Pronto, Janeiro já passou e cheguei à conclusão de que tenho falhado em quase todos os objectivos a que me propus. Posso dizer que estou dentro da média nacional, e talvez internacional. Resumo do mês:
sábado, 30 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Eu e o meu E-reader ("friend") - 5 Vantagens
Como diria Fernando Pessoa - "Primeiro estranha-se, depois entranha-se." Com o meu E-reader foi mais ao menos o mesmo.
Já lá vão quatro anos desde que decidi comprar o Kindle, da Amazon. No início estava hesitante, porque ainda não lia em inglês e detestava ler o português do Brasil. Não venham com tretas que é português na mesma e tal. É, mas a forma como as frases estão construídas é diferente e, volta e meia, dou por mim a ler com o sotaque de novela brasileira. Não consigo habituar-me a isso. Desculpem.
Anyway, no último ano penso que 50% das minhas leituras foram feitas no Kindle. Mais do que um aparelho electrónico, acabou por se tornar o meu companheiro de viagens. É raro sair de casa sem ele. Continuo a levar um livro "físico", quando calha de estar a ler algum, mas tenho sempre o Kindle, para quando me aborreço do que estou a ler e preciso de uma alternativa.
Aqui ficam algumas vantagens que encontro em ter o E-Reader no dia-à-dia:
1) É leve e pequeno, o que o torna bastante portátil e pouco incomodo.
2) Tem espaço para milhentos livros. Não é espantoso termos uma biblioteca dentro da nossa bolsa? Quase como aquelas tendas-casa do Harry Potter...
3) O ecrã não é igual ao de um tablet, ou ao de um PC, o que significa que ficamos com os olhos a arder, ou com dores de cabeça se o usarmos muito tempo.
4) Há imensos livros à pala, que arranjam muito facilmente na Internet. Quase todos os livros que li, publicados recentemente, foram lidos graças a isso. Se assim não fosse, teria que me limitar ao que existe na Biblioteca Municipal (desculpem, mas não sou rica.) Também já se começam a encontrar mais livros em português de Portugal, mas realmente quem lê em Inglês tem vantagens.
5) Dá para ler na mesma! - Uma das coisas que me metia confusão, quando os E-readers começaram a aparecer, foi a falta do cheiro e da interacção com as páginas dos livros. Eu teimava por não querer experimentar, por ser uma traição para com o objecto "livro"! Mas agora penso que isso não interessa. Eu gosto realmente de ler. Gosto de partir para lugares distantes, com duelos de espadas, feitiços e príncipes disfarçados (sim, estou a citar a Bela de A Bela e o Monstro, versão brasileira). Não me interessa se vou através de um livro bolorento e bem-cheiroso, ou se consigo lá chegar através do ecrã do E-reader.
Poder ler o que nos apetece é algo que tomamos por garantia. Mas isso não acontece em todas as partes do globo e sinto-me grata por poder fazê-lo em qualquer formato!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
"Charlie e a Fábrica de Chocolate" - Roald Dahl, Quentin Black ( Ilustrador)
Há séculos que andava para ler este "Charlie e a Fábrica de Chocolate" de Roald Dahl. Já tinha visto a versão cinematográfica do Tim Burton, mas já sabem que uma boa leitora, gosta sempre de ler o livro.
Agora que ando numa fase de ler coisas pequeninas e ligeiras (não acham que os livros andam a ficar cada vez maiores?!), achei que seria o livro perfeito. Mesmo sendo um livro para crianças, sou da opinião que uma boa história não escolhe idades.
Para quem nunca ouviu falar, este pequeno livro conta a história de Charlie, um rapazinho muito pobre e humilde, que todos os dias tem de partilhar a pouca comida que tem com os seus quatro avozinhos e os seus pais. A família vive em tal desespero, que a única ocasião em que Charlie come alguma coisa que não couves cozidas, é no dia do seu aniversário. Depois de pouparem todo o ano, a família consegue oferecer-lhe uma maravilhosa e saborosa tablete de chocolate do internacionalmente famoso chocolateiro Willy Wonka.
