sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Eu e o meu E-reader ("friend") - 5 Vantagens

Como diria Fernando Pessoa - "Primeiro estranha-se, depois entranha-se." Com o meu E-reader foi mais ao menos o mesmo. 

Já lá vão quatro anos desde que decidi comprar o Kindle, da Amazon. No início estava hesitante, porque ainda não lia em inglês e detestava ler o português do Brasil. Não venham com tretas que é português na mesma e tal. É, mas a forma como as frases estão construídas é diferente e, volta e meia, dou por mim a ler com o sotaque de novela brasileira. Não consigo habituar-me a isso. Desculpem.

Anyway, no último ano penso que 50% das minhas leituras foram feitas no Kindle. Mais do que um aparelho electrónico, acabou por se tornar o meu companheiro de viagens. É raro sair de casa sem ele. Continuo a levar um livro "físico", quando calha de estar a ler algum, mas tenho sempre o Kindle, para quando me aborreço do que estou a ler e preciso de uma alternativa. 

Aqui ficam algumas vantagens que encontro em ter o E-Reader no dia-à-dia:

1) É leve e pequeno, o que o torna bastante portátil e pouco incomodo. 


2) Tem espaço para milhentos livros. Não é espantoso termos uma biblioteca dentro da nossa bolsa? Quase como aquelas tendas-casa do Harry Potter...




3) O ecrã não é igual ao de um tablet, ou ao de um PC, o que significa que ficamos com os olhos a arder, ou com dores de cabeça se o usarmos muito tempo.


4) Há imensos livros à pala, que arranjam muito facilmente na Internet. Quase todos os livros que li, publicados recentemente, foram lidos graças a isso. Se assim não fosse, teria que me limitar ao que existe na Biblioteca Municipal (desculpem, mas não sou rica.) Também já se começam a encontrar mais livros em português de Portugal, mas realmente quem lê em Inglês tem vantagens. 



5) Dá para ler na mesma! - Uma das coisas que me metia confusão, quando os E-readers começaram a aparecer, foi a falta do cheiro e da interacção com as páginas dos livros. Eu teimava por não querer experimentar, por ser uma traição para com o objecto "livro"! Mas agora penso que isso não interessa. Eu gosto realmente de ler. Gosto de partir para lugares distantes, com duelos de espadas, feitiços e príncipes disfarçados (sim, estou a citar a Bela de A Bela e o Monstro, versão brasileira). Não me interessa se vou através de um livro bolorento e bem-cheiroso, ou se consigo lá chegar através do ecrã do E-reader. 



Poder ler o que nos apetece é algo que tomamos por garantia. Mas isso não acontece em todas as partes do globo e sinto-me grata por poder fazê-lo em qualquer formato!
 




4 comentários:

Sara disse...

Eu costumo ler no smartphone - ainda pensei em comprar um aparelho próprio mas depois achei um desperdício, quando este dá perfeitamente. Vantagens: mais prático (especialmente para ler na rua quando não tenho um livro na mala), bastantes títulos disponíveis, intercalar com livros em papel. Desvantagens: escrever e sublinhar - impossível e eu adoro fazer isso - relação distanciada com o livro: não poder tocar, abraçar, cheirar...É algo que não pode ser substituído. O objecto livro é único. Acho que são formas de ler diferentes, mas que se podem intercalar. Em relação ao português do Brasil é habito - estranhas o primeiro mas depois mal dás conta. Especialmente se forem autores de qualidade - Jorge Amado, por exemplo, que é de dos meus autores preferidos. Aquilo é pt mas com açúcar :)

Alu disse...

Há sempre a tendência de achar que o Ereader foi criado para substituir os livros. No entanto, cada vez acho mais que quem criou o aparelho não tinha de todo esse objectivo em mente. Os livros são objectos muito fortes. Representam muita coisa, para poderem ser apagados da vida das pessoas. Agora, o Ereader veio facilitar-me a vida. Na altura em que o comprei o meu téle não dava para ler ficheiros pdf. O que tenho agora, também não é muito prático, mas sim, é um objecto muito específico, que não é extremamente necessário. Eu experimentei e gostei, mas agora penso se nao teria sido melhor investir antes num tablet. Com o Kindle estou um bocado limitada no tipo de ficheiros...

Oh pah...eu já li bastantes livros em brasileiro, mas faz-me muita confusão! Não gosto nada. O último que li foi "O Amante de Lady Chatterley" e acho que não gostei muito do livro também pela forma como "soava" em português do Brasil...Em livros mais ligeiros, como os da Saga Sangue Fresco da Charlaine Harris, também cheguei a ler alguns em brasileiro, mas cheguei à conclusão de que como era uma linguagem "simples" podia ler em inglês e foi o que fiz.

Gosto de ler os clássicos em português de Portugal, o resto prefiro o inglês ao brasileiro.

Sara disse...

Acho que depende dos leitores: há pessoal que não liga nenhuma aos livros enquanto objectos e como tal esses facilmente substituem uma coisa pela outra. Eu se pudesse tinha tudo em papel, mas como não dá leio por ali e tb não desgosto - são formas de ler que se complementam. No tablet podes ler qualquer formato, basta baixares uma app que dê para ler pdfs. A minha por acaso não dá, é só epub e mobi...Mas como tb se encontra muita coisas nesses formatos não faz diferença. Não desgosto de ler em inglês, mas se encontrar em br confesso que prefiro - preguiçosa!

Banal Girl disse...

Nem mais! Adorei :)