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Vamos para Casa é o primeiro livro de um jovem autor português. Este volume é o primeiro de uma trilogia que conta a história de John Green, patriarca de uma família burguesa.
Esta história passa-se em qualquer lado, em qualquer lugar.
Excerto:
John Green, mesmo a
pessoa que eu queria encontrar, já ouvi dizer que recebeste excelente na tua
dissertação, qual era a tua tese de doutoramento outra vez, algo como Artes
Magistrais Modernas e o seu uso na sociedade, certo, pois bem, só te queria
felicitar, receberes tão alta distinção é digno de se louvar, Viste a
apresentação, Estava na primeira fila a absorver tudo o que estavas a dizer
como uma esponja, infelizmente fui chamado à secretaria por causa dum problema
que surgiu na minha própria tese, ou seja, só vi até à parte em que exibiste o
livro para a plateia e júri, posso dizer que foi o que me levou a procurar-te,
acho que ainda não me apresentei, sou Jason Toflam, aluno de Engenharias
Alternativas, Já ouvi falar de ti, és o tal que o ano passado apresentou um
carro que anda sem a ajuda de humanos, Sim, esse mesmo, Parabéns pelo projecto,
apreciei bastante e chegou a intrigar-me como conseguiste fazer, mas pouco
depois consegui perceber, a tua ideia foi genial, como se diz, simples e
eficaz, Obrigado, amigo, parece que temos uma coisa em comum, o respeito e a
apreciação mútua, mas agora outra questão se levanta, precisamos da tua ajuda,
Precisamos, Sim, desculpa, precisamos, não sou só eu, faço parte dum grupo aqui
da universidade que já há algum tempo que estuda o que tu apresentaste hoje,
como tu, também encontrámos o livro, mas nunca conseguimos chegar às conclusões
a que tu chegaste, é por isso que nos tens de ajudar e ingressar na nossa
associação, há coisas que tu ainda não sabes sobre esse livro e do seu
verdadeiro poder, Porque não me abordaste antes, o tempo que eu perdi ao tentar
decifrá-lo podia ter sido reduzido a metade, Não sabíamos que o tinhas
encontrado e que o estavas a estudar, sinto-me um pouco envergonhado por dizer
isto, mas nós tínhamos o livro em nossa posse, mas um certo dia perdemo-lo
misteriosamente, não fazíamos ideia onde estava, o que nos safou foram as
cópias que fizemos, apesar de rudimentares deram-nos espaço de análise, mas
nunca imaginámos que voltasse para a biblioteca da universidade, Não digo já
que vos ajudo, mas estou com curiosidade em saber das descobertas que fizeram.
John Green e Jason
Toflam movimentam-se por entre os corredores da Faculdade de Ciências da
Universidade de Algovian em direcção a uma sala, precedida por uma porta com
uma tableta em que se pode ler Clube de Teologia,
Green achou o facto estranho, Toflam apercebe-se da relutância do novo
companheiro e desculpa-se com o facto de ter sido a única sala disponibilizada
pelos órgãos da Universidade, visto que em milhares de alunos, nenhum mostrou
interesse em ingressar nos moldes da religião. Toflam abre a porta, esta range
como qualquer boa porta que se preze. Aliás, o rangido é digno de uma história
de terror, em que as personagens se encontram num profundo silêncio a tentar
fugir, regra geral, dum monstro que simplesmente se recusa a morrer e que ao
passar de um quarto para o outro, a maldita porta teima em chiar, fazendo com
que todos morram. O futuro Duque, lembra-se em particular, duma cena de um
filme que viu há pouco tempo e não consegue deixar de achar piada ao facto de
realmente ser verdade. Se, por obra do destino, se encontrasse a fugir ou
esconder-se de algo ou alguém, a última coisa que faria seria abrir uma porta,
pois esta, inevitavelmente, iria gemer revelando a sua posição, fazendo com que
o seu destino ficasse traçado. Jason, com uma certa dificuldade, abre a porta.
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