domingo, 21 de fevereiro de 2021

Passatempo - Instagram Intermitências d'Alu

Com a pandemia, uma das coisas que tenho sentido, é que os dias se tornam quase indistinguíveis. Saio de casa por volta das 9:30h, para ir para o trabalho e regresso por volta das 20:30h, 5 dias da semana. A vida na clínica é normalmente louca: animais para procedimentos de rotina, animais para primeira consulta, animais doentes, animais para cirurgia, telefones a tocar, recados e fichas para fazer/preencher, dúvidas para esclarecer e pelo meio, a oportunidade de meter qualquer coisa à boca. 

Para registar os momentos mais felizes desta sucessão de acontecimentos, comecei a utilizar mais o meu telemóvel como maquina fotográfica. Vou usando o Instagram como um diário de bordo. Ajuda-me a manter a motivação e a felicidade nas pequenas coisas do meu dia à dia. 

Por essa razão, o tempo que tenho passado aqui no Blog tornou-se muito menor. No entanto, e na sequência de um grande "destralhamento", decidi sortear na minha página de Instagram (@intermitenciasdalu), dois livros da escritora Ana Arroz! (Brincadeira...) Os livros da escritora Anne Rice: 



- Vittorio, O Vampiro 

- Sangue e Ouro


Este passatempo decorre até às 00h do dia 21 de Março. 

Este é precisamente o Dia da Árvore e ao participarem, para além de poderem ganhar 2 livros, estarão a dar-lhe uma segunda casa e a poupar papel! As árvores agradecem!

Para participarem tem de:


- Seguir a página @Intermitenciasdalu;

- Fazer like no post do passatempo e identificar 2 amigos nos comentários;

- Não precisam de partilhar no "Stories"!


Boa Sorte e Obrigada por participarem!

domingo, 31 de janeiro de 2021

Bridgerton - Yaks!

Não tenho andado com muita sorte nas coisas que ando a escolher para ver/ler no meu pouco tempo livre. Depois de terminar ontem o "Fangirl", de Rainbow Rowell, um dos piores livros que já li nos últimos anos (falaremos disso em breve), tive a infelicidade de começar a ver a série televisiva Bridgerton

Bridgerton é anunciada como o regresso dos criadores de Anatomia de Grey (devia ter sido o primeiro aviso) e é baseada no romance histórico "The Duke and I" da escritora Julia Quinn, que nunca li. O enredo da série desenrola-se no século XIX durante o reinado de Jorge III. Conta a história de Daphne, uma jovem e linda donzela, que entra pela primeira vez na sociedade aristocrática inglesa e tem como única missão na vida casar por amor e ter filhos. 

Vi apenas dois episódios e não sei por onde devo começar. Quando a primeira música da banda sonora é um instrumental em versão clássica da Ariana Grande, acho que devia ter desligado a televisão. Ainda assim, como toda a gente fala da série, resolvi assistir a pelo menos dois episódios. Acabei por assistir aos últimos 15 minutos da série, só para ter a certeza que era mesmo uma completa bull*** - confirma-se.

A primeira coisa que salta à vista é o terem incluído numa série de época atores e atrizes de várias raças, criando uma sociedade alternativa em que, em pleno século XVIII, durante o reinado de Jorge III, um dos maiores apoiantes do esclavagismo (de sempre!), a rainha é negra. Percebi que, dado o contexto político atual, foi uma tentativa de criar uma série com um elenco inclusivo e dar uma maior enfase aos problemas de discriminação racial. Nada contra, mas para que funcionasse o argumento tinha de ser excelente e sem falhas, para que não parecesse que estávamos perante uma sátira. 

Somos também imediatamente brindados com uma enxurrada de personagens cliché: a  gorda, o solteirão jeitoso, a feminista lésbica, a Cinderela pobre e o pretendente asqueroso, entre outros. 

Falta também referir uma misteriosa personagem que surge em voz-off, que se intitula de Mrs Whistledown, responsável pela publicação anónima de uma espécie de Revista Maria lá do sítio, ao estilo de Gossip Girl. 

