"Não era a primeira vez que o via. De facto já o conhecia de
vista. Mas desta vez havia algo nele de diferente. Soube que era dele que
estava à espera. Todos aqueles meses de sofrimento e de angústia podiam
terminar. O rapaz do cabelo castanho, aquele que todas as noites eu imaginava
de costas para mim, sem nunca lhe ver o rosto estava à minha frente. Foi assim
que o vi a primeira vez naquela noite de Verão.
Há quem diga que, quando conhecemos alguém que vai mudar a
nossa vida, ou que vai ter um grande impacto sobre nós, sabemos. Eu soube mesmo
antes de falar com ele. Nunca fui supersticiosa, ou pessoa de seguir sinais,
mas aquela noite esteve repleta deles. Hoje, depois de vários anos, sei que a
trovoada e a chuva daquela noite quente, queriam dizer alguma coisa. Talvez
fossem um aviso."
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