são hoje as minha quatro melhores amigas. Não foi na praxe que nos tornamos próximas. Na verdade, elas nem gostavam particularmente de mim. Eu não via aquilo que elas achavam "uma brincadeira", como realmente uma simples brincadeira; estava sempre com ar de "chateada" e faltava muitas vezes às praxes, fazendo os meus colegas encherem. Foi só com a convivência e com a passagem por alguns momentos complicados e outro muitos felizes, que essas amizades cresceram. Sim,na praxe conheci muita gente e arranjei muitos conhecidos, mas as pessoas nunca vão ser todas amigas. No final podemos contar pelos dedos aqueles que realmente são os nossos amigos. 

Apesar de tudo houve brincadeiras engraçadas na praxe: aquela vez em que tivemos de dar de comer uns ao outros; quando tivemos de partir um ovo enfiado nas calças, que teimava em não partir quando nos sentávamos; correr pela praça a gritar que estávamos a arder e outra pessoa atrás a dizer "anda cá que eu sou bombeiro"; esperar que todos estivessem sentados à mesa para se começar a comer e a respectiva oração; saltar à corda na lama; o fingir que nos rapam as sobrancelhas, etc etc. 

Isso para mim foi a verdadeira praxe. Eram momentos que realmente aproximavam as pessoas e não criavam intrigas, nem raivas, ou sentimentos maus.

Acredito que um dia, a praxe foi algo bom, mas cada vez mais deixou de ser assim, e deixará. Cada vez é mais sobre ser subjugado, humilhado, intimidado, ou segregado. 

Num país em que mais de metade da população fala mal do governo, mas apenas assiste, sem se revoltar, a praxe é apenas um reflexo dessa forma de pensar. É o aceitar, porque "tem de ser"; é o aceitar, com medo das consequências; é o estar de tal forma atordoado e sem olhar crítico, que nem a eminência do perigo do mar nos acorda. 

Um ano depois da minha experiência com a praxe, quando voltei a ser caloira no curso que era o meu sonho, não quis ser praxada novamente. Ser praxada fez-me perceber que o que realmente importava não era usar um traje, ou fazer o que nos mandavam.  Era precisamente não fazer o que nos mandam e aprender a tomar uma posição. Conclui que o meu medo de não integração não dependia da praxe, mas antes de mim mesma. Mantive-me finalmente fiel aquilo que sou, e hoje em dia tento seguir aquilo em que acredito. Não segrego quem praxa, e quem não praxa. Tenho amigos dos dois grupos. Recusei-me simplesmente a continuar uma "tradição", porque não me relaciono com os seus ideais e não me sinto na obrigação de os perpetuar. 

É simplesmente triste, como é que alguém pode colocar algo como a praxe, antes do seu próprio bem-estar.
 

 
 


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Último Filme do Ano - "Mandela"

Na última semana de 2013, lá se cumpriu o ritual de, no meio da loucura dos saldos, ir ao cinema uma última vez no ano. Há já bastante tempo que queria ver uma série de filmes que estavam nas salas: The Hunger Games: Catching Fire (que acabei por ver ontem...), Frozen, The Hobbit (o segundo capítulo) e o Mandela.  Como a carteira não dá para todos, como não gosto de versões 3D e, como estava mesmo curiosa acerca deste "Mandela", escolhemos rapidamente. 

Apesar de não ser uma figura com um grande impacto na história do nosso país em particular, é impossível ficar indiferente à história de vida deste homem. Um homem normal, que queria algo que hoje é tido como garantido na nossa sociedade: liberdade.

A minha ideia de quem tinha sido Nelson Mandela foi criada em torno de uma imagem querida; uma espécie de avozinho, que nunca conhecemos pessoalmente, mas que tem um ar extremamente simpático. Era uma daquelas impressões instantâneas, que muitas vezes não correspondem à realidade. O que eu conhecia deste homem era o sacrifício que teve de fazer: passar metade da sua vida aprisionado, perdendo todos os momentos que poderia ter tido com aqueles que amava. Saber só isto, bastava para me trazer lágrimas aos olhos. 

Por isso, é fácil saber qual foi a minha reacção ao filme: lágrimas e mais lágrimas. Não porque era um filme péssimo, mas porque realmente tudo aquilo que eu imaginava, no ecrã parecia mil vezes pior: a perda da mãe e a perda do filho primogénito, sem oportunidade de uma última palavra, ou um último adeus; a perda de todos os momentos da infância das filhas e, no final, a perda do amor da mulher. 

