"Allegiant", ou Convergente, em português, é o terceiro e último livro da trilogia que principiou com o volume Divergente, da escritora Veronica Roth.
Com o final do segundo livro é revelado o segredo que Jeanine Matthews, lider dos Eruditos, tentava esconder de toda a gente - a existência de um mundo para além daquele que estava dividido em facções; um mundo onde ser Divergente era algo positivo e até crucial para salvar um planeta em decadência.
A partir daqui a autora poderia ter feito qualquer coisa! Podia ter lançado os nosso heróis numa aventura maluca por terras misteriosas e desconhecidas, bem ao estilo "Walking Dead", em que tudo o que nos era familiar já não exista; podia tê-los colocado à prova, num mundo subdsenvolvido, com falta de recursos; podia até fazê-los lutar contra aliens, ou um povo extremamente selvagem e maléfico...Mas...não, Roth optou pelo prevísivel e aborrecido - um mundo onde as facções não passavam do palco para uma série de experiências sociais e eticamente questionáveis.
A autora quis tentar fazer o leitor reflectir sobre "A natureza humana não é perfeita", e talvez consiga surpreender o típico adolescente, habitante exclusivo do Facebook; talvez tenha conseguido fazê-lo pensar pela primeira vez nisso, mas não a mim. Se calhar estou velha demais para este tipo de livros. A verdade é que já vi essa temática em muitos outros livros, abordado de forma muito mais adulta, séria e surpreendente. Eu só queria ter visto neste final de trilogia "menos paleio e mais acção"! Em vez disso vi um "vamos tentar dar um significado hipster a esta saga".
Apesar da lentidão no desenvolvimento da narrativa, houve uma coisa de que gostei e que achei que devia ter surgido mais cedo - os capítulos alternados entre a Tris e o Tobias. Se tivesse sido começado no segundo livro, o final teria sido menos previsivel.
Confesso que gostei bastante do primeiro volume da trilogia; o segundo teve um final que me suspreendeu; o terceiro desiludiu-me completamente.