Olhando para a estante do escritório, não sabia muito bem o
que escolher. Tinha a colecção dos prémios Nobel, publicada há uns anos pelo
Diário de Notícias, por ler. Como andava com um estranho fascínio pelo mundo
Oriental saltou à vista o “Histórias Maravilhosas do Oriente” de Pearl S.Buck. “É
este”, pensei. Li e adorei. Trata-se de um conjunto de contos tradicionais
orientais, provenientes não apenas de países como a China, mas também da
Rússia, da Turquia e até mesmo da Índia. Com uma linguagem moderna e adaptada,
de fácil leitura, deixou-me curiosa: quem é Pearl S. Buck e que mais há para
ler?
Calcei os sapatos, peguei na mochila e segui para a
biblioteca mais próxima. Segundo corredor à esquerda e estou na secção de
literatura estrangeira. “Letra B, letra B, letra B. Buck!” Pego no primeiro que
vejo: “A Flor Oculta”.
Em “A Flor Oculta” a escritora brinda-nos com a história de
amor proibido. Proibido pelo preconceito racial, existente na época, e
impossível pelo choque cultural existente entre Josui, uma jovem japonesa de
boa reputação, e Allen Kennedy, americano em serviço militar no Japão
pós-Segunda Guerra Mundial.
Uma história que demonstra a realidade do amor e de como ele
nem sempre basta.
“Sim, amava Allen, mas era um sentimento morto. Amá-lo-ia sempre, mas sem esperança. Não deviam ter-se conhecido. Tinham nascido longe um do outro, e deviam ter vivido e morrido em partes opostas do mundo. Não tinham sido feitos um para o outro, mas haviam desobedecido às leis eternas dos deuses. Josui nunca sentia revolta e quase nunca era invadida pelo desespero. Sentia, apenas, uma tristeza tão profunda como a sua vida.”
5 comentários:
Também já li esse livro... É mto bom, eu tenho uma versão velhinha velhinha...
Curiosamente comecei a ler este livro ontem =)
Lol! Obg pelas visitas!
Eu gostei muito! Hoje comecei o "Terra Bendita" e também estou a gostar bastante. A cultura oriental é tão curiosa...^^
Boas Leituras!
Faz lembrar um pouco a história de Madame Butterfly... É, de facto, uma narrativa fantástica. Tenho de ler.
:)
Cumprimentos,
Liane Silva (Pardieiro da Tojeira).
Sim, gostei principalmente pelo retrato que faz do preconceito pós-guerra. Tanto dos japoneses para com os americanos, como vice-versa.
Cumps! :)
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