domingo, 30 de dezembro de 2012

"Anna Karenina", Joe Wright

Não sei o que se passa este ano com a "silly season" natalícia, que de "silly" parece não ter nada. Se a minha memória não me falha, acho que nunca houve uma época de Natal com tantos filmes nas salas de cinema que gostasse de ver.

Esta semana cometi uma loucura e fui ver o tão aguardado "Hobbit", do Peter Jackson (do qual falarei mais tarde) e o "Anna Karenina" do realizador Joe Wright. Se fosse rica ainda arriscava ir ver "A vida de Pi" e o "Cloud Atlas", também baseados em livros. 

Porquê o Anna Karenina? Curiosidade. Ainda não li este clássico do russo Tolstoy e, quem me conhece, sabe que raramente vejo o filme antes de ler o livro. No entanto, não era uma leitura que se fizesse de um dia para o outro e por isso arrisquei. 

Estava à espera de algo diferente. Algo mais banal, do tipo "Orgulho e Preconceito", também realizado por Joe Wright; mas conseguiu surpreender-me. Todo o filme foi realizado como se de uma peça de teatro se tratasse. As cenas misturavam-se umas com as outras, à medida que iam sendo subtilmente trocados os cenários. No início estranhei e cheguei inclusive a temer que de um musical se tratasse, mas rapidamente vi que não havia motivos para alarme. 

Gostei da caracterização das personagens. Achei que o simbolismo da cor do vestido da personagem principal excelente; primeiro de cor escura e, no seu momento de maior destaque e vergonha, de cor branca, pura. Embora, de pura Anna Karenina já nada tivesse. 

Quanto ao enredo, tratando-se de uma história que tinha por base um romance russo, já estava à espera de algo extremamente dramático e por isso o final não foi uma surpresa. 
A única coisa que não gostei muito foi da excessividade de dramatismo das personagens. No entanto, de uma estranha forma, acabou por se encaixar bem no aspecto final do filme/peça de teatro. 

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I don't know what is happening this year with the "silly season" holiday, that of "silly" seems to have nothing. If my memory serves me correctly, I think there has never been a Christmas time with so many movies in theaters that I would like to watch.

This week I made the craziness of going to watch the awaited "Hobbit", by Peter Jackson (of which I will speak later) and "Anna Karenina", by director Joe Wright. If I were rich I would still risk to go see " The Life of Pi" and "Cloud Atlas", also based on books.

Why Anna Karenina? Curiosity. I haven't read this russian classic, by Tolstoyand, who knows me, knows that I rarely see the movie before reading the book. However, this was one reading not to be done from one day to the other and therefore I took the risk.

I was expecting something different. Something more mainstream, like "Pride and Prejudice", also directed by Joe Wright, but this movie managed to surprise me. The entire film was performed as a play. The scenes mingled with each other, as the scenarios were being subtly changed. Initially i though of it as being odd and I even came to fear that it was a musical, but I quickly saw that there was no reason for alarm.

I liked the characterization of the characters. I thought the symbolism of the color of the dress from main character
excellent, first of dark color, and in her moment of greatest prominence and shame, white, pure. Although pure was all that Anna Karenina wasn't.

As for the plot, in the case of a story that was based on a Russian novel, I was already waiting for something extremely dramatic and so the ending wasn't a surprise.

The only thing I didn't like was the excessiveness of drama in the way the actors acted. However, in a strange way, it turned out to fit well in the final look of the film / play.

3 comentários:

nel disse...

Ainda não fui ver mas sou super hiper mega fan da Keira e adoro tudo o que ela faz por isso de certeza que vou gostar!

Alu disse...

Então vais adorar! Eu gostei muito da actuação dela. Também sou fã.
Dela e da "irmã gêmea", a Natalie Portman.

ikujghn disse...

Ola !

Adoro o seu blog :)
E gostaria que visitasse o meu site:
http://cludiaa02.wix.com/alugue-um-livro

Obrigada