Mas, neste aniversário, o desembrulhar da tablete de chocolate de Charlie será marcada por uma nova expectativa. Willy Wonka, que tem a sua fábrica misteriosamente fechada há anos, vai oferecer cinco bilhetes dourados, que irão permitir uma visita guiada à fábrica. Mas não é tudo! Os sortudos que encontrarem esses bilhetes escondidos nas tabletes de chocolate, receberão um camião gigante cheio de doces e guloseimas, que chegará para a vida inteira!
Nunca tinha lido nada de Roald Dahl. Cheguei até a pensar que o senhor era americano. Erro de julgamento, uma vez que ele é inglês. Acho que foi o facto desta história ser tão cheia de vida, cor e fantasia, que me fez cair nesse erro. Isso e o próprio facto de ser o J.Deep a fazer o papel de Willy Wonka, na versão do realizador Tim Burton. Não quero com isto dizer que todas as histórias para crianças de escritores ingleses são escuras e pouco alegres. No entanto, as que já li têm sempre um certo toque de snobismo britânico, que nunca passa despercebido. Imaginem os famosos lanches descritos em "Os Cinco" e todo o tom em que essa colecção era escrita, e entenderão o que quero dizer (espero eu).
Num tom de brincadeira Roald Dahl, consegue passar algumas lições importantes sobre a arte de educar crianças. Não é que eu seja expert em educar crianças, mas já fui uma e sei que ele tem razão. Para muitos pais e filhos insuportáveis de hoje em dia, este livro é uma leitura perfeita para antes de ir dormir. O problema é que acho que já não devem existir muitos pais que leiam histórias para adormecer os filhos. Deve ser mais fácil ligar o tablet, ou deixar passar a hora de ir dormir. Ainda assim, se um dia eu tiver filhos, esta estará sem dúvida na minha lista obrigatória!
Tenho também que dar os parabéns a quem editou o livro. Tem uma capa maravilhosa e achei perfeito incluírem as ilustrações originais de Quentin Black. São muito simples, mas bastante expressivas. Também achei muito interessante a inclusão de curiosidades sobre o escritor e sobre o ilustrador, numa linguagem adaptada às crianças.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
"Cão Como Nós" - Manuel Alegre
Ultimamente ando numa de ler livros que me fazem chorar, mas este fez-me chorar como uma Madalena arrependida.
Uma das minhas resoluções, para este 2016 passa por ler mais autores lusófonos. Sempre gostei do Manuel Alegre. Não estou muito por dentro das suas ideologias políticas, ou opiniões até porque o senhor tem andado fora das luzes da ribalta há já algum tempo, mas sempre me lembrou um Pai Natal fofo.
"Cão Como Nós" pareceu-me uma escolha perfeita. Era um livro pequenino, óptimo para quando se está a experimentar um novo autor. Demorei menos de uma hora a lê-lo e é espantosa a forma como algo tão curto e escrito de forma tão simples, conseguiu tocar-me no coração de uma forma impressionante. Sem grandes artifícios literários, ou descrições muito ricas, este pequeno livro é qualquer coisa de especial.
Escrito na primeira pessoa, não é mais do que uma série de peripécias e recordações, que Manuel Alegre escreve sobre o seu fiel companheiro, Kurika. Acho que quem tem, ou teve animais com quem criou uma ligação forte, consegue facilmente identificar-se e é por isso que ele livro é forte.
Recomendo, principalmente para quem ama os seus amigos de quatro patas!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
"A Vida Secreta das Abelhas" - Sue Monk Kidd
"Um romance sobre o poder
transcendente do amor e a faceta feminina de Deus. Uma história que as
mães gostarão de contar às filhas."
Esta é a descrição que aparece, quando procuramos este livro no Goodreads e está tão incompleta...
