quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Terna é a Noite" - F.Scott Fitzgerald

Já li o "The Great Gatsby" há um par de anos atrás. Na altura gostei, mas sinceramente não me lembro da história. Fui rever a minha review. Fraquinha. Não gosto de pensar em mim mesma como mentalmente limitada, mas reconheço, que um par de anos dão-nos uma perspectiva diferente das coisas e, consequentemente, dos livros. "The Great Gatsby" é considerada a obra-prima de Fitzgerald e acredito que haja uma razão, que apesar de tudo, em 2010, não descobri.

Em "Terna é a Noite", Fitzgerald dá-nos a conhecer um jovem casal apaixonado, rico, belo, ou seja, aparentemente perfeito - os Diver. 
A narrativa começa no início dos anos vinte, com a chegada de uma jovem estrela de cinema americana, Rosemary Hoyt, e da sua mãe, a um hotel na Riviera Francesa. Imediatamente Rosemary desenvolve um forte fascínio pelo casal Diver, em especial por Dick Diver, por quem se apaixona à primeira vista.

Mas Rosemary é apenas uma personagem secundária neste enredo que trará mais revelações do que aquilo que aparenta. O início da sua interacção com este casal, aparentemente aquém de qualquer maledicência, corresponde ao início da revelação de quem realmente são os Diver e de como o seu casamento está mais perto do final, do que aquilo que parece a Rosemary. 

Gostei bastante desta obra, mais até do que da obra-prima do escritor (talvez pelo facto idade, referido em cima). Acho que é mais do que uma história sobre um casal. É o retrato realista daquilo que acontece a inúmeros casais nos nossos dias; o simples fim de um grande amor. Uma história com a qual qualquer um se pode identificar. Nela é nos mostrado o que leva uma história a acabar assim: é o acumular de muitas pequenas coisas; de "feridas" que causamos ao outro e que por mais que tentemos nunca podemos curar:

 

 

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