domingo, 7 de outubro de 2012

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"Não era a primeira vez que o via. De facto já o conhecia de vista. Mas desta vez havia algo nele de diferente. Soube que era dele que estava à espera. Todos aqueles meses de sofrimento e de angústia podiam terminar. O rapaz do cabelo castanho, aquele que todas as noites eu imaginava de costas para mim, sem nunca lhe ver o rosto estava à minha frente. Foi assim que o vi a primeira vez naquela noite de Verão.
Há quem diga que, quando conhecemos alguém que vai mudar a nossa vida, ou que vai ter um grande impacto sobre nós, sabemos. Eu soube mesmo antes de falar com ele. Nunca fui supersticiosa, ou pessoa de seguir sinais, mas aquela noite esteve repleta deles. Hoje, depois de vários anos, sei que a trovoada e a chuva daquela noite quente, queriam dizer alguma coisa. Talvez fossem um aviso."

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