Este livro chegou às minhas mãos por mero acaso. Era Verão e andava a passear pelo velho Porto e em cada esquina havia uma feirinha. Ou de artesanato, ou de legumes e frutas biológicas (não são todos?) , ou de livros em segunda mão; em qualquer lado havia uma distracção diferente. Como é lógico, acabei por me perder no tempo, enquanto deambulava pelas banquinhas de livros usados, que, aliás, são os únicos que ainda me fazem gastar dinheiro. Foi assim que por três euros, comprei um dos livros que mais me ensinou e mais prazer me deu nos últimos meses.
Sempre adorei abelhas. Quando era criança, adorava andar atrás daqueles zangões farfalhudos e tentava tocar naqueles pelinhos tão fofinhos. Por três vezes me picaram, mas só a primeira me fez chorar, mais por surpresa do que propriamente dor. Lembro-me que a minha avó me fez meter uma uva no sitio da picadela...até hoje duvido que isso tenha tido algum efeito. O meu primeiro namorado tinha pavor de abelhas. Só por aí devia ter adivinhado que nunca daria certo entre nós. No terceiro ano da faculdade inscrevi-me numa opcional de Apicultura e lá andei no meio delas, com aquele fatinho tipo astronauta, a ver a casa delas e o fantástico produto dos deuses a que chamam "mel" Sempre me fascinou a organização daqueles seres tão pequenos e a complexidade do funcionamento de uma colmeia. Acho que foi por isso que acabei por comprar o livro.
"A Vida Secreta das Abelhas" conta a história de Lily Owens, uma jovem adolescente de catorze anos, que cresceu com a convicção de que acidentalmente havia matado a sua mãe, quando tinha quatro anos. Aquilo que recorda desse dia não é exacto e, para além das suas memórias, Lily tem apenas o relato do seu Pai, homem extremamente carrancudo, autoritário e violento, que faz a vida negra à rapariga.
No dia do seu décimo quinto aniversário a vida de Lily muda para sempre, quando uma série de acontecimentos a fazem fugir de casa na companhia de Rosaleen, a senhora negra que a criou e que havia sido presa e espancada essencialmente por causa da cor da sua pele.
Lilly decide seguir o rasto que a sua mãe deixou nas poucas recordações que possui e acaba por encontrar refúgio na casa de três irmãs apicultoras, que são a chave que irá desvendar o misterioso passado da mãe de Lily e consequentemente, o seu próprio passado.
Demorei menos de três dias a ler este livro. Simplesmente não conseguia parar de ler. Está escrito de uma forma muito simples e bonita, encerrando simultaneamente uma série de ideias sobre a vida e o mistério que ela é, que lhe conferem um encanto único. Ao longo do desenrolar da história, vamos acompanhando o próprio crescimento interior da protagonista, vamos desvendando o seu passado e vamos aprendendo a fazer algo que é muito difícil - perdoar os nossos próprios erros e falhas.
Fiquei tão embrenhada na história e no desenrolar dos acontecimentos, que este foi um dos poucos livros que me fez chorar. Para além de toda a problemática associada ao passado de Lily, temos também o racismo e a descriminação racial como tema central, que estão na origem de algumas passagens que nos revoltam profundamente.
Este é um daqueles livros que recomendo a toda a gente, pela valiosa lição que nos consegue ensinar.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Será a Pirataria assim tão má?
Num mundo onde rara é a pessoa que nunca praticou um acto de pirataria, quer fosse através do download de uma música, de um livro, de episódios de séries televisivas, ou mesmo filmes inteiros, pergunto-me até que ponto será uma coisa má.
Pergunto isto, depois de ter lido um artigo que falava da polémica em torno da posição do escritor Neil Gaiman acerca do tema. Segundo ele, o facto de as pessoas publicarem o seu trabalho de forma "ilegítima", começou por lhe causar algum incomodo. Com o passar do tempo, percebeu que o facto de as pessoas o descobrirem através do seu trabalho colocado na Internet de borla, era semelhante ao que acontecia quando alguém emprestava um livro seu a outra pessoa; a pessoa não pagava e lia o livro na mesma, à pala! Com isto ele conseguia publicidade grátis e um maior reconhecimento a nível internacional:
"Then I started to notice that two things that seemed much more
significant. One of which was that places where I was being pirated --
particularly Russia (where people were translating my stuff into Russian
and spreading it out into the world) I was selling more and more books.
