Devia deixar de perder tempo a ler livros classificados como literatura YA. Primeiro porque acho que se calhar já não faço parte da faixa etária, e segundo porque me desiludem sempre, ou quase sempre.
O que me levou a ler este primeiro volume da saga "Instrumentos Mortais", foi o trailer no cinema e todo o falatório na Internet acerca da saga. Devia ter ignorado tudo isto e continuado na minha tentativa, extremamente aborrecida, em acabar de ler "O Ano da Morte de Ricardo Reis" de Saramago. Mas não o fiz e, como é tarde para chorar sobre o leite derramado, aqui fica o meu testemunho sobre este "Cidade dos Ossos" - um cliché.
A história é narrada na terceira pessoa, coisa que normalmente resulta mal, quando não existe conteúdo q.b. Ultrapassado este problema, seguimos para a análise da história, toda ela previsível e não muito empolgante.
Clary, abreviatura de Clarissa Fray (Uuuh! O nome da protagonista tem as mesmas letras que o da escritora!) é uma jovem adolescente de quinze anos, que nunca encontrou o seu lugar, junto dos outros indivíduos da mesma idade (OMG! Problema universal dos adolescentes!). Um dia descobre que vê coisas que mais nenhum mortal é capaz de ver - demónios, vampiros, lobisomens (seres não humanos no geral) e os Shadowhunters! Este últimos são tipos dotados de tatuagens mágicas, as runas, que lhes permitem ter poderes que os simples mortais não tem e eliminar os demónios que habitam o nosso planeta. Resumindo, são uma espécie de anjos caídos.
Mas porquê que Clary consegue vê-los? Porque também ela tem sangue de Caçador de Sombras! Juntamente com Jace, o herói bonzão e macho, e Simon, o seu melhor amigo, com uma paixão secreta por ela, Clary vai tentar salvar a mãe, que foi raptada pelos vilões.
Baka baka baka, revelações previsíveis, baka baka baka fim. Esperem pelo próximo episódio.
Acredito que muita gente vá gostar deste livro, porque é um cliché de YA típico, com todos os elementos chave: uma rapariguinha com baixa auto-estima, um tipo jeitoso e o amigo desajeitado e apaixonado. A rapariguinha descobre que afinal vale mais do que aquilo que supunha e torna-se numa lutadora. Enfim, um enredo que já encontrei em muitos outros livros do género e que por isso não trás nada de novo.
3 comentários:
Optimo livro!
Not really...
Eu gostei do livro mas não aconselho o filme
Enviar um comentário