Retirando todos estes pontos, ficamos com um elenco e enredo fraquinhos, sem grande interesse e em que mais valia ter estado a ler um bom livro. Deixo aqui um vídeo que resume de forma clara a série e dispensa que percam tempo com ela:


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

António Variações. Entre Braga e Nova Iorque - Manuela Gonzaga


António Variações é uma das figuras mais misteriosas e mais marcantes da música portuguesa. A sua história está envolta numa espécie de misticismo e fascínio, que atravessa gerações e que não se ausenta. A sua voz característica e a sua imagem tão diferente de tudo o resto que existia, marcou o início da década de 80, do século XX. 
A sua carreira musical foi curta (mais ao menos 4 anos) e apenas foi interrompida pelo mal inevitável que é a morte. Era visto e tido como alguém que nasceu fora da sua época; um visionário. 

O meu pai recorda frequentemente um dos seus últimos concertos, na Feira da Isabelinha, na aldeia de Viatodos, em Barcelos. Não gostou do retrato que fizeram dele no filme de 2019, Variações, de João Maia. Diz que o homem não era assim espampanante. Variações era um homem simples e modesto, mas com uma criatividade imensa, que forçosamente se mostrava na sua imagem. 



O livro biográfico da autoria de Manuela Gonzaga, não é suficiente para desvendar o mistério que foi (e é) António Variações. Mas na verdade, acho que a culpa não é da autora. É simplesmente impossível desvendar Variações, ou António Joaquim Ribeiro (o seu nome real). Neste livro, ficamos a conhecer sobretudo os contextos em que o músico esteve inserido. A autora fala-nos sobre o Minho, sobre o mundo da música e dos artistas daquela época, sobre a Lisboa dos anos 80 e brinda-nos com algumas curiosidades acerca de António. 



Num ano de Pandemia, onde as idas à minha terra natal, não se concretizaram com a frequência que desejava, ler sobre os costumes do meu rico Minho, serviram de conforto. E apesar de não me rever na obsessão pelos costumes religiosos, pelas romarias e pelo místico e inexplicável, não deixo de o relacionar com a figura de Variações. Descrito por vezes como um provinciano deslumbrado, não deixei de criar um paralelismo com a minha própria experiência e com a experiência de muitos dos minhotos, que trocaram a sua boa comida, aconchego caseiro e a cor verde deslumbrante, pelo ambiente da capital, em busca de um sonho, ou de melhores oportunidades. 

É um livro que recomendo, mas que me desiludiu (à semelhança do filme) no objetivo concreto de desvendar António Variações. Talvez seja verdadeiramente impossível.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

2021!

2021, o ano mais esperado, por aparentemente representar o fim de um ano duro, será um ano com ainda mais desafios. 

A chegada da vacina e o inicio da vacinação não é mais do que um momento simbólico de esperança. Mas não é de esperança que vive um português - ou deverei dizer, um europeu? - Não é de esperança que vive,  quem perdeu o seu emprego, quem viu os seus projetos profissionais fracassarem, quem perdeu o direito às suas liberdades e o direito essencial ao contacto com a família e amigos.

No entanto, apesar de todas as contrariedades, 2020 foi um ano bom para mim. Em Março, consegui fazer uma viagem pré-Brexit ao Reino Unido, onde visitei Londres, Oxford, Bristol e Cardiff; Conheci sítios lindos no nosso país, onde explorei as Aldeias de Portugal e a Serra de São Mamede; Mudei-me com o meu parceiro do crime, em plena pandemia, para um apartamento acolhedor, algures em Sintra, onde temos passado grande parte dos fins de semana de clausura a jogar, a ler e a fazer experiências culinárias; cumpri com o meu objetivo de fazer um curso intensivo de Medicina Dentária Veterinária.

Antecipo um ano com inúmeros desafios, alguns deles autoimpostos. Passo à lista dos mesmos:


- Estar mais vezes com a minha família e com os meus amigos nortenhos;

- Manter-me motivada no trabalho, sem o trazer tantas vezes para casa, dentro da minha cabeça preocupada;

- Ler 20 livros (podem adicionar-me no Goodreads);

- Conseguir a disciplina necessária, para manter o Podcast e o Blog do Baú dos Livros ativo; 

- Manter-me longe das redes sociais (so far, so good);

- Fazer um update no meu gadget diário chamado telemóvel, o que eventualmente pode complicar o ponto anterior;

- Entrar do mundo dos microinvestimentos;

- Apostar em mais formação na área de veterinária;

