Uau! Um post sobre livros, num blog de livros, onde ultimamente se tem falado de tudo
menos de livros... Finalmente, dizem vocês.
Sim - finalmente! - é também a palavra que escolho para iniciar este post. Venho arrastando (isto soa muito português do Brasil...) a leitura dos Cadernos de Lanzarote há meses. Mais precisamente, desde Março de 2019.
Antes de expressar a minha opinião sobre os livros, é importante dizer que Saramago é um dos meus escritores preferidos. Em 2018 visitei A Casa, em Lanzarote, e foi um momento de emoção. Nessa visita comprei dois livros do autor - A Jangada de Pedra e o primeiro volume do Cadernos de Lanzarote. Tinham como bónus o carimbo oficial d' A Casa de Saramago, por terem sido comprados lá. Achei que seriam uma recordação duradoura.
Embora A Jangada de Pedra ainda esteja por ler, em Março de 2019, decidi começar a explorar os Cadernos. Estes não são mais do que uma espécie de diário, ou se preferirem algo menos narcisista (palavras de Saramago, não minhas), um conjunto de crónicas do dia-à-dia do escritor, compiladas em 5 volumes que compreendem os anos de 1993-1998.
Apesar da evolução lenta da leitura, foram dois livros de que gostei. Não pude deixar de reparar que apesar de uma origem humilde, o escritor cultivou gostos bastante eclécticos, como é o caso da ópera, referência frequente nestes cadernos.
As passagens de que mais gostei, para além das críticas mordazes ao modo que Portugal estava a ser comandado, referem-se às coisas simples da vida. A chegada de Pepe, o cão de Saramago e Pilar, as visitas e passeios que faziam com os amigos, etc.
Para quem gosta de Saramago, os Cadernos são uma estreita, ainda que fascinante janela, para a sua mente. Recomendo para qualquer fã, ou mesmo para aqueles que simplesmente querem compreender melhor o homem.
Para quem gosta de Saramago, os Cadernos são uma estreita, ainda que fascinante janela, para a sua mente. Recomendo para qualquer fã, ou mesmo para aqueles que simplesmente querem compreender melhor o homem.
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