quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A minha história com as dietas

Volta e meia começo outra dieta. Não são propriamente dietas para perder peso. Peso 56-57 kg e não me sinto "gorda", mas como muito e muita "porcaria" (batatas fritas, queijo mal-cheiroso, hambúrgueres, pizzas, sushi à descrição...). Acho que só não engordo porque o meu trabalho é muito mexido e eu mesma não sou sedentária. Volta e meia corro, ou faça BTT, ou video-aulas do Youtube. Falta-me é disciplina nas actividades. 


Há uns três anos atrás fazia exercício pelo menos 3 vezes por semana. Sentia-me muito bem! Não só fisicamente, mas também mentalmente. Uma lesão no joelho fez com que ficasse de cama um mês. Depois disso o ritmo diminuiu e os estágios em hospitais e clínicas ajudaram à festa.


Sou esquisita com a comida. Ou deverei dizer, não como de tudo! Estagiei três dias num matadouro de porcos e bovinos, porque queria ver como aquilo era de verdade. Vi tanta carne, sangue e tripas que depois a própria carne me metia nojo. Imaginem a minha cara, quando a minha mãe me espeta com um bife de vaca gigante no prato depois do meu primeiro dia...Por esta razão (e por causa de uma aposta...) deixei de comer carne durante 6 meses. 

Ao sexto mês só pensava em frango de churrasco. Então decidi que ia voltar a comer carne, mas só de aves. Hoje em dia só não como mesmo carne de bovino e coelho. Tolero pato, embora evite, e o porco, só mesmo bacon (bacon é bacon...), alheira e presunto. Se em algum momento social for mesmo necessário, como porco, mas normalmente estou sempre na companhia de pessoas que me põem à vontade para recusar e há sempre alternativas.

Este tipo de alimentação nunca me deu problemas de défices de nutrientes. Porque, como disse, sou alta bardajona a comer! A única coisa que acontece é que fico com o colesterol e os triglicerideos altos...


As minhas tentativas de dieta resumem-se a dizer a mim mesma que não vou comer xyz e passado uma semana, ou duas encontro essa coisa e como-a a triplicar. Já experimentei a famosa dieta da cetose (aka Ágata de Roquete), segundo a qual corta-se os hidratos de carbono TODOS (incluindo toda a fruta, leite e alguns legumes). Foi a pior dieta de sempre, porque simplesmente é louca! Funciona para pessoas que tem muito peso em excesso, mas ainda assim a longo prazo não acredito que seja viável, uma vez que não se mudam hábitos, condicionam-se!

Aquilo tem não sei quantas fases e em cada uma eles vão reintroduzindo meia dúzia de alimentos que não eram permitidos inicialmente. Existe um dia por semana em que se pode comer o que se quer...para uma pessoa com falta de força de vontade dizer "um dia por semana" é terrível. No meu caso acontecia que enfardava tudo o que apanhava.


Ou seja, desisti e os dois quilitos que tinha perdido voltaram depressa e acompanhados de um extra, porque depois parecia que andava em défice de alguma coisa e comia imenso para saciar-me.  

Então...Sábado passado fui a uma festa de anos e um familiar meu tinha começado há 9 meses uma dieta nova, chamada "Paleo", ou dieta do Paleolítico. Esteve a explicar-me o conceito e achei a ideia bastante viável. Resumidamente, comemos aquilo que não é processado; de forma muito simplista, que não vem em pacotes e o mais natural possível, evitando os cereais e as leguminosas. "Vou experimentar!" disse eu, ao que a minha mãe disse logo que não ia conseguir e eu não resisto a uma boa competição...além disso o inicio da dieta iria coincidir com o início de um novo capítulo da minha vida. 

Domingo fui ao supermercado e comprei frutos secos, fruta e legumes frescos, uma bebida muito estranha para substituir o leite (de aveia, que afinal não é paleo...mas não faz mal) e agora vou no meu terceiro dia. Não houve um único momento que tivesse tido fome e fiz um bolo de chocolate de apenas dois ingredientes que ficou uma delicia. Já fui almoçar fora e consegui manter a filosofia e até agora está a correr bem... 







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