People were discovering me through being pirated. And then they were
going out and buying the real books, and when a new book would come out
in Russia it would sell more and more copies."
Isto tornou-se cada vez mais evidente, quando Neil perguntou aos seus leitores se tinham um autor favorito. Perguntou depois quantas dessas pessoas tinham descoberto esse autor, por comprarem um livro na livraria. Apenas 5-10% respondeu que tinha descoberto o seu autor favorito dessa forma. As restantes tinham-no descoberto graças a livros emprestados/oferecidos.
Ou seja, a pirataria acaba por funcionar como Publicidade grátis. É óptima para quem não tem muitas posses e não pode ter acesso imediato a todas as coisas super interessantes que são criadas. Além disso acaba por "fidelizar" aqueles que gostam de investir nos escritores, realizadores, actores e artistas pelos quais se deixaram cativar, graças à pirataria. Porque quem gosta realmente, acaba sempre por adquirir algo que o ligue aquilo que descobriu de forma menos legítima.
Num mundo que se diz "modernizado" e "livre", qual é o sentido de privar, quem não pode pagar, o acesso à cultura? No fundo, ao fazermos isso, acabamos por regressar aos séculos pré-socialistas, onde só quem era rico tinha acesso ao conhecimento e à arte.
Entretanto, vão surgindo opções muito mais económicas, para fazer frente à tão temida Pirataria. Um exemplo disso é o Spotify e o mais antigo ITunes, que vieram modernizar a forma como ouvimos música. Acho que o mercado já percebeu que não vai conseguir eliminar a Pirataria. Eles tem tentado...mas os internautas tem dado a volta por cima. A solução é adaptarem-se.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Projecto "Bullet Journal" (Bujo, para os amigos)
Neste Natal alguém especial ofereceu-me um Midori (não é o original, porque esse é um roubo, mas é do género). Para quem quer saber o que isso é, cliquem no link acima ("Midori").
Vinha com cinco inserts ("acrescentos") diferentes:
- Insert de folhas lisas
- Insert com Calendário para vários meses
- Insert de folhas com linhas
- Insert para guardar cartões
- Insert "bolsinha"
Os inserts podem ser substituídos por novos, quando estão totalmente preenchidos, o que torna este "bloco de notas" completamente pessoal e único.
Não fazia ideia o que havia de fazer com ele, apesar de a vontade de o usar ser muita, até ouvir falar dos Bullet Journal.
Esta é uma nova forma de organizar as coisas na agenda, mas manter tudo personalizável e flexível. Existe um "Index", onde vamos acrescentando aquilo que vamos criando. Desde listas no meio do planeamento diário e mensal, até Ideias e desenhos, há espaço para tudo, sem se perder a organização. É verdade que perco algum tempo a criar cada página, mas confesso que me dá um certo gozo.
É um projecto que vou continuar a desenvolver ao longo deste ano e que talvez vá actualizando aqui no Baú dos Livros.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Hysteria (2011) - Tanya Wexler
Realizado por Tanya Wexler, Hysteria conta a história da invenção do primeiro vibrador, na Inglaterra vitoriana, para auxiliar os médicos no tratamento da mais comum doença entre as mulheres - a Histeria.
A Histeria não era mais do que a frustração associada a uma forte depressão sexual da mulher naquela altura, mas que por não ser "bem" dizer tal coisa, era encarada como uma doença mental sem cura. Nos casos mais graves a única solução era o internamento em manicómio e a "esterilização" da mulher.
