Gosto muito dos livros escritos pela escritora Pearl S.Buck. Tudo o que inclua elementos da cultura oriental tem a minha atenção. Acho que é por isso mesmo que gosto tanto desta escritora.
"Morte no Castelo" acaba por fugir ao que estava habituada, com Pearl S.Buck. A história decorre no tempo do declínio da nobreza inglesa, no primeiro terço do século passado. Gira em torno de um casal de nobres, Sir Richard e Lady Mary, que se vê obrigado a vender o seu castelo a um "novo rico" americano. No entanto, este americano, não quer apenas comprar o castelo. Ele quer levá-lo, pedra a pedra, janela a janela, para o estado do Connecticut, nos Estados Unidos da América.
No meio deste drama encontra-se Kate, neta do mordomo, que vê o seu papel de criada muitas vezes confundido com o papel de filha do idoso casal nobre. Kate, revoltada com a situação dos seus amos, tudo tenta para sabotar a venda do castelo a um americano com ideias tão disparatadas. No final, os seus sentimentos acabam por trair as suas intenções.
Este foi um livro que não me cativou por aí além. Acho que, comparado com as outras obras da escritora, "Morte no Castelo" acaba por ser um livro para quem procura algo mais leve. Deve ter dado algum gozo escrever algo assim "hollywoodesco", e acho que este é um caso de atípico de "o filme é melhor que o livro" (apesar de ainda não ter visto o filme).
Outro problema com a leitura de "Morte no Castelo" é que a acção demora imenso tempo a principiar. Parece que andamos às voltas com assuntos que estão ali para "encher chouriços".
Apesar de todas estas duras palavras, é um bom livro para quem procure algo fácil de ler e carregado de clichés.