domingo, 24 de setembro de 2017

"Catch-22" - Joseph Heller (uma "mais ao menos" opinião)

Raramente desisto de um livro. Posso demorar meses a terminar, mas detesto desistir e, acima de tudo, detesto emitir opiniões baseadas em partes de livros que li, mas sinto que tenho algo a dizer depois de ler 20% do Catch-22.

Até pode ser considerado uma obra-prima, mas para mim foi um martírio desde o inicio. O facto de ter optado por ler a versão original em inglês se calhar também não ajudou. 

A "história" deste livro acontece durante a fase final da Segunda Grande Guerra. Acompanhamos Yossarian, um bombardeador da força aérea americana. Escrevo "história", porque pelo que percebi, não há um enredo, mas antes um conjunto de episódios, supostamente engraçados, em torno das personagens que compõem o acampamento e a realidade distorcida, onde Yossarian habita.

Muitos destes homens não querem morrer e por isso não querem voar. A premissa é que se deve ser louco para se querer voar. Se conseguirem que um médico os considere louco não tem de voar. No entanto o "catch" é que se estão interessados em convencer o médico de que são realmente malucos, significa que na realidade não o são, porque só os loucos querem voar. 

Ideia lógica. É suposto este livro ser engraçado, mas não me ri uma única vez e cada página foi uma seca brutal, já para não falar da confusão de personagens, pior que a Guerra dos Tronos. O mais certo era ainda não estar pronta para este livro. Talvez seja tudo uma questão de timing, ou talvez seja suposto haver quem não goste. 



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