sábado, 1 de setembro de 2012

" A Flor Oculta " - Pearl S. Buck


Olhando para a estante do escritório, não sabia muito bem o que escolher. Tinha a colecção dos prémios Nobel, publicada há uns anos pelo Diário de Notícias, por ler. Como andava com um estranho fascínio pelo mundo Oriental saltou à vista o “Histórias Maravilhosas do Oriente” de Pearl S.Buck. “É este”, pensei. Li e adorei. Trata-se de um conjunto de contos tradicionais orientais, provenientes não apenas de países como a China, mas também da Rússia, da Turquia e até mesmo da Índia. Com uma linguagem moderna e adaptada, de fácil leitura, deixou-me curiosa: quem é Pearl S. Buck e que mais há para ler? 

Calcei os sapatos, peguei na mochila e segui para a biblioteca mais próxima. Segundo corredor à esquerda e estou na secção de literatura estrangeira. “Letra B, letra B, letra B. Buck!” Pego no primeiro que vejo: “A Flor Oculta”.

Em “A Flor Oculta” a escritora brinda-nos com a história de amor proibido. Proibido pelo preconceito racial, existente na época, e impossível pelo choque cultural existente entre Josui, uma jovem japonesa de boa reputação, e Allen Kennedy, americano em serviço militar no Japão pós-Segunda Guerra Mundial. 

Uma história que demonstra a realidade do amor e de como ele nem sempre basta.  

“Sim, amava Allen, mas era um sentimento morto. Amá-lo-ia sempre, mas sem esperança. Não deviam ter-se conhecido. Tinham nascido longe um do outro, e deviam ter vivido e morrido em partes opostas do mundo. Não tinham sido feitos um para o outro, mas haviam desobedecido às leis eternas dos deuses. Josui nunca sentia revolta e quase nunca era invadida pelo desespero. Sentia, apenas, uma tristeza tão profunda como a sua vida.”

5 comentários:

im disse...

Também já li esse livro... É mto bom, eu tenho uma versão velhinha velhinha...

Espiral disse...

Curiosamente comecei a ler este livro ontem =)

Alu disse...

Lol! Obg pelas visitas!
Eu gostei muito! Hoje comecei o "Terra Bendita" e também estou a gostar bastante. A cultura oriental é tão curiosa...^^

Boas Leituras!

Anónimo disse...

Faz lembrar um pouco a história de Madame Butterfly... É, de facto, uma narrativa fantástica. Tenho de ler.

:)

Cumprimentos,
Liane Silva (Pardieiro da Tojeira).

Alu disse...

Sim, gostei principalmente pelo retrato que faz do preconceito pós-guerra. Tanto dos japoneses para com os americanos, como vice-versa.

Cumps! :)