- Fazer uma viagem que envolva meter-me num avião; 

- Atingir o meu objetivo monetário de poupanças;


Antecipo que os momentos que iremos passar em 2021 não vão ser fáceis. No entanto, mesmo com os múltiplos golpes que a minha geração tem amparado (crise de 2008, os anos seguintes da Troika, empregos precários, emigração dos jovens em massa, as vidas em suspenso...), somos capazes de uma coisa fundamental - adaptação. Os sonhos e os projetos não param. Se calhar planeamos menos e vivemos mais o momento, sem pensar tanto nas consequências, mas a vida é mesmo assim. Uma sucessão de acontecimentos imprevisíveis, aos quais nos temos de adaptar!

Bom Ano 2021! 



sábado, 19 de dezembro de 2020

TAG - Certified Bookaholic (Escrito em 2015)

Este Post foi escrito em 2015. Estava algures perdido nos rascunhos, mas achei engraçado publicá-lo hoje. Passados 6 anos não deixa de ter alguns pontos em que continuo a concordar:

Fui desafiada pelo blog "O meu reino da noite" a participar no TAG - Certified Bookaholic.


Este TAG foi elaborado não só pelo blog referido, mas também pelo "Words à la Carte" e pelo blog "As cenas do Tio". Sintam-se à vontade para partilharem! Aqui estão as perguntas e respostas:

1) O primeiro livro/colecção que te vem à cabeça - As famosas aventuras de "Os Cinco" de Enid Blyton. Talvez por ter sido a primeira colecção que li e que me fez ganhar o gosto pelos livros. Recomendo que vejam o filme "Enid", com Helena Bonham Carter no papel principal. Muito bom e surpreendente. Quem diria que Blyton era tão cabrazinha...  

2) Um livro que dizes a todos para não ler - Todos os livros da escritora Margarida Rebelo Pinto. É que naqueles livros o assunto é mesmo só "Pinto". Em termos de conteúdo é "zero" e a própria personalidade da escritora revolta-me.

3) O livro mais caro e o livro mais barato que tens (oferecidos não contam) - Se oferecidos não contam é difícil...há mais de dois anos que não compro nenhum livro acima de 5€...

4)Conto de fadas favorito - Adoro o "Peter Pan", versão Disney. No entanto, não gosto muito da versão original. Acho que na versão de J.M.Barrie, a personagem chega a ser um bocadinho macabra.

5) Top 3 das tuas personagens favoritas (sejam principais ou não) - Uh...difícil esta. Adoro a personagem Claire, da saga Outlander. Gosto dela por ser tão independente e ao mesmo tempo tão humana e frágil. Gostei muito do Vampiro Lestat, nos livros de Anne Rice; acho que é dos melhores vilões da literatura. Por último, escolho a Mia Thermopolis do Diário da Prinesa. Oh pá! Somos demasiado parecidas!

6) Top 3 das personagens que menos gostaste (sejam principais ou não) - Detestei a personagem Nick Dunne em Gone Girl. O rapaz era tão parado, tão "bonzinho", que quase me apeteceu fazer-lhe o mesmo que Amy, a sua esposa, lhe fez; Werther...não tive pachorra para aquelas lamentações. Desculpem-me a falta de sensibilidade; Jacob Black, da saga crepúsculo. Não tenho paciência para personagens que tem pena delas mesmas. 

7) Top 3 de lugares que existem só em livros que gostarias de visitar - resposta típica: Hogwarts, Narnia e Campo "Half-Blood".

8) Uma personagem que trarias à vida real - Tyrion Lanister. Ele merecia!

9) Um livro que te fez feliz - a maior parte deles fazem-me feliz...é por isso que leio.

10) Um livro que te fez chorar - Harry Potter e o Príncipe Misterioso, quando o Dumbledore morre...lembro-me que chorei. Sei que há mais que já me fizeram chorar, mas de momento não me lembro...

11) Um livro que te fez pensar - A maior parte dos clássicos que li, fez-me pensar...quanto mais não seja, fez-me pensar na natureza humana e que por mais que se mudem os cenários, as emoções estão sempre presentes. No entanto destaco um que, quando o li, me fez pensar bastante - "Se Isto é um Homem", de Primo Levi. É um livro que relata a vida do escritor no campo de concentração de Auschwitz. É um livro que gostava de reler num futuro próximo.

