Vivemos num mundo completamente capitalizado. "Grande novidade!", dizem vocês. No entanto, na minha inocência, ainda consigo ficar chocada por certas coisas que encontro por essas livrarias fora...
Não é novidade que os livros na Tugalândia são extraordinariamente caros, e não me venham com a treta dos direitos de autor e do trabalho do tradutor, blahblah wiskas saquetas... Os livros são caros e essa é mais uma razão, para que a quantidade de pessoas que lê seja mínima. Eu mesma, raramente compro livros e, no entanto, escrevo num blog sobre os mesmos.
Já muitas teclas se gastaram por essa internet fora, acerca deste tópico, mas não posso deixar de me indignar com o simples facto de os ebooks terem um preço ainda mais ridículo, que o próprio livro físico. Pessoas que compram ebooks - acordem para a vida e boicotem essa merda (pardon my français)! Como é que podem achar decente um livro "imaginário" custar 6-10 euros?!
E livrarias, vocês não acham que facturavam mais e perdiam menos potenciais clientes para a pirataria, se cobrassem preços decentes, tipo 2-5 euros, por esse tipo de artigo não físico? Acordem! Parem de se queixar das dificuldades da industria livreira e tentem dar a volta com soluções alternativas viáveis!
Sem mais a deitar cá para fora, passem bem!
5 comentários:
Aqui há uns tempos ouvi o programa "prova oral" da antena 3, com o Alvim, sobre livros e publicações e assim e disseram coisas muito interessantes. Se quiseres podes ouvir em podcast. Era com a Rita Canas Mendes, que publicou o livro "Como publicar o seu livro". Não estou a defender ninguém, e eu própria não compro livros nenhuns, mas tenho uma pequena empresa (de animação) e muitas vezes as pessoas não pensam nas muitas despesas que se tem. As pessoas só querem ganhar mais (e quem não quer?) mas às vezes é preciso ir ver as despesas fixas que se tem, e ver daí quanto sobra. Pronto, era mais ou menos isto que eu queria dizer. :-)
Aqui há uns tempos ouvi o programa "prova oral" da antena 3, com o Alvim, sobre livros e publicações e assim e disseram coisas muito interessantes. Se quiseres podes ouvir em podcast. Era com a Rita Canas Mendes, que publicou o livro "Como publicar o seu livro". Não estou a defender ninguém, e eu própria não compro livros nenhuns, mas tenho uma pequena empresa (de animação) e muitas vezes as pessoas não pensam nas muitas despesas que se tem. As pessoas só querem ganhar mais (e quem não quer?) mas às vezes é preciso ir ver as despesas fixas que se tem, e ver daí quanto sobra. Pronto, era mais ou menos isto que eu queria dizer. :-)
Claro que não vamos dar nada a ninguém, nem ninguém gosta de trabalhar de borla, mas especificamente no caso dos livros não há justificação. Vais ao Reino Unido, ou a França, ou a outros países da UE e os preços dos livros são muito mais baratos! Como se justifica isso? É por haver mais gente? Talvez, mas ainda assim, se o mercado livreiro português se queixa de que está a vender cada vez menos, nao me parece que continuar com preços super altos, ou mesmo mais altos, vá melhorar a situação. É preciso incutir o gosto pela leitura nas crianças! É preciso estimular os pais a ver um livro como algo que não é um luxo, mas sim algo acessível. E Ebooks a 6 euros? Estamos a falar de algo que não é material, que não gasta nada (para além da transição para ficheiro digital)! Algo que tanto é, como não é!
Em Portugal, infelizmente, as pessoas são todas tesas. Mesmo quando não são. Esta coisa da crise já anda cá há tanto tempo, que até quem não é pobre se queixa por hábito. E isso é péssimo para todos os negócios, principalmente serviços como o da tua empresa...tenho esperança de que com este discurso mais positivo que temos vindo a receber, quer do PM, quer do PR, as pessoas comecem a tornar-se mais POSITIVAS e a valorizar certos serviços, que até agora estavam um bocado em segundo plano.
Não acho que o preço dos livros seja a principal razão dos hábitos de leitura fracos: tens bibliotecas onde são gratuitos, tens n promoções com os livros a metade do preço, tens os livros em segunda mão - até a um euro encontras. Antes de os pais verem os livros como algo acessível, têm de os ver como coisas úteis o que não acontece. Os preços têm mais influencia em quem é leitor regular. Se fores às praias agr só vês Rodrigues dos Santos, e esses custam vinte euros ou mais...Mas a maior parte das pessoas não lê fora desta época. É um problema de mentalidade...Estamos a falar de um país que há cinquenta anos tinha taxas de analfabetismo gigantescas - isso é algo que não se resolve facilmente. Em relação às dificuldades da industria dos livros, isso é para os pequenos - não têm como competir com as grandes cadeias. É a sina de todo o comércio tradicional.
Talvez tenhas razão, mas sinceramente não vejo as editoras a apostarem em cativar os pais e os respectivos putos...se me perguntares como é que podem fazer isso, o certo é que também não te sei dizer...mas certamente que o preço do artigo também não ajuda. E sim, tens as promoções e a redução de preço, mas quando o livro já é tido como artigo "de luxo" deixa de ser uma opção primária quando, por exemplo, precisas de um presente para alguém e não queres gastar muito. Ou tens uma ideia muito precisa de um livro que sabes que aquela pessoa vai gostar, ou preferes investir a mesma quantidade de dinheiro noutra coisa "melhor".
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