Adorei a personagem do médico interpretado por Hugh Darcy, porque me identifiquei com as frustrações da sua profissão. Actualmente são algumas das que afectam muitos médicos veterinários mais velhos e que são um pesadelo, para quem encara a medicina veterinária de forma diferente e proactiva! (foi um pequeno aparte)
Com um elenco composto por bons nomes como Hugh Darcy (conhecido pelo seu papel na série Hannibal), Maggie Gyllenhaal e Jonathan Pryce, este foi o meu primeiro filme de 2016. Foi uma excelente escolha. Ri-me bastante, mas também não pude ficar indiferente à forma repugnante como o meu género era reprimido e descriminado. Senti-me sortuda por viver nos dias de hoje e recordei a mim mesma, que houve muita gente que lutou pelos meus direitos, hoje tidos como garantidos por muitas mulheres.
Hysteria tem um título em português dos mais parvos de sempre - "Boas Vibrações". Não está totalmente desadequado, já que fala da invenção do primeiro vibrador, em nome da ciência! No entanto, acho que ridiculariza um filme, que apesar de ser comédia, acaba por ser mais do que isso.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
"Bridget Jones's Diary" - Helen Fielding
Mais um livro que estava para ler há bastante tempo. Gosto sempre de ler primeiro o livro e só depois ver o filme, mas neste caso vi primeiro o filme. Ainda assim, existem diferenças importantes entre a versão escrita e a adaptação para o grande ecrã.
O "Diário de Bridget Jones", conta a história de uma rapariga/senhora na casa dos trinta, que vive atormentada com o facto de não ter uma relação sólida/ser casada e já estar a ficar "velha".
Bridget Jones é a personificação de muitas raparigas inseguras que por aí andam. Cheia de obsessões, desde com as calorias que ingere, com o número de cigarros que fuma, até à colecção imensa de livros de auto-ajuda. É uma personagem que no inicio nos envergonha e enerva. Ela representa a típica rapariga dependente da opinião dos outros e vítima das múltiplas influências parvas dos media, mas que acaba por nos conquistar com a sua simultânea inocência e totozice.
Uma das principais diferenças em relação à adaptação cinematográfica é o destaque que é dado aos amigos da Bridget, que como ela são todos mais ao menos solteiros e revoltados com as pessoas casadas e à própria mãe da personagem principal. Mulher super desbocada e mandona, a mãe de Bridget é o pesadelo de qualquer filha, mas que dá azo a muitas situações cómicas.
Ao ler este livro não pude evitar soltar uma gargalhada ou outra, coisa que é rara em mim. A escrita é super simples e fluída (li a versão inglesa) e apesar das múltiplas expressões da "british middle class", acabei por acompanhar bem a história.
Entretanto já li o segundo volume "The Edge of Reason" e apesar de também ser engraçado, penso que devia ter deixado passar algum tempo entre a leitura do primeiro volume. As obsessões de Jones podem começar a torna-se irritantes, depois de muito tempo partilhadas.
P.S. Não percebo como é que os ingleses bebem tanto!
domingo, 17 de janeiro de 2016
"Pride and Prejudice and Zombies" - Seth Grahame-Smith
Este livro já estava na minha "lista para ler" há imenso tempo! Talvez o facto de estar para sair o filme, tenha sido a motivação para finalmente o ler.
"Orgulho, Preconceito e Zombies", publicado em 2009, resultou num grande entusiasmo em torno do título. Depois de o ler, posso dizer que realmente de interessante, só tinha mesmo o título.
O que Seth Grahame-Smith fez foi pegar num clássico da literatura inglesa, escrito por Jane Austen, e acrescentar-lhe um contexto apocalíptico de zombies. Penso que teria sido bem sucedido, se realmente tivesse dado mais ênfase à parte dos zombies e não tanto à parte "ninja" da história. Sim, porque as irmãs Bennet são ninjas, que treinaram na China. Se eu quisesse ler um livro com ninjas, não tinha escolhido um com zombies...
Além desta coisa dos "ninjas", estava à espera de algo mais ao estilo "Walking Dead", com um drama maior ao redor da misteriosa "doença". Somos ocasionalmente brindados com pequenos episódios de acção, mas todos medíocres e sem implicações sérias na história.
