Ouvi falar pela primeira vez do “The Hunger Games”, aka “Jogos da Fome”, através de um site de cusquice hollywoodesca (gosto de celebridades e estaria a mentir se dissesse que nunca vou ver o que se anda a passar pelas terras do tio Sam). Fiquei intrigada sobre o que seria isso dos jogos da fome e fiz alguma pesquisa. Achei que o conceito do livro era bastante apelativo e até original (considerando a quantidade de cópias do “Crepúsculo” que por aí andam…). Mal chegasse a Portugal iria causar furor.
Não me enganei muito.
Em “Os Jogos da Fome”, Katniss Everdeen, heroína do livro, conta-nos a história do seu país, Panem, localizado numa época futurista, onde tudo parece ter regredido; as desigualdades sociais são evidentes, já para não falar na fome que assola a maior parte dos doze distritos do país.
Panem é comandado pelo misterioso distrito alfa, o “Capitólio”. Este tem sob o seu domínio doze distritos mais fracos especializados na produção de determinados produtos e proibidos de contactarem uns com os outros. O décimo segundo distrito é especializado na produção de carvão e é aquele onde a nossa heroína mora.
Todos os anos o Capitólio realiza os designados “Jogos da Fome”, uma espécie “Survivor” onde vinte e quatro jovens (dois de cada distrito), designados de “tributos”, lutam até à morte. O vencedor recebe uma enorme quantia de dinheiro como recompensa. Katniss explica-nos que os Jogos foram instituídos como uma forma de relembrar aos cidadãos que é o Capitólio que manda, depois de ter ocorrido uma rebelião do distrito treze, agora inexistente.
Depois desta pequena introdução chegamos à aventura propriamente dita; o sorteio dos tributos inicia-se e para espanto de Katniss a seleccionada é a sua irmãzinha mais nova, Primrose. Revoltada com este destino cruel, Katniss oferece-se como voluntária para substituir a sua irmã e parte naquela que será com certeza a aventura da sua vida.
Com um enredo bastante original e uma escrita fluída, Suzanne Collins conseguiu criar uma bela aventura juvenil. É uma saga constituída por três livros e, apesar de ainda não ter lido os outros dois, este foi uma excelente introdução.
Em relação às personagens achei que estavam bem construídas e que, ao contrário do que já li por outros blogs, não acho que a personagem principal seja excessivamente fria ou pouco emotiva, considerando todo o seu background familiar.
É um livro que entretém ao máximo, onde os momentos parados são sol de pouca dura. Apesar de tudo isto, não deixa de ser um livro direccionado para um público jovem e, como tal, não se pode exigir muito em termos de complexidade da escrita. (4/7)
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