quarta-feira, 17 de junho de 2015

E agora?

Hoje acabei o 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária. Já está. Agora está tudo em aberto, ou quase tudo. Tenho três estágios agendados; um em pequenos animais (cão e gato); um em bovinos de leite; um "misto" na Escócia.

Aqui há uns meses atrás andava a panicar, porque não sabia o que queria fazer da minha vida. A maior parte dos nossos professores dizia-nos que tínhamos de nos especializar, de escolher uma área, um tema de tese, um futuro! Aquilo assustou-me. Não gosto de escolher. E se alguma coisa correr fora do plano/escolha? Como é que faço? O que faço? E se eu não gostar? 



Se calhar eles não tem razão. Não vou escolher. E não escolhi. Quero aprender o máximo de prática que conseguir. Esse é o único objectivo que, nesta fase da minha vida, quero atingir. A vida é tão comprida. Se eu não sei o que vou estar a fazer nos próximos meses, como é que posso escolher e saber o que vou estar a fazer exactamente daqui a 15, ou 20 anos? 

Hoje estava a ler um texto de um senhor que gosto bastante, o James Altucher. Ele escreveu assim:


É exactamente isto que se passa hoje na minha Universidade, quem sabe se nas restantes. Acredito que exista gente que realmente sabe o que quer fazer e qual a sua paixão, mas a coisa torna-se complicada quando somos curiosos. Eu sou curiosa. Gosto de experimentar fazer coisas diferentes, livros diferentes, de áreas da veterinária completamente distintas. 

A vida seria mais fácil se não fossemos curiosos, mas também acho que seria muito mais limitada. 

3 comentários:

Cátia Frade disse...

E sabes...mesmo para os que sabem bem o que querem, de repente a vida muda, as oportunidades aparecem, descobrem outra (e outra!) paixão. E tudo muda. O tempo para pensar, experiência para escolher e maturidade (não pessoal, mas relativa à questão) para decidir são essenciais. :)

Alu disse...

Exactamente! Se calhar alguns profs pensam assim pk são professores universitários...Estão seguros, ganham bem...para quê ver outras oportunidades?

Ângela disse...

Cada vez mais, a área de formação inicial não tem nada a ver com a área em que trabalham. Sei de tantos e tantos exemplos de pessoas próximas que trabalham em coisas que não têm nada a ver. O melhor é ter o mais número de experiências em tudo!