Extremamente triste, mas ao mesmo tempo, extremamente inspirador. Porque nem todos poderiam abdicar de tudo por uma ideia, um direito. 
Como ele, muitos outros perderam algo nesta luta, mas ele será para sempre o símbolo de uma missão bem sucedida. 

(Um filme que recomendo para aqueles que tiveram a disparatada ideia de dizer que "o Eusébio era o Mandela português".)


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Passatempos, Passatempos em todo o lado!

Com o passar dos anos vou encarando este Blog com menos seriedade. Gosto dele; gosto de me rir com coisas e erros que escrevi há dois anos atrás e gosto de me recordar de livros que li - esta era, e sempre deveria ter sido, a finalidade deste Baú. 

Depois houve a fase em que achei que poderia ser mais. Tive a oportunidade de participar numa tertúlia literária e de fazer uma entrevista. Foi muito divertido e, por momentos, brinquei aos jornalistas.
Nessa altura eu levava o Baú a sério e achava-me séria. Tive uma mini parceria com a Editorial Presença, em que recebi um livro, fiz uma critica sincera, e nunca mais ouvir falar deles. 

Percebi nessa altura que esta vida de parcerias e passatempos não era para mim. Se para ter passatempos, só podia haver criticas bajuladoras, então "não, obrigada!".

Apesar de um pouco "aluada", vou estando atenta ao que se vai passando nos blogs vizinhos e cada vez me arrependo menos de não ter ficado associada à editora x ou y. Não me entendam mal! Eu adorava receber livros, e ter passatempos com volumes recentes para vos oferecer, mas a moda já se generalizou de tal forma, que não vejo a vantagem que possa ter. 

Este é um blog egoísta, mas é um blog feliz.

P.S - em breve vai haver novo passatempo, estejam atentos ;)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Segredo, take 2!


Quem me conhece, já me ouviu dizer alguma vez na vida "Isso foi o Segredo". As pessoas perguntam sempre "Que segredo?!" e depois segue-se uma explicação sobre o que é afinal "O Segredo":

- O Segredo é quando tu queres, ou esperas, que uma coisa aconteça e ela acontece. Pode não ser num minuto, pode não ser nos próximos dias, mas acaba sempre por acontecer. - respondo eu.

As pessoas riem-se, contra argumentam com algo do género "Eu não queria que o meu cão morresse, e ele morreu na mesma.", ou algo do género. Eu encolho os ombros e sigo a minha vida, acreditando que elas um dia também vão descobrir o segredo.

Não li o livro completo. Li metade. Achei que a ideia era repetida vezes sem conta, e achei uma valente treta, até começar a reparar em como todas as coincidências na minha vida tinham uma lógica. 

A coisa mais esquisita aconteceu, quando ia com uma amiga para a Universidade. Íamos a discutir o segredo pelo caminho até que eu disse: vamos visualizar uma nota azul de vinte euros, e quando chegarmos à Universidade vamos tê-la nas mãos.

Lá fomos nós a imaginar a nota azul, até que encontro uma moeda de um cêntimo no chão. Ri-mo-nos, porque estávamos a imaginar uma nota de vinte e um cêntimo não deixava de ser dinheiro, mas cinquenta metros à frente é a vez da minha amiga encontrar uma moeda para ela. Por esta altura o raio do Segredo já parecia coisa séria e quando chegamos à Universidade cada uma de nós recebeu uma nota de vinte, que tinha ficado retida como caução de uma qualquer actividade académica do ano anterior! 

Esta foi uma das vezes que experimentei de forma mais evidente o Segredo a trabalhar. Depois seguiram-se uma série de pequenas alterações que fui mudando na minha forma de "falar" com o Universo. No fundo, acabei por tornar-me mais positiva e ter uma visão mais clara dos meus objectivos. E esse era o meu objectivo, há uns meses atrás.

Coincidência? Ou o Segredo?

Talvez a minha vida não passe de uma série de coincidências; talvez eu seja apenas sortuda, mas até a sorte pode ter uma justificação.

