segunda-feira, 22 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Eu e os Cemitérios
Eu e os cemitérios temos uma
relação especial. Gosto de os visitar, não porque pertenço a um culto satânico
ou gosto de sentir as apófises ósseas debaixo dos pés, mas sim porque sinto uma
curiosidade quase macabra sobre as histórias que ele encerra. Quem eram aquelas
pessoas; quem as amava; será que alguém ainda as visita; o que gostavam de
fazer; será que preferiam duas ou só uma colher de açúcar no café; será que
bebiam café; dou comigo a pensar nisto, enquanto caminho pelos corredores
estreitos.
Já tive a sorte de poder ver
vários tipos de cemitérios: o de Barcelona assemelha-se a um muro gigantesco de
galerias escavadas, onde estão depositados os restos de centenas de pessoas; o de
Rabat, em Marrocos, é uma salgalhada de jazidos, cada um com o seu símbolo,
organizados de uma forma completamente desorganizada; em Portugal parece haver
uma competição por quem tem o jazido mais vistoso. Já me ocorreu que o aspecto
de cada um destes cemitérios reflectia a essência de cada povo, pois o modo
como cada um lida com a morte, reflecte-se na forma como vivem a vida. Enquanto
a vida dos marroquinos me pareceu inserida num caos organizado, a nossa vida,
em Portugal, baseia-se muito no aspecto e não tanto na simplicidade que notei
no cemitério de Barcelona, ainda que um pouco artística.
Hoje, quando passeava a I., resolvi
entrar no cemitério da minha cidade universitária, Vila Real. À primeira vista
é um típico cemitério português. Os típicos mausoléus espampanantes, os
mármores dos jazigos com as típicas inscrições, e as fotografias gastas estavam
lá. Notei que havia um, cujo individuo que o habitava, tinha nascido em 1816. Lembro-me
de ter pensado: “Uau! Mas há quanto tempo existe este sítio?”
Contornei uma Igreja de São Dinis
(no interior do cemitério) e fui dar de caras com um cemitério muito pouco “português”.
Era um relvado salpicado com escassas lápides, algumas delas tão antigas, que
era impossível decifrar o que lá havia sido inscrito. Para além das visões, típica
de filme americano, havia pássaros e borboletas por todo o lugar. Como é quem
em quatro anos nunca me tinha apercebido de tão bom local para ler e estudar
sossegada?!
Apesar da morbidez do local, não
pude deixar de pensar, como a beleza pode ser encontrada mesmo em locais com
significados tão tristes.
domingo, 14 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Parem de ser Emos!
Não costumo falar de assuntos muito pessoais aqui. Mas ás vezes há uma necessidade de expressar certas opiniões e de saber se somos só nós que achamos isso, ou se na realidade não estamos sozinhos.
Quando acabo um relacionamento, coisa que não costumo andar por aí a fazer, tenho um padrão. Custa-me muito no principio, mas depois toda a situação se torna ridícula e sou forçada a dar um passo em frente e a reorganizar a minha pessoa. Sou influenciável, e muitas foram as vezes em que me repreendi por isso. Sou muito dura comigo mesma. Exijo a perfeição; mas acabei por aprender, que toda a gente é influenciável.
Quando passámos muito tempo com determinada pessoa, começamos a usar expressões que elas usam, a adquirir novos gostos semelhantes aos dela, ou a ver as coisas de um prisma diferente do habitual; absorvemos um bocado daquilo que essa pessoa é e integrámo-los em nós mesmos.
Achava que quando diziam "não deves andar com pessoas negativas", estavam a inventar, mas realmente a negatividade, a vitimização, o ódio e todas as coisas más, são fáceis de se transmitir, quase que por osmolaridade. É como quando lemos um livro de um autor mais depressivo: acabamos por nos sentir menos felizes e essa infelicidade acaba por nos impregnar.
Por isso parem com as merdas. Parem de se fazer de vítimas. Parem de ser Emos!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
Passatempo "Sangue Fresco" - Vencedor
E o vencedor sorteado foi:
Muitos Parabéns! Entrarei em contacto brevemente, fique atenta à caixa de correio electrónica. No caso de não responder num prazo de um mês, realizarei novo sorteio.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
O Adiar de um Final
Existem actualmente no mercado mundial demasiadas sequelas literárias; demasiadas sagas "wannabe". Mas porquê? Será que os escritores de agora são incapazes de escrever algo que tenha a duração de apenas um livro? Serão bons demais para isso, ou será por serem fracos demais?
Há sagas que são boas, como a do famoso feiticeiro, "Harry Potter, ou as "Crónicas do Gelo e do Fogo". Inspiram a leitura continuada, mas tem qualidade, principalmente pela sua originalidade e carácter próprio. No entanto, este talento para criar trilogias, tetralogias, hexalogias, etc etc, não assiste a todo o escritor. Existem no mercado muitas "sagas" que são cópias disfarçadas de outras obras precedentes. Na minha opinião elas só conseguem satisfazer o leitor que procura a repetição da experiência inicial; da saga original. Infelizmente é uma procura que acaba, na maior parte dos casos, frustrada.
Outro problema das sagas, de todas elas, é a sobrevalorização do final. Quanto mais tempo o leitor espera pelo final, maiores serão as expectativas e a probabilidade de falhar. Temos o exemplo das aventuras de Eragon; depois de esperar quase quatro anos, o entusiasmo pelo final quase desapareceu e acabou por ser uma desilusão.
Uma solução para sagas que não tem muito que se lhe diga é utilizar o método de Charlaine Harris: cada livro tem o seu próprio final, com o continuar de alguns mistérios. Permite continuar a saga, mas ir satisfazendo os leitores de forma gradual, aliviando a pressão de um final verdadeiramente épico!
quarta-feira, 3 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Feira da Isabelinha 2013
Ontem foi assim:
"I’m doing it for music,
I’m doing it for love,
I’m doing it for everyone around me"
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