sábado, 17 de novembro de 2012

Dia Estranho - Parte II/ Strange Day - Part II



Tínhamos de chegar aos Hospital o mais rápido possível e felizmente conseguimos boleia de um professor da universidade. A gata continuava a vocalizar. Era bom sinal. 

Chegadas ao hospital corremos para a recepção onde nos disseram que para consulta aquela hora (9h da manhã) seriam cinquenta euros. Se não podíamos pagar era melhor pensarmos bem antes de solicitarmos ajuda médica. “Não podemos deixar a gatinha a sofrer! Ao menos que tenha direito a uma morte rápida!”. Pensamos e fizemos as contas ao dinheiro que o nosso projecto do “Artes Mião” tinha. Não chegava. E não havia garantia de que se gastássemos todo o dinheiro a gata sobrevivesse. Iríamos gastar todo o dinheiro que se destinava a alimentar duzentos animais para salvar apenas um. 

Estávamos numa posição complicada até que nos lembramos de um amigo que estava ligado a uma associação de ajuda a animais, a PlataformaProAnimal. Em menos de quinze minutos a gatinha estava a ser transportada para o Hospital Veterinário de Trás-os-Montes.

Depois deste início de dia atribulado voltamos à nossa normalidade durante alguns momentos, sempre pensando se a gata estaria viva, se tínhamos conseguido ajudá-la. 

Finalmente o telemóvel tocou. Eram notícias da gata. Ela estava em estado de choque e estavam a tentar regularizar a situação. Podíamos ir visitá-la de tarde e, se não fosse grande incomodo, dar uma entrevista para a TVI a propósito deste caso, mais um na cidade que foi palco da desumanidade que foi feita ao "Sparky".

Aquele que começou como um dia completamente normal, estava a tornar-se em algo completamente inesperado e ainda nem eram 11h da manhã! Nesse momento pensei como pequenas coisas podem fazer uma grande diferença, não só para nós mesmos, mas também para os outros. Se não tivéssemos apanhado a gatinha ela não teria uma hipótese de lutar pela vida, nem se quer teríamos a hipótese de contar a sua história ao país (mais uma, entre milhões). Nesse dia tudo pareceu interligado, como se não tivesse acontecido por acaso!

Continua... 





We had to get to hospital as quickly as possible and fortunately we maneged to get a ride from a university professor. The cat continued to vocalize. It was a good sign.
We arrived at the hospital and rushed to the reception where we were told that to be assisted at that hour (9 am) we would have to pay fifty euros. If we couldn't pay it was better for us to think well before we ask for medical help. "We can't let the cat suffering! At least this animal is entitled to a quick and not painfull death. " We did the math and the money that our project "Artes Miao" had wasnt enought. Besides that, there was no guarantee that if we spent all the money the kitten would survive. We would spend all the money that was meant to feed two hundred animals to save only one.
We were in a difficult position until we remembered we had a friend who was linked to an association that helped animals, The PlataformaProAnimal. In less than fifteen minutes the kitten was being transported to the Veterinary Hospital of Tras-os-Montes.
After this early troubled day we returned to our normal life for a few moments, always wondering if the kitten was going to live or die.
 Finally the phone rang. News about the kitten! She was in shock and they were trying to stabilize the situation. We could go visit her in the afternoon, and if it wasn't a big deal, they asked us if we could give an interview to TVI (portuguese national television) concerning this case, another one in the city that was the stage of the inhumanity that was made to "Sparky", the dog.
What started as a completely normal day, was turning into something completely unexpected and the clock didn't even mark 11 am! At that moment I thought how little things can make a big difference, not only for ourselves but also for others. If we had not caught the kitten she wouln't have the chance to fight for her life, or we wouldn't have the chance to tell her story to the country (one more among millions).
That day everything seemed interconnected, as if it hadn't happened by chance!

To be continued...

 

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