quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"O Demónio Branco" de Leo Tolstoy

Começo por afirmar que os autores russos não são dos meus preferidos. Não é que já tenha lido muita coisa deles. O último que consegui terminar foi o primeiro livro de Guerra e Paz, também de Tolstoy. Custou-me bastante e não porque não fosse interessante do ponto de vista histórico. Adoro romances de época, não me interpretem mal. Mas há certas épocas para as quais não me sinto muito inclinada...uma delas é precisamente a das guerras napoleónicas e pós-napoleónicas e pré-napoliónicas, ou seja, perinapoleónicas! 

Mas, ainda assim, dou por mim a enfrentar esta minha falta de gosto pelos romances russos, porque tenho consciência de que não os aprecio muito, porque também me falta alguma bagagem histórica relativa aquilo que foi o Império Russo. Tendo em conta que Tolstoy foi soldado, estando a Rússia sob o domínio do czar Nicolau I, que foi até bastante ridicularizado nesta obra, não deixa de ser interessante ver o seu ponto de vista do que era realmente a guerra, para os povos que por infelicidade viviam no meio destes conflitos. 

O enredo de "O Demónio Branco", centra-se na personagem de Hadji-Murat. Este homem, habitante do Cáucaso e temível guerreiro tártaro muçulmano, desiludido tanto com os Russos, imperialistas e selvagens, como com os tártaros, que o desprezaram e lhe aprisionaram a família, passa-se para o lado dos russos, na esperança de que estes, guiados pelo desejo de o terem como companheiro de batalhas, o ajudem a libertar a família. 

Este é um livro anormalmente curto para Leo Tolstoy. Descrito como sendo o seu último trabalho antes de morrer, representa fielmente o seu estilo literário e até a sua posição enquanto um dos maiores críticos da sociedade czarista da antiga Rússia. Este pequeno livro pode perfeitamente servir como "aquecimento", para os leitores que se possam sentir intimidados com a dimensão das suas obras mais conhecidas. 


 

1 comentário:

Sara disse...

Eu sou o contrário...Adoro uma boa romançada russa xD Ando sempre a tentar deitar-lhes a mão...