Foi na Feira do Livro da Póvoa de
Varzim, há um par de anos atrás, que reparei num volume muito velhinho (mais
velho que a minha mãe) intitulado de “O Talismã”. Assim, este livro, do
escritor escocês Walter Scott, estava na minha lista de volumes a abater há já
algum tempo.
Só recentemente fiquei a saber
que este volume, publicado pela primeira vez em 1825, é o segundo de “Contos das
Cruzadas”. A história decorre no final da Terceira Cruzada (1190), na
Palestina, onde o rei Ricardo, “Coração de Leão”, se encontra doente e rodeado
por potenciais traidores.
Considerado como o pai do romance
histórico, a leitura de alguma das obras de Walter Scott é sem dúvida
essencial, para os apreciadores do estilo. Apesar de ser uma história simples, há
que transportá-la para o panorama onde foi criada. Uma era em que a internet
não existia, em que o acesso à informação não era fácil, e onde a pesquisa de
dados históricos era realizada “à lá páta”.
Para aqueles que valorizam
sobretudo o enredo, aviso que poderão ficar desiludidos com este livro. No
entanto, não pretendo formar uma opinião permanente sobre o mesmo, sem ter a
oportunidade de ler mais obras do autor. Gostei sobretudo das descrições e da
forma simples como a obra foi escrita.
Óptimo para quem quiser fazer uma
viagem no tempo, antes do João Pestana aparecer.
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