Também detestei a forma como a Lizzy foi transformada numa rapariga sedenta de sangue, impulsiva e coscuvilheira. Onde está a rapariga esperta da história original?
Anyway...aquilo de que gostei mais foi do enredo, que se mantém idêntico ao original (por isso é que gostei).
Existe uma continuação para este primeiro volume de "Pride and Prejudice and Zombies", mas o primeiro não conseguiu convencer-me a continuar. Foi pena, porque achei que acrescentar Zombies a este clássico seria uma reviravolta com bastante potencial!
domingo, 10 de janeiro de 2016
Estarei deprimida?
Hoje estávamos a almoçar e veio à baila a conversa da possibilidade de cair um meteorito no planeta. O mais certo era ninguém nos avisar, para que não houvesse pânico e toda a gente continuasse a viver a sua vida calmamente.
Na eventualidade de sermos avisados, o mais lógico seria entrar num avião e permanecer no ar no momento do impacto. Caso sobrevivêssemos, o que faríamos num planeta completamente escurecido e destruído pelas mil catástrofes naturais que se seguiriam?
Enquanto toda a gente discutia, ocorreu-me perguntar: Porquê que queriam sobreviver? Quais é que seriam os vossos objectivos, os vossos sonhos? A resposta deles foi que queriam sobreviver, porque estava-lhes no instinto.
Será que estou deprimida? É que numa situação desse tipo eu acho que eventualmente acabava por me matar, ou por me deixar morrer. Acho que a única razão para que isso não acontecesse se prenderia com aqueles que me estão próximos e de quem gosto.
Acho que não conseguia viver sabendo que todos os dias seriam uma tortura física e mental. É nestas alturas que tenho a certeza de que tive muita sorte em nascer no "lado certo" do hemisfério.
Não tenho estofo mental para cenários apocalípticos.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Vencedores do Passatempo "Ano Novo, Leituras Novas"
Tenho o prazer de anunciar os quatro sortudos, que foram seleccionados através do site Rafflecopter.com, para receberem em casa um exemplar de "Meu Passo, Seus Passos" da escritora Camila Tapia e do seu pai, Avenir Passo:
Joana Braga
Sílvia Caseiro
Marcos Silva
Manuela Colaço
FELIZ 2016 e muito obrigada a todos os participantes!
Os vencedores serão contactados por email e terão 7 dias úteis para responderem com os seus dados, para envio do livro.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Playlist #12 Dezembro
E a última colectânea de 2015 é:
"Reservoir", dos Metronomy - A primeira vez que ouvi esta música foi na passagem de ano de 2014 para 2015. Quis saber qual era o nome da música, mas quis o destino que descobrisse o mistério no dia 30 de Dezembro do ano seguinte...um ano para descobrir uma música! Mas ela veio até mim.
"The Girl is Mine", dos 99 Souls - Esta é um "mash-up" de uma música das Destiny Child com Brandy. Não sou particular apreciadora quer de umas, quer de outra, mas gosto desta música. É muito boa para adicionar à playlist que uso para correr. Outra coisa que gosto é do videoclip. Está muito gira a ideia de todos andarem ao contrário e de criarem um centro de reabilitação para quem, como os protagonistas, anda para a frente. No final o casal manda todos à m**** e não se envergonha de ser diferente.
"Mrs. Potato Head", da Melanie Martinez - O que me chamou a atenção, mais do que o aspecto exótico da cantora, foi mesmo o título da música. Eu tenho um casal de batatas. Na realidade só tenho um Senhor Batata, que, graças a alguns acessórios extra, ocasionalmente muda de sexo. Mas esta música não tem nada a ver com o Toy Story. Tem até uma mensagem bastante triste.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Dezembro 2015 #VideosLOL
Resolvi criar o #VideosLOL, porque quem me conhece sabe que passo imenso tempo no Youtube. Como resultado, estou sempre a encontrar coisas extraordinariamente parvas, que me fazem muitas vezes chorar a rir, ou só sorrir.