P.S - O post com mais views neste blog é sobre O Segredo...acham coincidência, ou obra do próprio Segredo? ;)


 




O Talismã - Walter Scott



Foi na Feira do Livro da Póvoa de Varzim, há um par de anos atrás, que reparei num volume muito velhinho (mais velho que a minha mãe) intitulado de “O Talismã”. Assim, este livro, do escritor escocês Walter Scott, estava na minha lista de volumes a abater há já algum tempo.

Só recentemente fiquei a saber que este volume, publicado pela primeira vez em 1825, é o segundo de “Contos das Cruzadas”. A história decorre no final da Terceira Cruzada (1190), na Palestina, onde o rei Ricardo, “Coração de Leão”, se encontra doente e rodeado por potenciais traidores. 

Considerado como o pai do romance histórico, a leitura de alguma das obras de Walter Scott é sem dúvida essencial, para os apreciadores do estilo. Apesar de ser uma história simples, há que transportá-la para o panorama onde foi criada. Uma era em que a internet não existia, em que o acesso à informação não era fácil, e onde a pesquisa de dados históricos era realizada “à lá páta”. 

Para aqueles que valorizam sobretudo o enredo, aviso que poderão ficar desiludidos com este livro. No entanto, não pretendo formar uma opinião permanente sobre o mesmo, sem ter a oportunidade de ler mais obras do autor. Gostei sobretudo das descrições e da forma simples como a obra foi escrita. 

Óptimo para quem quiser fazer uma viagem no tempo, antes do João Pestana aparecer.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz 2013! E que venha mais em 2014!

"Mas porquê que as pessoas festejam o final do ano? Porquê que não festejam o final de cada mês?"

Eu gosto do Ano Novo. Gosto de olhar para trás e fazer uma reflexão sobre o ano que passou e aquilo que tive a oportunidade de viver. Sim, podia fazer isso no final de cada mês, no final de cada semana, ou no final de cada dia, mas chegaria a um ponto em que essas reflexões e toda essa festa seriam uma simples banalidade.

Este ano 2013 que passou foi exigente! Penso que é a palavra correcta. Exigente em termos profissionais, sem dúvida, mas também em termos pessoais. Mas no final trouxe-me muitas coisas boas e histórias para recordar!

- Consegui finalmente participar na Maratona de BTT da Feira da Isabelinha, e fazer os 44km mais penosos da minha vida, sem acabar em último;

- Diverti-me no Colour Run em boa companhia;

- Fartei-me de encontrar moedas no chão;

- Participei num estágio de Verão, que me abriu os horizontes e me trouxe novos amigos (de duas e quatro patas);

- Lancei o meu primeiro balão de S.João, depois de termos pegado fogo ao primeiro;

- Redescobri as maravilhas dos doces húngaros;

- Fui levada a um suposto jogo de futebol, mas na realidade era uma ida surpresa ao Zoológico!; 

-  Li uns 30 livros, sem pressa, ou pressão;

- Comi deliciosos novos pratos, preparados pelos pais, nas suas experiências pós - Kitchen 24;

- Ri-me muito com as minhas colegas de quarto, e também chorei muito, quando o Mandela morreu e o meu período estava para chegar (Tempo complicado. Voltei a chorar muito, durante o filme, numa sala de cinema cheia de pessoas);

- Aprendi muito com todos os que fazem parte da equipa do Hospital Veterinário da UTAD e com todos aqueles que são meus professores (mais com uns, do que com outros);

- Cortei o cabelo e arrependi-me, porque agora o meu avô chama-se rapaz e quer sempre cumprimentar-me com um aperto de mão.
 
- Descobri, que tenho mais do que simples colegas de curso, que são mais amigos para a vida :)

- Diverti-me muito com pessoas, que praticamente não conhecia, numa passagem de ano "TOP!" (não resisti a usar esta palavra tão "famalicense" no primeiro post do ano) E encontrei uma amiga perdida na rua, que não esperava encontrar no 1º dia do ano ^^;

- Aprendi que a distância não mata os relacionamentos, nós é que fazemos essa escolha;

Acima de tudo aprendi que não é a quantidade de livros que lemos, as séries que vemos, ou o quão bom somos a fazer suturas invaginantes que determinam a nossa felicidade. São todos estes pequenos momentos, que vamos coleccionando com as pessoas que nos rodeiam e tornam cada ano, um ano ÚNICO e FELIZ!