O blog Baú dos Livros, estará inactido no período de 23 a 30 de Julho, por motivo de férias :D
Aproveitarei para pôr a leitura em dia.
Até breve!
Esta obra, de Eça de Queirós, foi publicada pela primeira vez em folhetim, no Diário do Reino, em 1880. “O Mandarim” decorre num cenário exótico, o Oriente, que serve de pano de fundo à história de Teodoro. Este homem era um simples trabalhador do Ministério do Reino que, embora tivesse uma vida modesta, não passa grandes privações. No entanto, sonhava com o luxo do mundo dos ricos. Um dia, aliciado pelo Diabo, Teodoro faz uma campainha tilintar. Esta campainha irá concretizar o seu sonho de obter uma imensa fortuna. Contudo, nem tudo é um mar de rosas, pois é dito a Teodoro que se tocar a campainha um rico Mandarim do império chinês cairá morto.
F. Scott Fitzgerald é um escritor que eu posso dizer que aprecio muito. Autor de romances e também de “short stories”, fazia parte da chamada “Geração Perdida”, nome usado para classificar um grupo de celebridades literárias americanas que viveram em Paris, e noutras partes da Europa, no período de tempo correspondente ao fim da Primeira Guerra Mundial, no começo da Grande Depressão. As suas obras estão repletas de personagens tipo, que caracterizaram a época dos anos 20, isto é, ricas, atraentes, materialistas e, na maior parte das vezes, com uma boa vida que acaba por lhes escapar, tornando-as personagens desesperadas, arruinadas e viciadas em bebidas alcoólicas.
“ Na outra Margem, entre as Árvores “, foi a primeira obra que li do famoso nobel da literatura Ernest Hemingway. A história gira em torno de um coronel americano que passa os últimos dias da sua vida em Veneza. O coronel vai se recordando de vários episódios da segunda Grande Guerra, onde esteve presente, divagando sobre tudo o que viveu e que poderia ter vivido de forma diferente.
Esta obra, apesar de não ser muito extensa, é bastante complexa. Foi publicada em 1947, e conta a história de uma cidade, de nome Orão, na Argélia, flagelada por uma epidemia de peste que leva ao isolamento da sua população. “A Peste” é uma obra, que, embora de forma subtil, está profundamente relacionada com a época em que foi escrita e com a vida do escritor. Um desses paralelismos é detectado pela análise da vida de Camus que, em Janeiro de 1942, se dirige de Orão para Paris, mas com a chegada dos aliados à África do Norte, em Novembro de 1942, fica separado durante mais de dois anos da sua mulher, da sua família e da sua terra natal. Esta experiência encontra semelhanças com o que sucede com a personagem “Rieux”. Outro exemplo de similaridade existente entre esta obra e o seu autor, existe na personagem “Grand” que busca a perfeição na sua escrita. O próprio “estado de espírito” da cidade em tempo de peste, pode ser comparado com o de uma cidade ocupada por invasores, como ocorreu com a ocupação de Paris pelos nazis. O que é também incrível nesta obra é a capacidade que Albert Camus teve, para manter uma relação com a realidade, mas sem que esta se torna-se no argumento de “A Peste”.