No top de melhores livros de 2011 do “Goodreads” estava este livro. Achei um pouco estranho o facto de ter ultrapassado o “Dance with Dragons” do George R.R. Martin e por isso decidi dar uma olhada à sinopse.
“Divergent” é a primeira obra da jovem escritora Veronica Roth, e o primeiro volume de uma trilogia. Narra a história de Beatrice, uma jovem rapariga de dezasseis anos, que vive numa nação dividia em cinco fracções, obedecendo cada uma delas a uma determinada conduta social baseada em cinco qualidades da personalidade humana: “Abnegation”, que despreza o egoísmo e valoriza o altruísmo; “Dauntless”, cuja divisa é a coragem; “Candor”, que despreza a mentira e estima a honestidade; “Erudite”, que vive para o conhecimento; “Amity”, que procuram a paz e a amizade entre todos.
Quando fazem dezasseis anos, todos os jovens de todas as fracções, têm de realizar um teste que determinará qual o grupo a que pertencem, e segundo o qual viverão o resto das suas vidas (tipo “Chapéu Seleccionador” do Harry Potter). Contudo, Beatrice tem uma surpresa quando descobre que o seu teste é inconclusivo, determinando que ela é aquilo a que chamam “divergente”; nem sim, nem sopas. Ser divergente é considerado perigoso e para proteger Beatrice, a operadora do teste, Tori, escolhe forjar um falso resultado que a proteja e aconselha-a a manter segredo e a escolher o seu próprio caminho. O resto é história e terão de a ler para saber o que acontece.
Quando escrevo uma crítica sobre um livro tenho tendência a valorizar em demasia a história que ele nos conta; se é previsível, se faz o nosso coração bater mais rápido, se consegue emocionar-nos, se nos espanta, etc etc. Em “Divergent” foi precisamente a história que me cativou. Contudo, senti que existia uma mensagem para além do simples entretenimento; uma mensagem que está completamente ausente noutros livros juvenis do género; A luta interior da personagem Beatrice pela procura da sua identidade demonstra que o ser humano é muito mais do que uma só coisa; ele é divergente. (4/7)
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