Assim, aqui ficam os vídeos mais engraçados, com que me deparei nos últimos tempos:
Com toda a febre do Star Wars, lá ganhei coragem para ver os episódios da força com atenção. Até não desgostei! Mas realmente acho que o filme teria ganho com esta banda sonora espectacular! Apresento-vos, "Bushes of Love":
Quantas vezes é que não disseram a vocês mesmos que deviam fazer outra coisa, para além de estarem o dia todo a cuscar a vida dos outros no Facebook? Pois...
Este documentário sobre a vida selvagem nos ginásios está magnifico!
domingo, 3 de janeiro de 2016
Top 5 Melhores Livros de 2015
Nada melhor do que começar o ano de 2016 a falar de 2015
Este ano foi muito prolífico em vários aspectos da minha vida, incluindo na leitura. Agora com os estágios curriculares e a ausência de mil testes por semana, tornou-se mais facil ter tempo para mim e para aquilo que gosto de fazer nos tempos livros - ler.
Segundo o GoodReads, li 11849 páginas em 2015! Mais 3426 páginas do que no ano de 2014 e do que em todos os anos desde 2011, altura em que comecei a utilizar esta plataforma.
Superei o desafio de ler 30 livros em larga escala; li 37.
Não quero ser uma maluca dos números, por isso mesmo resolvi fazer este post e falar um bocadinho (mais) dos livros que marcaram o meu ano:
1) "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Marquez - este foi o único livro a que dei cinco estrelas neste ano que passou. É uma obra que reúne tanta coisa sobre a natureza humana e as emoções que a caracterizam, que é muito difícil ficar-lhe indiferente. Sem dúvida que é uma leitura obrigatória para os amantes de literatura de boa qualidade, principalmente para os que gostem de cultura Sul Americana e de todo o misticismo e superstição, que sempre parece estar associado. Posso dizer com certeza, que este foi o melhor livro que li em muitos meses!
2) "Expiação", de Ian McEwan - Apesar de já ter visto o filme, que é relativamente fiel à narrativa original, valeu a pena ler "Expiaçao". Gostei bastante da forma de escrever do autor e foi também dos livros que mais interesse e emoções me despertaram. Ian McEwan ficou na minha lista de autores a explorar no futuro.
3) "Rebeca", de Daphne du Maurier - Este foi a surpresa do ano. As minhas expectativas não eram elevadas e o livro estava há bastante tempo na mesinha de cabeceira, para ser lido eventualmente. Quando comecei a leitura estava convencida que sabia onde é que a história me ia conduzir, até que Daphne du Maurier fez uma magia, estilo Gillian Flynn (acho que foi mais ao contrário, considerando as datas de publicação...) e tornou "Rebeca" um dos meus livros favoritos.
4) "Black Beauty", de Anna Sewell - Este livro foi "lido" no formato "audiolivro". Foi dos primeiros que li utilizando este formato. Apesar de ser um livro para crianças, acho que não deixará ninguém indiferente, principalmente se forem amantes de animais. É uma história que aborda temas sensíveis, que tem a ver com o bem-estar animal e toda a ética associada, mas que o faz de forma bastante saudável e suave. Recomendo que leiam e que, se tiverem crianças na família, lhes ofereçam este livro, porque está construído de maneira lindíssima!
5) "O Mundo de Sofia", de Jostein Gaarder - Resolvi dar especial destaque a este livro, não porque tenha sido um dos meus preferidos, mas porque confesso que foi talvez o que mais contribuiu para a minha cultura geral. Idealmente deveria tê-lo lido, quando tinha 15 anos. Tenho a certeza que teria sido mais engraçado. Por outro lado, não sei se teria tido paciência para o acabar nessa idade. Recomendo que leiam, quanto mais não seja, para apreenderem mais sobre a história da humanidade e sobre a Filosofia!
Peço desculpa pela quantidade parva de Gif's, mas não consegui resistir!
FELIZ 2016!
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