domingo, 14 de fevereiro de 2016

Gatos, porque sim.

Quem me conhece sabe que adoro gatos. Para mal dos meus pecados tenho um namorado alérgico. Fico triste, porque não vou poder ter estes seres maravilhosos, quando crescer. Ainda vivo com a esperança de que esses espirros e comichões sejam meramente psicológicos, ou que passem com terapia de choque (muahahah!).

Ainda assim, fico feliz que ele nunca me tenha pedido para escolher entre ele e os gatos. A última pessoa que me fez escolher não ficou contente com a opção e a coisa não durou muito mais tempo...ups!



Porquê gatos e não cães? 

Para começar não gosto de comparar, porque gosto dos animais pelo individuo que são e não pela espécie, ou raça. Conheço gatos extremamente agressivos e mal-criados e outros que são muito dóceis. O mesmo para os cães. Adoro a minha cadela, mas a ligação que tenho com ela é muito diferente da que tenho com os meus gatos. A minha cadela, e os cães no geral, serão sempre uma eterna criança; a felicidade dela depende de mim. Depende da minha presença e das recompensas que lhe dou, comida, mimo, ou brincadeira, seja o que for.  



Com os gatos é diferente. Quando estou com eles não estou preocupada se precisam de ir à rua, se precisam de brincar, ou se querem comida. É uma ligação confortável e entre iguais. Não existe dominância, ou submissão. Não existe vontade de agradar. Eles são aquilo que querem ser e para quem querem ser. Aliás, quem tem gatos sabe que são eles que nos escolhem e não o contrário. Há sempre alguém em casa com quem eles passam mais tempo.

Acho que é o nosso desejo por amor imediato, que acaba por fazer com que a maior parte das pessoas não compreenda os gatos e acabe por preferir os cães. Talvez isso aconteça por estes serem mais directos e mais exuberantes nas suas demonstrações de lealdade e carinho. É por isso que quando alguém me diz "Não gosto de gatos." eu escolho perguntar "Mas, já tiveste algum?". Na maior parte das vezes a resposta é que nunca tiveram, ou que tinham um cá fora no jardim.



Para se gostar de gatos é preciso conhecê-los. Aprender a ler nas entrelinhas e a descodificar aquela forma particular e individual de nos amar e de interagir connosco. 

Preferi falar de gatos no dia dos namorados, porque se, no pior dos casos, acabarem umas velhotas/es cheias/os de gatos, fiquem a saber que há casos em que eles serão muito melhores companheiros que uma "pessoa de verdade".







 

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