12) Um livro que te fez rir - O livro 11 do Diário da Princesa fez-me soltar algumas gargalhadas...

13) Pior adaptação cinematográfica de um livro - Há tantas! Normalmente acho sempre o livro melhor que o filme...Acho que o Eragon estava uma desgraça e tinha muito potencial.

14) Livro(s) que vais ter que reler  - O que referi em cima e, entre outros, Lolita, por exemplo.

15) Um livro que te vez voltar uma página atrás devido ao choque - A Guerra dos Tronos! Sem dúvida!

16) Um livro que aches que esteja incompleto - A Bíblia. Não se percebe metade daquilo...just kiding...(até porque nunca consegui passar das dez primeiras páginas). Acho que os livros, quando nos parecem incompletos das duas uma...ou estão mesmo incompletos, porque o autor morreu, ou algo assim trágico...ou então o fim foi deixado em aberto com um objectivo. 

17) Um livro com um final inesperado - "Em Parte Incerta" (Gone Girl) de Gillian Flynn...

18) Um livro que terminou num cliffhanger - Mais uma vez...Game of Thrones. Consegue sempre surpreender e deixar-nos a querer MAIS!

19) Um livro com um final de arrancar cabelos - O último livro da Saga do Eragon. Esperei tanto tempo e o último livro não respondeu a metade dos mistérios!

20) Uma citação importante - Adoro as citações de J.M. Berrie, autor de Peter Pan. Acho que passam todas uma mensagem positiva e é por isso que gosto delas:

21)Uma música perfeita para ler - A Banda Sonora do Harry Potter.


    sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

    Imogen Heap - Last Night Of An Empire


    A Imogen Heap é uma cantora britânica que me acompanha desde os meus 17 anos. Descobri-a através de um filme genial chamado Garden State, quando ainda fazia parte da banda Frou Frou. A sua voz pode não ter um alcance brutal. Parece-se quase com um suspiro. No entanto a sua genialidade reside na forma como a usa, aliada aos efeitos eletrónicos, para criar algumas melodias completamente à parte do que por agora se faz. 
    Há poucos dias lançou este novo single, que não podia descrever melhor o que se sente pelo Mundo...a subtileza e jogo de palavras deixa sempre espaço para interpretação, mas a meu ver, é sobre a loucura dos tempos que fala. Deixo aqui a sugestão:

    One down, two to go
    They multiply on impact for the show
    But we didn't switch off
    So freedom took a long sad bow for us
    Dropped and hung behind the curtain
    Red as the operating rooms worsen
    Sense of wrong, doom scroll on
    To less important ills
    Why aren't we running for the hills? Oh
    Or hunting for the kill? Oh

    Dance like you're on fire
    Oh, go crazy on yourself
    Your last rites sung by the choir
    You can't control this anyway
    Dance like you're on fire
    And oh, you might as well
    The last night of an empire

    In the light of no truth
    As sure as sea levels are rising
    In the spin of breaking news
    You droppеd your confidence in happiness (and your innocеnce)
    This data indignity
    That hoodwinked you for a great awakening
    Meanwhile everything you ever cared about
    Got hot-swapped out for someone else's twisted dream

    We should be running for the hills, oh
    Cause no one's got the will anymore
    I haven't got the will (Click. Buy. Uh!)
    Dance like you're on fire
    Oh, go crazy on yourself
    Your last rites sung by the choir
    You can't control this anyway
    Dance like you're on fire
    And oh, you might as well
    The last night of an empire


    So, it's come to this?
    We're in the biz
    A systemic hysteric's normalizing disbelief
    Temper, temper hate thy neighbor, that is... unless you agree
    So, it's come to this?
    We're in the biz
    A systemic hysteric's normalizing disbelief
    Temper, temper hate thy neighbor, that is... unless you agree


    Slam! (Slam!) Pow! Bang! (Bang!)
    Whack! KaBoom! (Boom!) KaPow! Bam! (Bam!)
    Crack! What the...?
    Slam! (Slam!) Pow! Bang! (Bang!)
    (Just go and switch another episode on)
    (Just go and switch another episode on)
    Whack! KaBoom! (Boom!) KaPow! Bam! (Bam!)
    (Just go and switch another episode on)
    (Just go and switch another episode on)
    What the...?